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Monolink lança álbum The Beauty Of It All, um novo capítulo de sua jornada musical

Em seu terceiro disco, o artista alemão combina folk e eletrônica com sensibilidade e impacto emocional

  • Lorena Dias
  • 29 September 2025
Monolink lança álbum The Beauty Of It All, um novo capítulo de sua jornada musical

Monolink abre seu terceiro álbum com uma confiança silenciosa que conquista no detalhe. “The Beauty Of It All”, lançado pela Embassy One, é menos sobre grandiosidade e mais sobre presença.

São dez faixas que respiram espaço, textura e intenção, guiadas por um vocal que prefere a honestidade à performance e por arranjos que privilegiam a sensação de proximidade. É o tipo de disco que não chama atenção aos gritos. Ele se aproxima, te envolve e fica.

A viagem começa em terreno delicado com “Call of the Void”, quadro de perda e aceitação pintado com synths amplos e um canto sem pressa.

Em “Perfect World”, coescrita com Severin Kantereit, a batida quebrada e a percussão levemente glitch espelham o distanciamento do cotidiano urbano, como um zoom lento que revela a cidade acordando.

“Powerful Play” reconecta Monolink às raízes híbridas, onde o violão abraça a eletrônica rítmica e transforma lembranças de rua e clube em linguagem própria.

Quando o álbum aprofunda, ele abre brechas para o risco. “Avalanche”, gestada entre os Alpes suíços e um jam com Toby Siebert, cresce na paciência dos timbres vintage e no turbilhão emocional contido.

“In My Place” chega em take único e não tenta polir as arestas. É justamente nas pequenas imperfeições que a faixa ganha vida. “Mesmerized” se instala como destaque, com pulsos de bateria analógica que sustentam texturas hipnóticas, melodias em espiral e um topline de mão cheia.

A paleta se expande de novo em “Promised Land”, inspirada em experimentações livres que evocam o espírito viajante do Pink Floyd.

Tudo se desdobra devagar, com camadas de percussão tocada à mão e acordes espaçosos que pedem estrada e madrugada.

Na sequência, “Beacon” pousa com esperança discreta, escrita ao piano e ancorada em um senso de folk que ilumina a sala sem ofuscar. “Phoenix” renasce de uma fagulha antiga resgatada em Portugal e refeita no analógico.

O fechamento, “Once I Understood”, começa como balada beatleana e termina Monolink por inteiro, entre canção de ninar e reflexão existencial.

Em termos de trajetória, “The Beauty Of It All” soa como destilação. Se “Amniotic” apresentou o encontro orgânico-eletrônico e “Under Darkening Skies” ampliou o escopo com tintas mais cinematográficas, aqui a busca é pela ressonância íntima.

Há menos preocupação com escala e mais com impacto emocional. O resultado é um álbum que reafirma por que Steffen Linck ocupa um lugar raro entre a pista e o palco. É música para quem quer sentir a batida no peito e a história por trás de cada nota.

Monolink - The Beauty Of It All (Album) is out now via Embassy One on vinyl, CD and digital formats. Get it here!

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Imagens: HoneyStills

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