Rodrigo Ferrari comemora 30 anos de carreira com tour “Trinta Anos Em Trinta Discos”
Saiba o que você pode esperar dele nas pistas
Quão profundamente você conhece a história da música eletrônica de pista? Quanto você sabe sobre esse movimento aqui no Brasil?
É importante ter em mente que por trás de todas as músicas, sets, festas e festivais que consumimos hoje, existiu lá atrás um grupo de pessoas que decidiu peitar uma ideia e plantar a semente para vê-la germinar no futuro.
Quando decidimos saber mais sobre a história, não demora muito tempo para se cair no termo “pioneirismo”.
Na música eletrônica no Brasil, é muito comum ouvir nomes que foram peça-chave no início do movimento, há poucas décadas de distância daqui, quando tudo era sim, mato.
É justamente nessa linha do tempo que, cedo ou tarde, você cairá em nomes como o de Rodrigo Ferrari e seus 30 anos de carreira, que completará em 2022.
Para marcar o momento, o DJ paulistano irá comemorar esse marco tão importante com a tour “Trinta Anos Em Trinta Discos”, a ideia é construir um set de aproximadamente 3 horas, 100% em vinil, com 30 clássicos da House Music que se fundem com sua história de cabine.
“Essa tarefa de separar os ‘30’ discos não tem sido fácil, afinal, são 30 anos… Obviamente já selecionei muito mais que esse número”, revela Rodrigo, que deseja contar sua trajetória como DJ através dos vinis, e consequentemente, boa parte da história da House Music.
“Terei uma base de uns 15 títulos que sempre estarão nos sets, enquanto a outra metade vai acabar variando, dependendo de onde estiver me apresentando, me adequando a cada situação, a cada pista. Aquele bom conceito: música certa, no lugar certo, na hora certa”, afirma.
Lá no início…
Rodrigo Ferrari sempre teve a música presente dentro de casa, descobriu a Dance Music através das rádios e até gravava fitas k7 para escutar no seu walkman.
Por incentivo de um amigo, Duty, se interessou pela discotecagem e logo estava montando seu próprio setup.
“Era um toca-discos Garrard sem pitch, que peguei da minha avó, um Pioneer PL 570 com pitch bolinha que herdei de meu pai, e um mixer CCE bem estranho que comprei usado na Rua Santa Efigênia. Ah, o amplificador e as caixas roubei da sala de casa mesmo, rs”, relembra.
Pelas galerias de São Paulo, ia garimpando discos, nacionais e importados, até mesmo diretamente com DJ Marky em uma loja em que ele trabalhava na época.
“Muita gente se cruzava nessas lojas e fiz muitas amizades na cena assim. André Matalon, Ricardo Guedes e Mau Mau foram alguns que conheci nessas oportunidades”, conta.
Em uma época em que não existia internet, celulares e as festas precisavam ser divulgadas através de ligações por telefone fixo e por flyers em frente às escolas, não era tão fácil assim conseguir um público.
“Enfim, 30 anos se passaram e tudo mudou. Dos meios de pesquisa aos meios de discotecagem, divulgação e difusão da profissão. Melhorou, piorou? Faça o seu próprio balanço… Estou pronto para a próxima”.
Rodrigo Ferrari em breve irá divulgar por onde sua turnê passará. Fique por dentro das novidades pelo seu Instagram.
Photos: Archives / Divulgação