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Quebrando barreiras: a revolução Bass Music de Jessica Audiffred

Bass, beats e além: a história empoderadora de Jessica Audiffred. Leia uma entrevista exclusiva!

  • Words: Rocío Flores | Photos: Alvaro Nates
  • 13 September 2023

Bem-vindo ao fascinante mundo de Jessica Audiffred, uma força dinâmica no reino do bass e dubstep, uma artista que abriu seu caminho em meio a um cenário dominado por EDM, techno e gêneros melódicos. Nesta entrevista, mergulhamos em sua jornada, impulsionada por uma mistura de influências que abrangem Nu Metal, Trance e Techno.

A visão artística de Audiffred se estende além de sua própria carreira, já que ela cura novos talentos pela ‘A Records’, uma gravadora que vem descobindo gemas escondidas no bass do México e da América Latina, dando aos artistas total liberdade criativa e tendo como resultado uma música autêntica e inovadora.

Outro feito de Audiffred é o ‘Mad House’, festival de bass no México, que evoluiu de uma festa num armazém para um evento esgotado. A motivação? Atender à crescente comunidade bass mexicana com uma experiência musical inesquecível.

Mas a jornada de Audiffred não se resume apenas a romper barreiras; também é um testemunho do empoderamento feminino na indústria da música. Ela reconhece modestamente suas conquistas, destacando o apoio de sua equipe de gerenciamento, a MAYD Artist Group, e o amor que recebe da cena musical mexicana local.

Intrigantemente, a habilidade musical de Audiffred vai além da produção, remixagem e performance. Sua collab com o Excision em ‘Rise’ e o remix de ‘Way Up’ para Borgore exemplificam sua capacidade de criar músicas poderosas que ressoam com o público em todo o mundo.

Além disso, sua parceria com o Adventure Club resultou na criação de ‘You Found Me’, uma amostra das conexões criadas na comunidade da música eletrônica. E então, há a colaboração icônica com DJ Diesel, iniciada por um tweet que resultou em ‘No Fear’, uma faixa que eletrizou o Lost Lands.

À medida que a jornada de Audiffred se desenrola, ela se prepara para deixar sua marca no Tomorrowland Brasil, realizando um sonho de vida, ansiosa pela crescente cena de bass na América do Sul.

Por trás das pickups, os preparativos de Jessica Audiffred se estendem à criação de edits e remixes exclusivos para seus shows ao vivo. Seu estilo distinto e sua dedicação proporcionam uma experiência sem igual, brilhando em cada apresentação.

Além da música, a incursão de Audiffred no mundo da moda, através de uma colaboração com a MISHKA, mostra sua personalidade vibrante, colorida e audaciosa, bem como seu amor pela moda e pela expressão pessoal, mesclando música e estilo. Leia uma entrevista exclusiva para saber mais!

“Cresci ouvindo Nu Metal, Trance e Techno, e o Dubstep para mim é como um mix desses sons, fui naturalmente atraída por eles.”

Olá Jessica! Como você está? Estamos felizes em tê-la na capa da Mixmag Brasil. Bem-vinda!

Gostaríamos de começar falando sobre a motivação que a levou ao caminho do bass e do dubstep, em vez de explorar outros gêneros mais populares em seu país, como EDM, techno ou melodic. O que a inspirou?

Cresci ouvindo Nu Metal, Trance e Techno, e o Dubstep para mim é como um mix desses sons, fui naturalmente atraída por eles. Tenho a oportunidade de me expressar sem limites.

É extraordinário o que você alcançou até agora e como você deixou uma forte assinatura em seu som! Como você analisa essa transformação para você e para os artistas que lança pela ‘A Records’?

A ‘A Records’ é minha forma de descobrir e promover novos talentos. Busco músicas que eu tocaria em meus sets e que mantenham o som consistente. A maioria dos artistas do selo é do México e da América Latina, existem tantos talentos de Bass na região a serem descobertos!

