O "shark" ataca novamente com 'House Every Weekend': falamos com Victor Lou sobre a track
A estética autêntica que o goiano é apto a aplicar em todos os seus projetos, sem dúvidas o leva onde só o talento não é capaz de chegar
Diferente, autêntico, original. Impossível não usar essas adjetivações para falar sobre Victor Lou.
É claro que poderíamos trazer a extensa lista de gravadoras as quais ele já passou, que incluem desde a imponente Blackartel (seu próprio selo), até a Actuation — e em breve Sink Or Swim e Revealed Recordings, de Hardwell.
Mas o grande individualizador de seu trabalho, é, sem dúvidas, a aplicação e flerte com a estética urbana, característica que não só engrandece o trabalho do Shark, como também gera uma identidade singular.
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Essa identidade, sem dúvidas, é um dos pilares que consagra e sustenta Lou como o pioneiro do Desande, aquela mistura entre o Bass House com características típicas do bom e frutífero DNA brasileiro — inclusive, muito bem refletida em sua última faixa "House Every Weekend". Para entender melhor esse fenômeno que segue em ascensão e com identidade cada vez mais acurada, o convidamos para um papo. Confira:
Olá Lou! Seja muito bem vindo à Mixmag, é um prazer enorme! O que rolou pra te segurar durante quase quatro anos para soltar essa bomba que é "House Every Weekend"?
Victor Lou: Oi, pessoal! Eu passei bastante tempo testando essa track com a galera e notei que eles gostavam bastante. Depois ficamos um tempo pensando e organizando como seria o clipe, queríamos que fosse algo especial.
É interessante que você falou que é um lançamento “de responsa”, afinal o público aguarda há um bom tempo, né? Esse senso de responsabilidade com o seu público é o que te torna tão querido por ele (no Brasil e nos EUA)?
Acredito que consigo cativar pessoas por sempre estar fazendo o que mais gosto, com muita intensidade e verdade.
Uma impressão pessoal minha é que outro ponto crucial pra tamanha identificação com o público, é que seu DNA, sua identidade, flertam muito com a estética urbana brasileira. Se não me falha a memória, isso te acompanha desde os primórdios, não é mesmo?
Ter uma forma paralela de enxergar o mundo te faz abrir novas possibilidades, isso se aplica a tudo, e sempre fez parte de mim, sim.
Em algum momento, rolaram inseguranças do tipo "o que que eu estou fazendo"? Se sim, como você passou por cima e seguiu adiante?
Inseguranças e outras 300 outras formas de te tirar do agora, elas estão passo a passo com você por onde você for. Porém, é preciso cultivar bons pensamentos, praticar a confiança e o autoconhecimento, isso é fundamental.
E vamos voltar pro seu último lançamento? É interessante que a faixa tem um sentido duplo e complementar né? Genial, inclusive! hahahahah Fala um pouco sobre como foi o seu período de pandemia, recluso em casa, e como foi voltar a viver o House todos os dias depois dessa fase.
Senti muita falta de desandar geral durante a pandemia. A pandemia em si vai ser algo que nunca vou conseguir esquecer, mas estamos bem agora pra contar história, acredito que toda fase é evolutiva e quanto maior a resistência, maior o aprendizado.
E o que você gostaria de causar em quem assistir o clipe?
Gostaria de trazer no clipe uma certa imersão, traduzir os pensamentos em forma de filme é algo incrível e todos nós ficamos bem felizes com o resultado.
E o que te motivou a lançar a faixa de forma independente?
Eu gosto de ter total liberdade, em fazer a capa escolher o dia do lançamento, essas coisas importam pra mim, então preferi dessa forma, sem ficar dependendo de nada.
Lou, é impossível não ficar curiosa: o que ainda veremos de você pra esse ano? Mal começou, mas você já tá daquele jeito, então nada mais justo encerrar com essa pergunta. Valeu pelo papo!
Tenho estado mais no estúdio do em qualquer outro lugar, estou cheio de novidades e fazendo o que sei fazer de melhor, música!
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Photos: Divulgação
