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Interviews

Entrevista: Baddies Only comenta influências, em especial as do Brasil

As festas do Brasil são as preferidas do artista que tem bebido direto da fonte para se inspirar na produção musical

  • Nazen Carneiro
  • 8 May 2024

O remix de "Tum Ba Tum" de Baddies Only representa um momento de especial atenção do artista as influências do Brasil e tem participação do DJ produtor musical brasileiro GIOC. Outro destaque recente do artista é o remix de Coisinha do Pai. Ambas as faixas estão disponíveis nas principais plataformas digitais.

Com mais de 75 milhões de reproduções no Spotify, várias faixas atingindo o top dez no tech house do Beatport e uma impressionante base de 3,5 milhões de ouvintes mensais, Baddies Only certamente conquistou seu lugar entre os produtores de música eletrônica mais influentes da atualidade. Após três shows de sucesso na Miami Music Week, o Baddies Only acaba de anunciar uma turnê que incluirá mais de 20 cidades ao redor do mundo.

A música brasileira tem um lugar cativo no coração de Baddies Only, com o artista ressaltando seu profundo impacto em sua trajetória criativa. As constantes visitas ao Brasil ao longo dos últimos cinco anos o mergulharam em um cenário musical diversificado, que abarca desde o funk até o samba e o sertanejo. Essa imersão na rica cultura musical brasileira inspirou Baddies Only a integrar esses ritmos e melodias vibrantes em sua própria produção musical, criando assim uma conexão autêntica com fãs e artistas do país.

O caminho de Baddies Only na música eletrônica começou cedo, influenciado pelos sons disco do ABBA e, posteriormente, cativado pelos ritmos eletrônicos de figuras como Axwell, Avicii e Deadmau5. Sua paixão pelo gênero é evidente em cada aspecto de sua vida, desde a criação de músicas até a curadoria de playlists e o constante aprimoramento de suas habilidades como DJ. Essa dedicação de uma vida inteira ao gênero culminou em uma rápida ascensão ao sucesso e em um compromisso inabalável de levar alegria a plateias em todo o mundo.

A afinidade de Baddies Only pelo Brasil vai além da música, pois ele adotou o idioma e a cultura brasileira de coração aberto. Suas frequentes visitas o tornaram uma figura conhecida não apenas nas casas noturnas, mas também entre as equipes de companhias aéreas, que reconhecem seu amor contagiante pelo país. Por meio de suas apresentações e interações com os fãs brasileiros, Baddies Only incorpora o espírito de celebração e camaradagem que caracteriza a cena musical do Brasil.

Q+A: Baddies Only

Por gentileza, comente sobre as influências de sua presença global na música que você cria.

Minha música é influenciada pelo mundo. Quando viajo, consigo ouvir quais são as músicas mais quentes e conversar com as pessoas para ver o que estão ouvindo. Consigo ouvir a música que ouviam quando crianças, as coisas que as deixam nostálgicas.

Sou exposto a novos tipos de música que nunca ouvi antes. E isso influencia meu gosto. Consigo ouvir coisas realmente incríveis de lugares que nunca tinha ouvido falar antes. E então posso incorporar isso em minha música, o que acho incrível.

Como você avalia o impacto da música brasileira em suas influências musicais?

Ah, quero dizer, agora tenho ido ao Brasil nos últimos cinco anos, quase todos os anos, e já fui lá umas 30 vezes, talvez mais. Então, agora, a música brasileira tem um grande impacto sobre mim, quando vou aos clubes brasileiros e saio com outros artistas brasileiros, consigo ouvir e conhecer todos os tipos de música, funk, samba, sertanejo, pagode.

E foi há cinco anos que fui apresentado a um mundo inteiramente novo de música que agora pude incorporar em minha música e me apaixonar pelo Brasil, que é um dos meus países favoritos no mundo. E agora estou descobrindo todos esses samples realmente incríveis do passado, e agora posso incorporá-los e criar novas versões frescas para 2024. E nunca foi tão emocionante para mim.

Adoro o quanto os fãs brasileiros, o povo brasileiro, amam música e celebram e se divertem e apoiam os artistas. E é por isso que amo e me identifico muito com o Brasil.

Como a música eletrônica entrou na sua vida?

Descobri a música eletrônica quando era muito jovem. Começou mais com o disco, meus pais amavam ABBA. Acho que é de lá que vem meu amor por melodias. Depois, conforme fui crescendo, vi meus primos saindo para festas e ouvindo músicas de Axwell, Sebastian Ingrosso, Avicii, Deadmau5. E me apaixonei por isso.

Isso é uma realidade, acredito eu, para muitas pessoas.

Sim, com certe e é parte da minha vida todos os dias. Sabe… acordo, respiro, acordo. Esteja eu fazendo música, descobrindo nova música ou, você sabe, tocando piano ou mexendo com um novo sintetizador ou comprando uma nova máquina de bateria, você sabe, música eletrônica faz parte da minha vida todos os dias.

Começou a me dominar quando costumava organizar festas de dança na casa dos meus pais quando tinha 17 anos. Eu fazia uma playlist, convidava toda a minha escola. Passava horas aperfeiçoando minha playlist para essas pequenas festas. E foi meio que o início de eu ser um DJ.

E como começou esta relação com o público brasileiro?

Eu ia tanto para o Brasil que aprendi a falar português e, engraçado o suficiente, eu estava indo tanto para o Brasil que os comissários de bordo da American Airlines na rota de Miami para São Paulo me conheciam porque eles diziam: "Ah, você está indo para o Brasil de novo? Você deve realmente amar isso." E eu dizia: "Sim, eu amo, eu amo mesmo."

Então, você sabe, vai sem dizer que eu vou tanto. E agora é ótimo ter a oportunidade de tocar muito. Toquei neste verão em Florianópolis várias vezes e em São Paulo e eu simplesmente adoro como a comunidade é no Brasil. Todos são tão acolhedores no Brasil e adoram se divertir e aproveitar a vida. É por isso que faço música, sabe, para me divertir e fazer outras pessoas sorrirem e rirem e se divertirem.

Por gentileza, comete sobre o processo criativo. O processo criativo da faixa.

Meu empresário me mostrou a faixa SMU, e eu fiquei tipo, ah, essa música é um sucesso, tum ba tum. Então, eu queria poder tocá-la na boate porque, sabe, funk e música eletrônica, eles combinam muito bem. E seria incrível para meus sets também no Brasil e ao redor do mundo.

Fiz a música com meu amigo gioc, e, você sabe, queríamos ter um groove realmente bom e fazê-la funcionar nas boates e ter alguma boa percussão, mas também fazer da vocal a peça central. Porque isso é mais importante para mim, eu realmente amo vocais e deixar os vocais brilharem nas minhas músicas, especialmente para que as meninas possam cantar, porque, sabe, Baddies Only!

Então, foi assim que fizemos e ficou incrível, e enviamos para o SMU. Ele adorou. E então filmamos um set de DJ na Rocinha, no Rio, e lá toquei toda a música. E, você sabe, foi uma experiência tão incrível lá.

Se interessou? As discografias de Baddies Only e Gioc estão disponíveis no Spotify e se quiser saber mais tem também as rede sociais @baddiesonly e @rioblan.co

Photos: Divulgação

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