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Apoiado por Keinemusik, Cazt nos fala sobre seu novo remix com Soldera, 'Minha Prece'

Há alguns meses, o artista passou por um rebranding e hoje já celebra um dos lançamentos mais importantes da carreira nesta nova fase

  • Redação
  • 21 May 2024

Depois de chamar a atenção da cena brasileira com o seu remix oficial de “Várias Queixas”, da banda Gilsons, o DJ e produtor Cazt resolveu “deixar de lado” todo o sucesso alcançado por um simples motivo: não estava mais se identificando com o que estava produzindo.

Mesmo a faixa tendo alcançado mais de 23 milhões de plays e mesmo após ter lançado na STMPD Records de Martin Garrix, na Sony Music e na Universal, ele resolveu dar um reset na carreira para se aventurar em outras sonoridades, flertando com o Afro, o Deep e o Organic House, estilos que se conectavam mais verdadeiramente com a sua essência.

Foi então que, depois de alguns meses, ele produziu outro remix com um enorme potencial de sucesso: “Minha Prece”, ao lado de Soldera; a surpresa foi que meses antes de ser lançada, a faixa já havia chego até o famoso trio Keinemusik, que começou a dar suportes recorrentes em suas turnês, começando já no réveillon de Punta del Este.

Na última sexta (26), o remix para a faixa da cantora e compositora Dandara Manoela nasceu oficialmente, assinada por uma label que faz um fit perfeito com a sonoridade da faixa: MoBlack Records.

De sonoridade leve, mas com uma letra muito profunda e poderosa, a faixa se tornou uma arma secreta para colocar qualquer pista de dança pra cima, seja qual for a atmosfera dela. A track chegou já alcançando bons resultados nas plataformas, figurando na posição #29 do chart de Afro House no Beatport e Top #01 em Afro Latin Brazilian e #36 Overall do Traxsource.

Aproveitando este lançamento e o ótimo momento de Cazt, o convidamos para um bate-papo focado no release e também o convidamos a refletir sobre os motivos que o fizeram deixar a estética comercial de lado para focar numa linha mais underground.

Q+A: Cazt

Olá, Cazt. Obrigado por nos conceder essa entrevista. Vamos começar falando sobre sua novidade mais quente, que é o remix de “Minha Prece”, produzido junto com o Soldera. Quando a ideia de remixar essa faixa ganhou vida? E como você conheceu o trabalho da Dandara?

A ideia de remixar “Minha Prece” veio quando eu estava em um bloqueio criativo já tinha um tempinho, comecei a pesquisar muita música e achei ela.

De primeira vieram as ideias pra remixar e, quando ouvi pela primeira vez, a letra já me tocou bastante, porque diz muita coisa que eu estava vivendo na época.

Eu ainda não conhecia a Dandara e essa foi a primeira vez que ouvi uma música dela, desde então passei a acompanhar direto.

O vocal do refrão foi regravado ou reaproveitado da composição original da Dandara? Qual etapa do processo foi a mais desafiadora para chegar nesse resultado final?

Reaproveitamos o vocal e uma parte do violão da música original, a primeira versão que fiz é um pouco diferente dessa final que lançamos.

Fiz a primeira ideia e já tinha gostado bastante, então mandei mensagem pra Dandara no direct do Instagram, ela ficou animada com o remix e autorizou ser oficial, daí já mandou os stems para trabalharmos melhor.

Você já tinha trabalhado com o Soldera anteriormente? Quais foram os motivos que você levou em consideração para escolhê-lo nesta collab e não outro artista?

O Soldera é um cara que sempre acompanhei na cena, tá aí no mercado há muitos anos, mas antes não achava que meu som encaixava com o dele.

Então, depois de todo esse rebranding que passei, musical também, mandei a ideia do remix pra ele e ele pirou de primeira.

Começou a mexer e mudou vários elementos no som até chegar no resultado final que agradou muito a gente.

O mais curioso disso é que essa linha do Organic/Afro House é uma coisa relativamente nova pra você, não é? Até porque de 2020 até 2022, você produzia uma linha de som que era mais comercial, até atingindo um grande sucesso com o remix de “Várias Queixas”, do Gilsons. O que aconteceu no meio do caminho pra você tomar essa decisão de mudar de identidade?

Digo que não costumo me prender muito a vertentes. Fazia um som muito comercial antes, e creio que com o amadurecimento passamos a conhecer coisas novas, se identificar com sonoridades novas, e isso aconteceu comigo.

De primeira gostei muito do afro house pelas características que são semelhantes a sons que ouvia desde criança na minha cidade natal, como o carimbó, já que é um som bem percussivo e com percussões orgânicas que fez com o que eu me identificasse bastante com a vertente.

Além disso, também acredito bastante no Organic House, House e Deep House. Sempre gostei de sons na pegada mais summer vibes, praia, natureza, por isso curto fazer músicas mais vibes e meus sons não são pesados.

E como tem sido esse processo de aventura em meio a esses novos estilos? O Organic House inclusive tem ganhado muito espaço e sido apontado por muitos como o estilo mais em alta do momento… como você enxerga esse hype atual?

Agora, o Organic House e o Afro house ainda estão em seus momentos de hype, são sonoridades que venho explorando bastante, mas nada de que eu vá fazer 100% só isso. Gosto de explorar as vertentes vizinhas também, como Deep House, House, inclusive, alguns dos meus próximos lançamentos vem nessa estética.

Você já tem outras produções engatilhadas nesse mesmo estilo? Vão rolar mais collabs com o Soldera ou com algum outro produtor? O que você pode nos adiantar em termos de novidades?

Esses próximos meses vão ser especiais, quero dar início a uma série de sets ainda neste mês. Venho trabalhando muito também nos meus próximos lançamentos, e uma das próximas músicas a sair é minha primeira collab internacional com um cara que sempre foi uma referência grande pra mim, logo logo vocês vão saber quem é.

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Photos: Divulgação

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