Qual a importância para você em permitir que os artistas se expressem plenamente musicalmente em sua gravadora?

Gosto de dar aos artistas total liberdade criativa, embora eu possa fazer uma sugestão aqui ou ali, gosto de deixá-los se expressar plenamente, essa autenticidade transparece na gravação final.

Em junho, você fez história no cenário da música eletrônica ao criar o ‘Mad House’, o primeiro grande festival de bass no México, que foi um evento esgotado. Qual foi o seu estímulo para fazer isso? O que você acha que torna a música bass tão atraente para o público jovem?

Temos muitos fãs de Bass no México, mas não tínhamos eventos que realmente atendessem a eles. Comecei o ‘Mad House’ alguns anos atrás como uma festa em um armazém, apresentando talentos locais, e o evento cresceu muito rápido - quase fora de controle. Arriscamos mudá-lo para um local muito maior. O risco valeu a pena e tem se esgotado desde então.

“A Records é minha forma de descobrir e promover talentos novos. A maioria dos artistas no selo é do México e da América Latina.”

Ponto de virada em sua jornada musical, sua atual vida de turnês manifestou um momento crucial em sua carreira, especialmente com datas em locais gigantes que nunca tiveram uma mulher como headliner no gênero bass/dubstep antes.

Como isso te faz sentir? Qual é a sua definição de empoderamento feminino na indústria, sendo uma das poucas produtoras latinas a se apresentar em festivais nos EUA e a conquistar esses marcos incríveis?

Nunca me senti como headliner ou olhei para isso dessa forma, faço isso porque amo. Nunca esperei o sucesso que estou tendo - sou muito grata. Vivo no presente.

Meus empresários na MAYD Artist Group (Yusef Tarzi e Duane Buriani-Gennai) sempre me respeitaram como artista e colega, e me incentivaram a assumir o controle da minha carreira. Passamos por muitos obstáculos juntos.

Tenho meu próprio festival, minha própria gravadora e meu próprio programa de rádio, é realmente importante ter sua própria identidade de marca e estar no controle dela. A cena local no México também mostrou muito amor e me apoiou em cada etapa da minha carreira. Somos todos como uma grande família.

Falando sobre sua música, você apresentou músicas poderosas como ‘Rise’, em colaboração com Excision ft. Leah Culver; o que você pode nos contar sobre a produção dela? Também sentimos a collab de ‘Youth in Circles’ na faixa.

Youth in Circles é um grande amigo meu e um talento para ficar de olho. Estávamos no meu estúdio em casa brincando com algumas ideias, e ele simplesmente tocou aquela riff de guitarra na hora. Comecei a construir uma música em torno disso, mas ela ainda não estava pronta para ser tocada.

Quando ouvi da minha equipe que o Excision estava aberto para fazer uma collab comigo, soube imediatamente que deveria enviar a ele esse trabalho em andamento. Ele imprimiu seu toque na música e ajudou a transformá-la na faixa que todos nós amamos hoje.

E quanto ao remix de ‘Way Up’ para Borgore e Timadee? Como avalia o potencial de se expressar na mixagem em comparação com a produção e remixagem?

Foi muito divertido. Borgore é incrível e muito tranquilo de trabalhar. Eu tento me expressar o tempo todo, seja fazendo música ou tocando um DJ set. Faço muitas edições e remixes pessoais para tornar meus sets memoráveis e tão únicos quanto minhas produções.

Além disso, você se uniu ao duo canadense Adventure Club para ‘You Found Me’. O que destaca dessa parceria? E o que significa para você assinar com a Monstercat?

Foi muito legal como isso aconteceu. Entrei no Twitter e vi um tweet do Adventure Club dizendo que queriam fazer uma collab comigo.

Minha equipe fez o acompanhamento disso e uma semana depois conheci Leighton e Christian no Moonrise Festival - clicamos imediatamente. São caras muito legais.

