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Entrevista: Copini rumo à Amsterdam para tocar em um evento do ADE!

Conquista gigante de mais um jovem artista brasileiro

  • Maria Angélica Parmigiani
  • 8 October 2021

Muito especula-se sobre o tal efeito champagne pós pandemia. Uma ebulição de festas, eventos, possibilidades. Tudo gradativo e dentro dos moldes adequados, claro, mas com toda pinta de um futuro bem promissor.

Um presságio maravilhoso, especialmente para a gama de profissionais envolvidos com a arte, já que estes passaram por um roteiro difícil nos últimos 18 meses.

Mas imagine ser convidado na derradeira deste capítulo, para fazer uma estreia em solo gringo? Ou melhor: no evento de música eletrônica mais renomado do mundo? Pois é. Mais uma vez na história, veremos sonhos sendo realizados.

É o que aconteceu com Copini, jovem talento emergente que vem construindo uma carreira bastante promissora no cenário nacional e já superando terras gringas também.

A prova é o convite para tocar em uma festa durante o Amsterdam Dance Event (ADE), com programação confirmada de 13 a 17 de outubro, na Holanda, apenas com eventos, sem palestras e outros encontros como nos anos anteriores.

A conquista de algo tão marcante se deu em função da relação que Copini tem com a Coldharbour Black, de Markus Schulz - quem concedeu a ele um suporte importante com o EP Open Your Eyes, lançado em 2020.

Agora, ele fará sua estreia na gig que acontecerá no Melkweg Amsterdam, ao lado de D72, Daxson, Fisherman e Nifra. Batemos um papo para entender mais sobre esse momentão. Vem ver!

Copini! Primeiramente parabéns pela conquista. Que marco, não? Como foi que isso rolou? O ADE estava nesse impasse, parece que foi tudo meio de repente… como foi isso para você?

Copini: Que marco! Estou muito feliz, não esperava uma notícia desse tamanho logo no fim da pandemia, foi tudo em cima da hora o que me deixou mais surpreso. Depois de lançar um EP e um single pela gravadora Coldharbour Black, eu recebi o convite.

Amsterdam é considerada uma das cidades mais difíceis do mundo para tocar, além de ser minha cidade favorita no mundo. Já morei lá em 2017 e estou voltando para tocar em um dos clubs mais lindos da cidade, que eu costumava frequentar sempre, estou super feliz e inspirado!

Como você está lidando com essa notícia desde então? Já começou a se preparar para esse set? Qual ritual você pretende seguir até lá para manter a cabeça boa?

Estou vendo que todo esforço valeu a pena, estou focado em dar o meu melhor e me preparando pra fazer um set lindo. Muita meditação diária, exercício físico e trabalho.

Você vai fazer um set em um solo bem fértil para a música eletrônica. É super legal ver que no ADE existe toda uma questão cultural também, os holandeses de forma geral curtem muito esse estilo. Você espera viver mais coisas lá, além dessa gig? Expandir contatos? Já montou sua programação do evento?

Com certeza, essa é a minha terceira edição do ADE, a primeira tocando. Sempre foi muito produtivo, pelo networking, conheci muita gente no ADE, apenas indo nas festas e conferências, aliás, estou confirmado hoje por um contato que fiz em 2017 em um festas. Planejo ir em outras festas e também estou marcando alguns encontros por lá. Sou muito grato por tudo que o ADE já fez e está fazendo por mim.

Reforçando sua fala, vimos muito durante a pandemia que networking é fundamental. Você considera importante relembrar as pessoas que você vem do Brasil e que nosso país tem muito potencial?

Com certeza, moro no interior do Paraná, e quase toda minha rede de contatos foi feito no ADE, aconteceu muita coisa de forma inacreditável, conheci ídolos, acabei virando amigo deles, fui pros clubs com eles, e muitas outras pessoas maravilhosas com quem tenho contato e fazem a diferença na minha carreira até hoje. Com certeza, creio que os gringos tem muito respeito por brasileiros, vemos muitos de nos fazendo historia e dominando o mercado como ANNA, Wehbba, Victor Ruiz e outros.

E por falar em contatos, esse feito se deu pela sua relação próxima com o selo do Markus, Coldharbour Black. Como foi que você se conectou com eles?

Foi através de um amigo, o Klauss, que me pediu um EP para mandar pro Markus. Ele gostou muito e assinou, além de dar suporte várias vezes pro EP. Depois acabou lançando um single e acabei me conectado mais com a label até chegar o convite.

Alguma dica para os produtores para chegar junto em selos gringos?

Procurar criar uma relação com eles, se você não conhecer ninguém da gravadora, comece comentando, curtindo, respondendo stories, dando suporte para que eles comecem a ver seu nome. Uma relação dessas pode demorar, mas isso é um bom começo para criar uma proximidade. E depois quando se sentir confiante com o seu som e já tiver feito com que eles vejam seu nome, mande um inbox com a música (se não tiver email) com um EP com no mínimo 3 músicas, uma história por trás e uma bela apresentação, claro.

E por falar nisso, o que você acha que a gente aqui no Brasil deveria aprender com a Holanda?

A maior valorização do talento, trabalho duro, o artista na sua essência mais profunda.

Para fechar: em termos pessoais e profissionais, o que isso representa para você? Aposto que a motivação bateu recordes depois de um período tão difícil nessa pandemia, né?

Que tudo o que passei na pandemia e em toda trajetória como artista valeu a pena, nem nos meus maiores sonhos eu imaginava isso, bateu todos os recordes, estava aguardando algumas datas que poderiam sair, mas nada comparado a essa, que seja a primeira de muitas!

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Photos: Divulgação

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