Música para vídeo game? Eldon nos conta detalhes de “Game Boy”
Single saiu na última sexta (07), marcando seu segundo trabalho pela Sola
Quem teve a infância nos anos 90 sabe a febre que foi o surgimento do Game Boy, console portátil da Nintendo que popularizou os jogos do Tetris e Pokémon, e que se tornou um clássico entre os gamers da época.
“Game Boy” também é o nome do novo single de Eldon, que decidiu reviver a nostalgia do console trazendo insights das sonoridades em 8bits, para sua faixa que estreia no catálogo da Sola.
Com grooves marcados por timbragens vintages, a música é uma homenagem aos diversos jogos que marcaram o cenário noventista, trazendo para as esferas do Tech House os soundfx, cuts de trilhas e atmosferas características do videogame.
Convidamos o britânico para bater um papo com a gente e contar mais detalhes de Game Boy, faixa que marca seu retorno ao catálogo da Sola.
Mixmag: Eldon, bem-vindo e obrigado por falar com a gente! Conta pra galera: quais eram seus jogos favoritos no Game Boy?
Eldon: E aí, pessoal! Eu diria que os jogos óbvios como Super Mario, Tetris, Donkey Kong… eu era mais do tipo do Tetris, era viciante!
Você ainda tem o console? Jogue videogames no seu tempo livre?
Infelizmente eu não. Mas talvez minha esposa possa me comprar um para meu próximo aniversário :). Eu realmente não tenho muito tempo para jogar hoje em dia… equilibrar o estúdio com a vida familiar realmente não deixa muito tempo livre, e quando tenho, prefiro fazer música, claro.
Mas com certeza você deve trazer alguns aspectos marcantes daquela época, né?
Sem dúvidas! As memórias que tenho seriam de passar tempo com primos e tios. Nós costumávamos competir (de forma amigável) para ver quem tinha mais pontos ou chegava mais longe… videogames, assim como música, unem as pessoas.
Agora falando mais especificamente sobre música: como foi trabalhar com sonoridades de 8 bits? Você usou samples ou sintetizou cada elemento?
Foi uma mistura dos dois. O divisor de águas foi quando o vocoder foi usado no vocal do Deja, acho que foi quando “Game Boy” começou a juntar as peças.
O vocal não estava funcionando até que foi tratado, então as ideias começaram a fluir e tudo simplesmente ganhou seu devido lugar.
Qual é a experiência de voltar ao catálogo da Sola depois de abrir o rótulo V.A este ano? Construíste uma relação de parceria com a editora?
Sim, é ótimo estar de volta na Sola! Tenho construído um relacionamento legal com a gravadora e tenho um EP saindo no próximo mês que todos devem ficar de olho. É um trabalho que ficou excelente.
E o que podemos esperar do seu projeto nos próximos meses?
Acho que o que estou tentando fazer é fazer música divertida que atravessa gêneros diferentes. Música que é instantaneamente reconhecível como minha, quero criar essa identidade.
A música para mim é sobre conexão com a multidão, seja ela um cativante vocal ou um riff maluco. Ambos podem se envolver com as pessoas e é disso que se trata.
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