Carol Seubert: da pista para os palcos, DJ e produtora segue acumulando conquistas em 8 anos de carreira
Contadora de histórias pela música, Carol Seubert une o calor das pistas brasileiras à energia global
Natural de Santa Catarina, Carol Seubert sempre respirou música. Afinal, o estado é um dos locais que mais consome música eletrônica no país todo.
Frequentando uma cena com grandes clubes, como Greenvalley, P12 e Warung Beach Club, Carol foi tornando-se a curadora das playlists dos amigos e entrou para o universo da discotecagem sem nem perceber.
Chegando em São Paulo para trabalhar como modelo, ela começou um curso de DJ e bastou publicar um vídeo tocando nas redes sociais que os convites começaram a surgir.
Hoje, oito anos depois, Carol Seubert mantém uma carreira sólida como DJ e produtora, se apresentando em locais renomados como o próprio Greenvalley e o Laroc Club, além de turnês internacionais na Espanha (Ibiza) e Portugal.
O mais recente feito foi no Tomorrowland Brasil: a artista foi convidada para participar do set de Meduza no palco Cystal Garden e tocar seu próprio remix de “My Computer”, original de Adana Twins.
Seja em seu projeto principal focado no house ou em sua carreira paralela no South Birds que segue com afro e organic house, Carol Seubert se descreve como “uma garota que gosta de fazer e tocar música”.
Confira o papo com a DJ e produtora:

Q+A: Carol Seubert
O que você começou primeiro: tocar ou produzir música? Conte sua história com a música eletrônica.
Minha história com a música eletrônica iniciou na discotecagem. Eu já tocava por hobby há alguns anos e em 2018 resolvi fazer um curso para me profissionalizar, mas em poucos meses já iniciei também o curso de produção e me apaixonei por esse universo.
A gente pode sentir que você tem uma veia fashion muito forte. Qual sua ligação com a moda e como você usa isso na sua profissão como DJ?
Eu acredito fortemente que a moda e a música eletrônica se complementam muito. O ambiente da música eletrônica sempre foi um espaço de acolhimento e te permite se expressar por meio da moda sem os julgamentos típicos.
Neste fim de semana, você teve a oportunidade de fazer uma participação especial no set do MEDUZA, um dos nomes já indicados ao Grammy Awards. Como aconteceu esse convite e como foi a apresentação?
Eu conheci o Meduza em 2022, no Greenvalley, dividindo line-up com o trio, que estreava o projeto “Odizzeia” por aqui. São artistas que sou muito fã e sempre acompanhei todos os lançamentos e sets.
Desde então, sempre enviei promos e demos para a gravadora deles. No início desse ano, recebi o primeiro suporte deles na “My Computer”, um remix que fiz para a original de Adana Twins.
No último sábado, dia 11, fui checar minha DM ao acordar e simplesmente o Matt, um dos membros do Meduza, havia me perguntado se eu estava no Tomorrowland Brasil e se poderia ir ao festival para tocar minha música com ele no seu set. Fiquei sem acreditar, chorei no caminho e me senti muito realizada.
Falando ainda sobre gigs, você esteve recentemente na Europa para uma turnê de sete datas. Conta pra gente em quais locais você se apresentou e como foi a recepção do público.
Em agosto, eu realizei um grande sonho: uma tour com a agenda cheia na Europa. Foram 14 dias e 7 datas passando por Ibiza e Portugal. Foi incrível ter essa experiência de tocar no verão europeu, ainda mais em Ibiza, que é um sonho de todo DJ. Espero voltar em breve!
Você já tocou em palcos renomados, como Lollapalooza, Greenvalley, Laroc e D-Edge. Há outros lugares que você sonha em se apresentar ou até mesmo tocar novamente?
Sim, eu tenho uma wishlist com muitos locais que ainda sonho em ter a oportunidade de levar meu som. O Tomorrowland é um deles, com certeza!
É inegável sua habilidade para produzir, já recebendo suportes de nomes como Fisher, Bob Sinclair, Lee Foss, Matroda e Meduza. Como é sua rotina de produção?
Eu tenho um home studio onde crio a maioria das ideias. Geralmente, acordo e vou treinar, então à tarde é meu “horário de trabalho” na produção musical. Dependendo do dia, fico até de madrugada.
Gosto muito de pegar duas ou três tracks como referências e produzir inspirada em sons que estou tocando e que estão funcionando nos meus sets.
Estamos caminhando para o fim de 2025, quais os planos para este fim de ano e para o seguinte?
Força máxima no estúdio agora para trabalhar nos próximos lançamentos. E para agenda, posso dizer que 2025 vai fechar fazendo jus a tudo que vivi esse ano, com muitas gigs e muitas estreias.
E também meu projeto paralelo com a Miss Natália, o South Birds, vem alcançando muitas coisas boas.
Estou animada e cheia de energia para entregar 100% de mim!
Para encerrar, falando sobre o South Birds, de onde surgiu a ideia deste projeto paralelo? Como você mantém essas duas carreiras com sonoridades diferentes?
O South Birds surgiu da minha amizade com a Natália. Nós duas queríamos ter a oportunidade de explorar outros sons e nos juntamos para criar um projeto diferente da nossa carreira solo. E justamente por este motivo, o South Birds é um projeto mais exclusivo.
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Imagens: Divulgação