Escolhemos algumas músicas de suas demos inacabadas que expressavam nossos estilos. Adicionei meu toque pessoal nos segundos drops e, após algum vai e vem, o EP ficou pronto.

A Monstercat é extremamente emocionante, sou fã do selo desde o início. Trabalhar com eles é um sonho que se tornou realidade.

“Comecei ‘Mad House’ alguns anos atrás como festa um armazém com talentos locais, e cresceu muito rápido - estava fora de controle.”

Outra excelente conquista é sua collab com o DJ Diesel, lançada recentemente. Como foi trabalhar com uma lenda assim? Quando decidiram colaborar pela primeira vez?

Na verdade, isso começou com um tweet também, haha. Quero dizer, como alguém se sentiria ao acordar com um tweet do Shaq? Ele é um verdadeiro cavalheiro.

Eu tinha uma música em construção, tipo uma bomba de festival que estava testando na época, mas sempre senti que estava faltando algo.

Quando ouvi que Shaq queria fazer uma collab, nós o procuramos imediatamente. Enviei ‘No Fear’ para ele e ele colocou seu toque nela, além de um vocal original.

Eu e DJ Diesel tocamos juntos no Lost Lands recentemente, e foi um momento que nunca vou esquecer.

Falando em viagens, como se sente sabendo que o som da Audiffred será dançado pela primeira vez no Tomorrowland Bélgica e no Brasil? Quais são as expectativas?

O Tomorrowland sempre foi um objetivo, não tem como ficar maior do que isso em termos de festivais. Estou muito empolgada em tocar nos dois países, e embora eu tenha experiência tocando na Bélgica, o Brasil é completamente novo para mim. Isso me anima e também me deixa um pouco nervosa.

É uma nova cidade para mim, com uma cena de Bass emergente. Mas os fãs de Bass do Brasil sempre entram em contato comigo nas redes sociais, e realmente sinto que vai ser outro lar para mim, assim como o México, e estou muito animada para ver até onde a música Bass irá no país.

Nas turnês, quanto preparo você coloca nas faixas que escolhe tocar. Ainda pratica transições com novas tracks no tempo livre?

Não pratico tanto as transições. Eu toco em 4 decks e faço muitos edits para meus sets. Então, a maior parte do que faço antes dos meus shows ao vivo é criar edits e remixes para poder proporcionar uma experiência única ao meu público.

“Tenho meu próprio festival, própria gravadora e meu programa de rádio. É importante ter sua própria identidade de marca e estar no controle dela.”

Continuando, temos visto que os artistas estão cada vez mais envolvidos na indústria da moda, não apenas colaborando com as principais marcas ou tendo patrocínios, mas também as marcas decidiram se associar a eles para apresentar conceitos inovadores em sua merchandising, como é o seu caso agora com a MISHKA. Que mensagem você gostaria de expressar com essa linha?

Eu sou muito ligada à moda e adoro me vestir de acordo com a ocasião quando estou no palco. Também tenho um grande amor por tênis e streetwear, e sou embaixadora da Adidas México, o que me mantém bem vestida.

A MISHKA tem sido uma das minhas marcas favoritas de streetwear desde o início, então fazer essa collab com eles não só aconteceu naturalmente, como sempre foi um objetivo. Ambos os nossos estilos são excêntricos, cheios de cores e vibrantes - então é uma parceria perfeita.

Para encerrar, o que você tem planejado para o futuro que devemos ficar de olho? Há algo que esquecemos de mencionar e você adoraria compartilhar?

Muita música! Estou extremamente ocupada no estúdio com muitas surpresas. Em breve, anunciarei a segunda fase da minha turnê nos EUA, com alguns locais GRANDES sendo adicionados.

Meu festival no México também está crescendo a cada ano; tivemos 6.000 participantes no ano passado e planejamos adicionar um segundo palco em 2024. Estou animada com o novo ano!

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