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Entrevistamos: Miss Monique

Um dos maiores nomes do Progressive House mundial fala sobre novos lançamentos, série de podcasts e outras novidades

  • Ágatha Prado
  • 7 July 2021
Entrevistamos: Miss Monique

Miss Monique certamente é um dos rostos mais conhecidos do cenário europeu, sobretudo quando estamos falando de Progressive House.

Com seu carisma inegável, e um talento arrebatador tanto dentro de estúdio como na condução dos decks, a DJ e produtora nativa da Ucrânia se tornou um dos nomes mais fortes do circuito eletrônico mundial, em especial dos últimos três anos para cá.

Cada apresentação de Miss Monique é uma história à parte.

Entre melodias envolventes e atmosferas que transportam o ouvinte a lugares sublimes, a artista vem trazendo uma conexão diferente em cada episódio de sua série MiMo no Youtube, onde apresenta lives semanais.

No trabalho de estúdio, já soma lançamentos por gravadoras de grande calibre como AFTR:HRS de Tiësto — onde estreou em maio com a faixa “Don’t Come Back” — Black Hole, Perspectives Digital, Lost On You, além da sua própria Siona Records, que hoje está entre as principais labels de Progressive House da cena.

Conversamos com Miss Monique para saber mais detalhes sobre seus últimos lançamentos, série de podcasts, planos de carreira e mais novidades:

Mixmag: Miss Monique! Obrigado por nos conceder esta entrevista! De que lugar do mundo você está falando agora? O que você estava fazendo até começar a responder a esta entrevista?

Miss Monique: Olá, Mixmag Brazil. É uma honra conversar com vocês também. Ontem gravamos um vídeo para o meu canal no YouTube em um local incrível na Turquia e agora estou esperando pela minha festa, que mudou para mais cedo devido a Covid. Espero que agora dê tudo certo e sem surpresas :)

Você hoje é um dos nomes mais importantes do Progressive House europeu. Na sua opinião, qual foi a grande virada da sua carreira que fez você alcançar esse destaque?

Obrigada, isso significa que provavelmente estamos no caminho certo. Estamos trabalhando pelos últimos 10 anos, mas os resultados desse trabalho começaram a aparecer apenas nos últimos 2-3 anos.

Acho que temos alguns pontos de virada: começar um podcast no YouTube que agora tem mais de 500 mil ouvintes, criar minha própria gravadora, Siona Records, que em 2 anos se tornou uma das mais conhecidas de Progressive House no Beatport e claro, os lançamentos na Black Hole e na gravadora de Tiesto, AFTR:HRS Records.

Então, em 2018, você deu start na série de podcast MiMo pelo seu canal do Youtube e hoje ele está gigantesco… como surgiu essa ideia e qual o propósito central que você busca trazer nesta série?

Antes do MiMo Weekly, eu tinha o Podcast Mind Games que comecei em 2013. Naquela época, eu abria a Radio Intense na Ucrânia (rádio online com transmissão no YouTube).

Após 5 anos, junto da minha equipe, decidi que era hora de começar algo por conta própria. Então surgiu a ideia de fazer o MiMo Weekly Podcast no meu canal no YouTube. A ideia principal era criar um mix que fizesse o ouvinte ouvir no repeat.

No mês passado você gravou um episódio com vistas para um cenário deslumbrante das praias de Tulum, no México. Nos conte um pouco mais dessa experiência... o cenário influenciou você na escolha das faixas para o set?

Talvez pareça um pouco estranho, mas para nós, gravar em Tulum foi um desafio e tanto. Antes da viagem, encontramos uma equipe que geralmente grava vídeos para artistas lá, mas quando chegamos, um dia antes de gravarmos o set, eles começaram a nos ignorar, mudaram a data para o nosso último dia no México — um grande risco. O tempo também estava chuvoso e ventoso… ficamos chateados.

No outro dia eu acordei às 6h da manhã, saí do quarto de hotel e vi uma das melhores vistas: perfeitamente vazia, praia de areia branca com redes, selva e mar. Mostrei ao meu manager e no outro dia, às 5h da manhã, gravamos o vídeo.

Quanto ao segundo vídeo, tivemos sorte de conseguir gravá-lo também, mas como eu disse anteriormente, o tempo não está ao nosso favor. De qualquer forma, eu gostei do resultado.

Parece que conseguimos transmitir um pouco da atmosfera do lugar. Quanto à influência na escolha das faixas para o set, quando gravamos ao ar livre, sempre levo em consideração o local, o tempo de gravação do vídeo, para que eu consiga maximizar a atmosfera do local.

Você também participou do live stream especial do Beatport, Set for Love, em prol do suporte às crianças em estado de vulnerabilidade ao redor do mundo. Como esse convite chegou até você e o que representa estar ao lado de outros grandes nomes que também fizeram parte do lineup?

Não é a primeira vez que participo da transmissão Set For Love e fico muito feliz que com o meu trabalho, tenho a oportunidade de encantar não só os amantes da música eletrônica, mas também de fazer parte de um evento que ajuda crianças de países em desenvolvimento. Espero que não seja a nossa última colaboração com esta organização e que façamos muitas boas ações juntos.

Saindo dos palcos, entrando no estúdio: sua gravadora Siona Records tem alcançado um grande destaque dentro do cenário do Progressive House, parabéns pelo belo trabalho! Tem sido uma experiência enriquecedora para você? Quem faz parte do time de curadores? Como é esse processo de seleção de faixas?

Muito obrigada! Tenho muito orgulho da nossa gravadora e dos resultados que temos até agora, mas há sempre espaço para crescer e pelo que lutar. Nosso time não é muito grande, somos três: eu, que sou responsável pela maior parte dos processos, o meu manager e nosso engenheiro de som.

Quanto à curadoria das faixas, estou tentando ouvir todas as demos. Geralmente, tiro um dia da semana para isso e, sempre que possível, procuro responder todas as mensagens que nos enviam mesmo que a faixa não seja adequada para a Siona.

E você poderia nos adiantar algumas novidades da Siona Records para os próximos meses?

Teremos lançamentos tanto de jovens produtores quanto de produtores consolidados como Paul Thomas, Fuenka e Pavel Khvaleev… alguns lançamentos meus também estão a caminho.

E outra grande novidade foi sua estreia em maio na AFTR:HRS, gravadora comandada por ninguém menos que Tiesto. Como rolou esse approach?

Sim, ficamos super felizes por trabalhar com a gravadora e com o time deles, super profissionais.

A história de como rolou é interessante... "Don't Come Back" foi enviada pelos argentinos Naue e a vocalista Josefina como demo para nossa gravadora Siona, eu gostei da ideia principal, mas percebi que não estava finalizada ainda, então fiz algumas sugestões de alterações, que eles gostaram.

Então enviamos a faixa para o manager e por sorte recebemos o retorno da gravadora que eles estavam prontos para lançá-la.

E sobre seu último release, lançado no dia 02 de julho, o que você destacaria?

Quando produzo lançamentos para a Siona, eu tenho a oportunidade de experimentar o som e não ajustar a qualquer padrão. Nessa faixa eu usei um synth que era comum nos anos 90 e tentei combinar esse som retrô com uma linha de baixo moderna.

Você já realizou turnê pela América do Sul, passando pela Argentina. Podemos esperar uma apresentação sua aqui no Brasil em breve?

Gosto muito da energia e atmosfera do público dessa parte do mundo. Infelizmente não tenho o Brasil nos meus planos no momento, mas espero muito que isso mude em breve.

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Photos: Divulgação

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