Entrevista exclusiva com o duo Anamê que se apresenta no palco Youphoria no primeiro dia de Tomorrowland Brasil
Conheça os escandinavos por trás do projeto Anamê em um bate papo exclusivo!
O duo Anamê vem ao Tomorrowland Brasil para fazer sua estreia no primeiro dia do festival. A dupla tem se estabelecido no cenário mundial, impulsionados por sua relação com a label Anjunabeats.
Para entender um pouco mais sobre o projeto e as expectativas da dupla, batemos um papo exclusivo com os escandinavos, que contam detalhes sobre a carreira. Leia abaixo:
Q+A ANAMÊ
Como vocês começaram suas carreiras como DJs e produtores de música? Quais foram suas principais influências musicais?
Ambos começamos como DJs amadores tocando em clubes locais, eu na Suécia e o Thomas na Noruega.
Desenvolvemos isso em algo que pudéssemos levar para o mundo todo enquanto melhoramos nossa produção.
Ambos tivemos carreiras solo na cena da música eletrônica por mais de 15 anos, mas há 2 anos decidimos nos unir e criar o anamē!
Nossas maiores influências seriam o antigo som do Sasha, todas as compilações da Global Underground e Stephan Bodzin.
Como vocês definem seu estilo musical e que elementos mais gostam de incorporar em suas produções?
Não queremos defini-lo, fica a critério do ouvinte definir o que é para eles.
Não rotulamos nossa música em um gênero específico, nos sentimos mais livres dessa forma.
Acreditamos que as melodias são o elemento-chave de nossas músicas, são o cerne de nossa composição.
Qual foi o maior desafio que vocês enfrentaram em suas carreiras e como o superaram?
Acho que é preciso tomar decisões corajosas e de longo prazo, e às vezes pode ser muito doloroso esperar pela situação certa para uma decisão, mas, no final, uma boa decisão pode economizar muito mais tempo do que uma decisão ruim.
Uma decisão ruim pode custar anos.
Vocês trabalharam com diversos artistas ao longo dos anos. Quais colaborações foram mais significativas para vocês?
Sempre adoramos trabalhar com BLR e Above & Beyond.
Ambos são bons amigos nossos e quando trabalhamos com eles, sempre aprendemos algo novo e saímos como melhores produtores.
Qual é a sua opinião sobre a cena da música eletrônica atual no mundo? Vocês acham que está evoluindo de forma positiva?
Muito mesmo!
Os gêneros não têm mais significado e é um mundo aberto para qualquer pessoa criar qualquer coisa sem limites para se conformar a um determinado gênero.
Nunca foi tão bom!
Como vocês mantêm a criatividade e a motivação ao produzir música? De onde vocês tiram a maioria de suas referências?
É importante entender que a criatividade vem em ondas, então você precisa esperar e encontrar a onda perfeita, assim como no surfe!
Se tentássemos forçar quando não temos nenhum sentimento criativo, isso se tornaria uma fábrica, e não é o que queremos.
Acredito que a maioria de nossas referências pode ser encontrada na música indie dance e na antiga progressive house, como Luke Chable, James Holden, Sasha, Ulrich Schnauss, Bonono etc.
Vocês têm uma relação próxima com a Anjuna, com lançamentos e sets de festas do selo. Como isso começou?
A Anjunabeats é o melhor selo de música eletrônica do planeta e devemos toda a nossa carreira às pessoas deste escritório por acreditarem em nós.
Temos uma relação muito longa e saudável com a Anjunabeats há mais de uma década (naquela época eram apenas 3 pessoas no escritório).
Eles são incrivelmente solidários, mesmo nos momentos difíceis, e isso te motiva a dar ainda mais.
É a melhor relação que poderíamos pedir e esperamos que continue por muitos e muitos anos!
Seu último álbum está cheio de obras-primas, faixas adoráveis, emocionais e muito bem curadas. Como vocês conceberam o conceito como um todo? E qual é a faixa favorita de vocês? PS: a nossa é "Anywhere"!
Na verdade, não criamos o conceito, o conceito mais ou menos veio até nós.
Às vezes, você só precisa começar com uma tela em branco e ver o que o universo envia para você, e desta vez, aparentemente, foi a nosso favor.
Sabemos que somos bons músicos, temos uma visão muito clara do que queremos, mas às vezes as estrelas têm outros planos, desta vez foi o nosso momento.
Acho que nossa faixa favorita no álbum é a faixa 'Beautiful World' ou 'Peaceful Avenues', em parceria com a incrível artista dinamarquesa Lydmor.
Ela é incrível para trabalhar!
Quais são seus planos para o futuro em termos de lançamentos musicais e apresentações ao vivo? Há algo especial que seus fãs podem esperar?
Acho que precisamos continuar no caminho atual e pensar em como podemos expressar nossas emoções nas músicas.
É fácil ficar pensando demais, apenas queremos criar e fazer isso quando sentirmos que é o momento certo!
Tenho certeza de que no futuro haverá elementos ao vivo em nosso show, só precisamos encontrar o lugar certo para isso.
Anamê irá trazer seu show para o palco Youphoria na quinta-feira (12), primeiro dia do festival belga que retorna ao Brasil após um hiato de sete anos.
Não deixe de conferir esse set incrível das 19h às 20h.
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Photos: Divulgação