
HEXAGON 2.0: Don Diablo reinventa o futuro com alma de pista e espírito rebelde
Às vésperas de seu show no Brasil, Don celebra 10 anos de HEXAGON com uma nova era de house music, conexão real e NeoNostalgia
Don Diablo está pronto para o próximo capítulo. Comemorando 10 anos de sua gravadora HEXAGON, o astro holandês acabou de lançar “Freek Like Me” — faixa que abre a fase 2.0 do selo.
Menos lançamentos, mais impacto: qualidade acima de algoritmos, com som pulsando nostalgia e inovação. A nova track mistura vocais falados, synths old school e um bassline envolvente, criando o que ele chama de NeoNostalgia.
Com colaborações que vão de Dua Lipa a Coldplay, Don é hoje um dos artistas mais influentes da música eletrônica. Seu álbum FORΞVΞR ultrapassou 1 bilhão de streams — prova de sua força criativa além das pistas.
E o Brasil entra nesse momento decisivo. Nesse dia 10 de maio, Don toca no Laroc Club, em São Paulo, trazendo a energia do HEXAGON 2.0 para a América Latina. Nesta entrevista exclusiva à Mixmag, ele compartilha sua visão de futuro e a missão de conectar pessoas por meio da música.
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Q+A: DON DIABLO
Dez anos depois, o HEXAGON cresceu de um remix nº1 no Beatport para um movimento global. Quando você olha para os primeiros dias, imaginava que se tornaria uma plataforma tão poderosa?
Eu tinha uma visão, mas nem os maiores sonhos preparam você para a realidade. O HEXAGON começou como uma impressão sonora — um som, um símbolo.
O que ele se tornou é algo muito mais humano: uma família global, uma incubadora criativa, uma voz para os que estavam à margem. Naquela época, eu remixava faixas. Hoje, estamos remixando o futuro.
“Freek Like Me” soa como um manifesto para o HEXAGON 2.0. Qual foi a maior mudança de mentalidade por trás desse novo capítulo — musical e criativamente?
O HEXAGON 2.0 é sobre quebrar a quarta parede. Menos quantidade, mais qualidade. É cru, sem filtro, levemente fora da curva — assim como as pessoas que tornaram esse movimento real.
Não é só aceitável ser diferente... é essencial. Essa é a energia que estou canalizando agora — curiosidade destemida e, acima de tudo, ainda mais atenção para quem provou ser leal, tanto fãs quanto artistas.
Você criou o termo “NeoNostalgia” para descrever seu novo som. O que isso significa para você — e como conecta seu passado com o futuro da house music?
NeoNostalgia é sobre reprogramar a memória emocional — pegar relíquias sonoras do passado e injetar DNA do futuro. Não me inspiro só nos anos 80, 90 ou Y2K — estou viajando no tempo através do som, mas com design sonoro voltado ao futuro, como sempre. A house music sempre foi cíclica, mas a NeoNostalgia dá a ela uma nova órbita.
Você já trabalhou com lendas e ajudou a lançar novas carreiras. Como equilibra o apoio a novos talentos com a sua própria presença na vanguarda?
É uma simbiose. Novos talentos trazem o caos — e digo isso no melhor sentido. Eles desafiam ideias antigas, rompem limites e nos lembram por que nos apaixonamos pela música.
Em troca, ofereço estrutura, orientação (técnica), perspectiva e uma plataforma. Para mim, não se trata de estar à frente dos novos talentos, mas de correr ao lado deles com propósito.

O Brasil sempre demonstrou muito amor pela música eletrônica — e você está prestes a levar a energia do HEXAGON ao Laroc Club. O que torna esse show especial para você?
O Brasil não apenas ouve música — ele vive a música. A energia no Laroc é algo que ainda sinto nos ossos desde a última vez. É mais que um show; é uma troca espiritual. Levar o HEXAGON 2.0 para cá é como fechar um ciclo — mas com uma mensagem evoluída, um som mais afiado e uma conexão mais profunda.
O HEXAGON 2.0 prioriza conexão em vez de algoritmos. Como você vê isso refletido no engajamento do público nos seus shows ao vivo hoje?
Você não pode programar arrepios. Algoritmos te dão dados; a conexão te dá alma. Com o HEXAGON 2.0, vejo as pessoas largando o celular, fazendo contato visual, cantando até as faixas não lançadas.
Abertas a novas músicas. Novas ideias. Novas sensações. Isso me mostra que não estamos apenas transmitindo música — estamos transmitindo emoção. Essa é a revolução.
Como alguém que ultrapassa limites na música, moda, arte e tecnologia — o que vem a seguir para Don Diablo e o HEXAGON nesta nova década?
Essa década é sobre convergência. Estou construindo um mundo onde a música é apenas uma parte da equação — pense em colaborações com IA, moda futurista, exposições de arte, experiências imersivas que vão além da tela.
O HEXAGON vai evoluir para um universo multissensorial onde arte, som e alma colidem. O futuro não está apenas chegando — estamos desenhando ele.
Você tem uma mensagem para seus fãs no Brasil antes do show no Laroc neste fim de semana?
Aos meus Hexagonians brasileiros: vocês são o coração pulsante desse movimento. A energia de vocês me alimenta de um jeito que nenhum algoritmo conseguiria.
Neste fim de semana, deixem as expectativas na porta — e tragam sua versão mais verdadeira, sem filtro.
Não estamos só celebrando a música. Estamos reescrevendo as regras da conexão. Vamos fazer história — de novo.
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Imagens: Divulgação