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Conversamos com Jho Roscioli, um dos produtores apontados como Future Of Dance pela 1001Tracklist

Artista vem construindo uma carreira brilhante frente à cena house, com passagens pela Muse, Nervous, CUFF e mais

  • Redação
  • 14 December 2023

A essa altura, Jho Roscioli não deve ser um nome estranho à você, afinal, não é de hoje que ele vem se destacando na cena eletrônica nacional pela sua identidade enérgica e autêntica que passeia pelas linhas do House.

Natural de Caxias do Sul, o artista iniciou sua trajetória musical ainda cedo, aprendendo a tocar bateria com apenas cinco anos de idade; na adolescência, já integrava bandas de rock e, posteriormente, ao se mudar para Curitiba, teve seu encontro com a música eletrônica, despertando uma paixão latente.

Com a cena pulsante da cidade, teve a oportunidade de se aprofundar neste universo e, não demorou para que iniciasse estudos dedicados à Dance Music, até que em 2017, começou a produzir suas próprias músicas, pautadas nas linhas do House.

De lá para cá, Jho veio em uma ascensão surpreendente colecionando lançamentos por algumas labels de peso como Muse, Nervous, CUFF e Blackartel, suportes de big names a exemplo de Jamie Jones, Michael Bibi, PAWSA, Amine Edge & Dance, Mochakk e mais, apresentações por grandes clubes e participação no showcase da CUFF, além da entrada para times de agências como Next Management e Box Talents.

Isso sem falar do trabalho frente a sua label Banca de Cá, que surgiu com o propósito de fortalecer o cenário nacional e impulsionar a carreira de artistas promissores.

E, se com esse crescimento exponencial já era claro seu posicionamento como um dos destaques da cena, a1001Tracklist cravou o status.

Roscioli foi apontado pelo rank da plataforma como um dos 101 melhores produtores na lista do Future of Dance 2023, que aponta artistas que desempenharam um papel importante na cena da Dance Music durante o ano.

Sobre essa novidade, trajetória e próximos passos, conversamos com o artista, confira:

Q+A: Jho Roscioli

Seja bem-vindo à Mixmag. Para começarmos o nosso papo, queríamos conhecer um pouco mais a fundo sua trajetória na música. Você possui um background musical bem rico e dinâmico, aprendendo alguns instrumentos ainda na infância e participando de bandas na adolescência, conta um pouco para a gente sobre o seu encontro com a Dance Music e o que te levou a embarcar neste universo e não seguir uma trajetória no rock, por exemplo.

Minha virada de chave ocorreu em 2013, quando me mudei para Curitiba. A cena da dance music na época era vibrante, o que me inspirou a explorar a cultura noturna.

Foi amor à primeira vista, e daí comecei a produzir e tocar gradualmente, culminando no ponto em que estou hoje. Sempre quis contribuir para a cena, e agora, em dezembro de 2023, estou realizando esse sonho ao inaugurar meu clube em Curitiba, o Phase Micro Club.

E, como essa suas vivências em outros estilos musicais impactam sua identidade sonora hoje em dia? Como você busca aplicar essas influências? E quais são as suas referências atuais?

Minha caminhada me faz ver a música como um sentimento real, nada de jogo de Ableton. Quando tô fazendo música, tô sempre pensando nos sentimentos que quero jogar nas notas, batidas e pausas. Pra mim, música é mais do que técnica, é uma parada de conexão emocional, é contar história com som.

Você já possui uma trajetória de quase seis anos na Dance Music, certo?! Quais foram os principais desafios e conquistas até o momento? Quais momentos foram essenciais para que você chegasse nesta fase atual, colhendo diversos frutos?

Meu maior desafio? Com certeza, é encarar a batalha contra minha própria mente, que às vezes resolve me sabotar. Mas a maior conquista, sem sombra de dúvida, é ver a realização dos meus sonhos: abrir meu próprio selo e o meu clube. Esses sempre foram meus grandes objetivos, e ver eles acontecendo é surreal.

A perda do meu pai, sem dúvida, foi o empurrão que eu precisava. Foi como se aquilo fosse a gasolina que me impulsionou a dar o meu máximo na busca dos meus sonhos.

Neste ano, você fundou a Banca de Cá, sua própria label, motivado a impulsionar a cena nacional e apoiar novos artistas. Como tem sido administrar uma gravadora e esse trabalho de fomentar o cenário até então?

Tocar o meu próprio selo é intenso, dá um trampo, mas é meu xodó. Curto demais escutar os sons da molecada nova e ver esses artistas crescendo na cena com as músicas do meu selo. É uma parada que me deixa muito motivado

E, em termos de curadoria, como funciona para a Banca de Cá? Tem algum estilo ou características musicais que vocês buscam para o catálogo?

Na banca, estamos sempre na caça por músicas fora do comum, originais, nada desse som genérico que não tem alma. Queremos músicas que quebram a monotonia e trazem uma autenticidade.

Recentemente, depois de integrar o VA “THIS IS CUFF”, por quatro vezes, você retornou à label para um lançamento solo, o single “Supermodel Thick”, que foi super bem recebido pelo público, alcançando a posição #5 no chart de House, #1 em Hype e #29 Overall. Você imaginava esse retorno tão expressivo com a faixa? Como foi?

Sim, eu imaginava ! "Supermodel Thick" surgiu na hora em que eu estava quase largando tudo, então assisti o documentário do Kanye West e isso me deu um gás pra continuar. Resolvi fazer um remix de "All Mine" e, quando finalizei, senti na hora que seria um hit, porque o som mexeu muito comigo!

Você já tinha participado do showcase da CUFF, aqui no Brasil, em Pinhais, no final do ano passado e, depois do sucesso, você já retornou ao catálogo do selo com mais um single, “All Night”, em parceria com DRE. Conta um pouco para a gente sobre esse trabalho junto à label.

O Amine me acolheu de uma forma única, tipo, nós chamamos de filho e pai, é uma parada bem daora. "All Night" é só o começo, tem mais música vindo pela CUFF, aliás, eu e o Amine, junto com o Jay Mariani, estamos trampando em uma faixa que até rolou no set da última CUFF na Park Art. Logo mais, vocês vão ficar sabendo mais.

E, agora, você recebeu a notícia que foi incluído na lista de 101 produtores da Future of Dance 2023. Como foi receber essa notícia? Você esperava receber esse reconhecimento agora?

Para ser sincero, não estava na minha expectativa. Nunca liguei muito pra essas premiações, não era o meu foco. Mas, esse reconhecimento é realmente emocionante. É tipo uma confirmação de que o trabalho está sendo bem feito!

Para finalizarmos, quais são seus próximos passos? Alguma novidade ou spoiler que você já pode nos adiantar?

Para 2024, minha meta é soltar poucas faixas e mergulhar de cabeça no lado underground. Vou explorar mais o Deep House, mas sempre mantendo a essência das ruas presente. Além disso, quero firmar de vez o meu clube e levar o showcase da banca mundo afora.

Siga Jho Roscioli no Instagram.

Photos: Divulgação

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