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Tchez furou a bolha do sertanejo em Cuiabá, ganhou espaço no Techno e agora mira novos horizontes

Artista mudou-se recentemente para Itajaí, no litoral catarinense, onde a cena eletrônica pulsa de janeiro a janeiro

  • Marllon Eduardo Gauche
  • 26 September 2023

“No momento em que estou dentro da cabine, no comando dos decks, sei que sou o responsável pelo entretenimento do público. Por fazê-los esquecer da semana dura de trabalho, dos problemas em casa, e proporcionar duas horas ou mais de euforia e alegria. É uma responsabilidade muito grande, mas fico feliz em exercer.

Na minha opinião, o DJ é um maestro de sentimentos. Que pode te conduzir para onde ele quiser. Que tem a obrigação de ter um amplo leque de opções e alternativas para cativar o seu público. É uma jornada ímpar, que não é fácil, mas vale a pena”.

A partir dessa frase, já é possível ter clareza do comprometimento de Tchez com a música eletrônica e com a sua própria carreira. Apesar de relativamente novo na cena - ele aprendeu a discotecar em 2018 - o DJ e produtor de Cuiabá entendeu rápido a sua missão e sabia o caminho que seguiria dali em diante.

Em 2019, saiu da casa dos pais na cidade de Cáceres, largou o emprego, foi morar na capital do Mato Grosso e tomou uma decisão seminal: investir 100% no sonho de DJ, apostando principalmente no Techno.

Por lá, teve que enfrentar a “resistência” contra a música eletrônica, já que o sertanejo predominava (e ainda predomina) na região. Apenas o Tech House era um movimento mais fortalecido, mas ele não se curvou.

Se adaptou e estudou formas de incorporar outros estilos ao longo dos sets sem perder a própria identidade - e deu certo! Conquistou seu espaço na cidade e no estado, conseguindo tocar nos principais clubs e festivais que rolavam por lá, iniciando a expansão do seu nome para lugares fora de Mato Grosso.

“Apesar de gostar de fazer sets mais dinâmicos e de passear entre as vertentes, o Techno sempre foi predominante nas minhas apresentações. Meu objetivo era apresentar esse gênero às pessoas e mostrar que o Techno não era só kicks batendo a 140 bpm.

Por isso sempre me interessei em buscar uma sonoridade mais envolvente, com mais groove, melodias e vocais. Isso fez com que meus sets caíssem no gosto da galera, o que foi gratificante tendo em vista que quando me mudei pra capital, era o oposto disso”, relembra Tchez, que hoje afirma estar confortável e pronto para encarar qualquer pista.

Com o passar dos anos, foi chamado para tocar no tradicional Vozz Club diversas vezes, inclusive para encerrar a noite de artistas como Victor Ruiz, Alex Stein, ANNA e outros.

Já em 2021, pós-pandemia, ele resolveu investir mais forte no lado da produção musical, mas teve seu primeiro lançamento oficial apenas em abril deste ano. “Eu optei por não queimar a largada e só lançar algo quando eu estivesse me sentindo pronto e confiante, algo que desse resultado e não ficasse só enfeitando meu Spotify”.

A estreia rolou com o EP Lunar, pela Future Techno Records, e logo de cara alcançou ótimas posições no Beatport. “O release alcançou a posição #7 na categoria Techno Peak Time, configurando também a posição #31 no overall (mais vendido dentre todos os gêneros)”, naturalmente, feedbacks chegaram e até convites para collabs com artistas que sempre estiveram presentes na sua case.

Agora, o ritmo de lançamentos já é mais constante e no catálogo estão outras faixas como “Dimorphos”, lançada pela SAPIENT RECORDS, “Non Stop”, sua collab com Bunture pela Street Groove, “Taurus”, que marcou sua estreia na Rubik’s Recordings, e agora seu lançamento mais importante até aqui, “Like a King”, uma collab com Andre Gazolla no álbum Partners In Crime, que traz 13 faixas originais do artistas, todas em colaboração com outros produtores.

A faixa mostra o seu lado mais progressivo dentro do Techno e carrega uma mensagem importante por trás sobre seguir em frente, uma espécie de recado para todos os artistas que estão enfrentando algum momento de dificuldade.

Pela frente, ainda neste mês, Tchez adianta que lançará uma nova track pela Subios Records, gravadora comandada por Tim Taste, conceituada dentro do Minimal Techno.

Além disso, Cuiabá também vai ficar no passado, já que o artista mudou-se recentemente para Itajaí, no litoral catarinense, cidade onde está localizado o Warung Beach Club e região onde estão outros grandes venues da cena brasileira, como Green Valley, Surreal Park e El Fortin, uma decisão sábia para quem tem bem clara a sua visão de futuro e onde quer chegar.

Para ir mais a fundo nos trabalhos do artista, é só visitar o seu site oficial lançado recentemente.

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