‘Fábrica de trolls’ russa foca em artistas como Daft Punk, Tiësto e David Guetta
Operação visa espalhar desinformação sobre a guerra da Rússia na Ucrânia
Uma operação russa de desinformação baseada em uma antiga fábrica de armas em São Petersburgo tem como alvo alguns dos maiores nomes da música eletrônica da Europa, incluindo Daft Punk, David Guetta e Tiësto.
Conforme relatado pelo The Guardian, a 'fábrica de trolls' visa espalhar desinformação de guerra e apoio à invasão da Ucrânia por Putin. O governo do Reino Unido está agora tomando medidas e citando pesquisas sobre o caso.
O The Guardian também informou que a operação está ligada a Yevgeny Prigozhin, fundador da Internet Research Agency – o mesmo grupo que era suspeito de interferir e enganar as eleições presidenciais de 2016 nos Estados Unidos.
Contas de mídia social de artistas, bem como do grupo de rock alemão Rammstein, estão entre os alvos. Sua atividade foi mais comumente encontrada no Instagram, YouTube e TikTok, com alguma detecção no Twitter e Facebook.
Em outros lugares, o grupo de trolls tem como alvo líderes mundiais, incluindo o chanceler alemão, Olaf Scholz, o chefe de política externa da UE, Josep Borrell, e Boris Johnson.
Segundo a pesquisa, a operação patrocinou influenciadores do TikTok por divulgarem propaganda pró-Kremlin e pró-guerra, recrutando e contratando “trabalhadores assalariados”.
Embora o Ministério das Relações Exteriores tenha se recusado a dar muitas informações devido a preocupações com a segurança, eles revelaram que esses influenciadores foram usados para justificar o trabalho “como 'atividade patriótica' em apoio à 'operação militar especial' na Ucrânia”.
A secretária de Relações Exteriores Liz Truss disse sobre a operação: “Não podemos permitir que o Kremlin e suas fazendas de trolls invadam nossos espaços online com suas mentiras sobre a guerra ilegal de Putin”.
“O governo do Reino Unido alertou os parceiros internacionais e continuará trabalhando em estreita colaboração com aliados e plataformas de mídia para minar as operações de informação russas”.
[Via The Guardian]