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George Gomes, da Not Another, fala sobre trajetória de quase 5 anos do selo

EP de encerramento recebe três novos remixes

  • Marllon Gauche
  • 21 December 2020
George Gomes, da Not Another, fala sobre trajetória de quase 5 anos do selo

Sabe aquele velho ditado que diz: “Se você quer algo bem feito, faça você mesmo”?

Pois bem, parece que cinco amigos levaram essa afirmação bem a sério quando decidiram, em conjunto, iniciar os trabalhos com a gravadora Not Another, que teve planos iniciados em 2014, mas deu o pontapé inicial no início de 2016.

Por trás estão Bernardo, Rodrigo, Vitor, Fernando e George, este último aceitando nosso convite para um bate-papo sobre todos os esforços que estão envolvidos com a marca, da composição musical até a visual — que é um destaque à parte.

Antes, porém, vale conferir o último release de 2020 da gravadora, um EP de remixes que trás Andre Sobota, Rocko Garoni e Feemarx (outro head do selo), remixando três diferentes faixas do EP Space Coconut, lançado em julho pelo Melon Blush.

A diversidade sonora sempre foi uma premissa desde a concepção do selo? Hoje vocês detém um catálogo que apresenta House, Techno, Deep, Indie, faixas mais melódicas, experimentais…

George: Sempre. Amamos músicas de diversos estilos e acreditamos que cada música reflete um momento da nossa vida.

A diversidade e a mistura de influências e experiências que temos durante nossa jornada é o que torna cada pessoa única.

Buscamos músicas que nos tocam a alma de alguma forma e tentamos não nos limitar a estéticas ou gêneros específicos.

Além da união do design visual e sonoro, que é sempre encantador a cada release... como isso é definido? Rolam brainstorms? Os quatro participam de todos os processos, da curadoria até o lançamento?

O Davi Leventhal, artista responsável pelas nossas capas, tem uma capacidade criativa fora do comum e um traço único.

Apenas enviamos pra ele as músicas e o conceito por trás do lançamento e ele sempre nos surpreende.

O restante da identidade visual foi produzido por Pedro Muniz, artista incrível de Recife, e os trabalhos visuais são produzidos por Rodrigo e por mim.

Pelo que notamos, a valorização dos artistas nacionais também permanece até os dias de hoje. Mas o que determina quais releases são assinados e quais não se encaixam?

Alinhamento de valores, autenticidade, paixão e vontade de crescer e compartilhar. E obviamente, a música tem que nos tocar.

Você se arrepende de algo até aqui com a gravadora? Alguma decisão tomada de forma errada ou um release deixado de lançar…

Iniciamos sem nenhuma experiência e com conhecimento limitado desse mundo, apenas com muita vontade de fazer acontecer.

Tem sido uma jornada de bastante aprendizado até hoje e sabemos que ainda não sabemos de nada. Cada erro se tornou um aprendizado e nos fez evoluir como time e indivíduos.

Vivemos em um mundo caótico, imprevisível e que as bases em que nossos trabalhos estão sendo construídos podem desmoronar do dia pra noite, como ocorreu agora com a pandemia, por exemplo.

É preciso ter atenção plena na nossa missão, visão e valores e flexibilidade suficiente pra nos adaptar ao novo cenário que vier a aparecer e aprender com os erros que viermos a cometer.

É um processo de evolução constante.

Agora nos fale um pouco sobre este último trabalho lançado. O que levou a decidirem lançar um segundo EP de remixes neste ano, logo após o do Vini Pistori? Por qual motivo curtem trabalhar neste formato?

Atenção é a nova moeda nesse mundo digital e volátil que vivemos hoje. A ideia principal foi dar ao artista uma nova oportunidade de atrair a atenção do seu público e se manter visível ao invés de concentrar em um único lançamento.

O artista precisa se manter em contato constante com seu público e essa foi uma das formas que encontramos para alcançar isto. Estamos curtindo o resultado e devemos continuar repetindo o formato em alguns lançamentos.

E os convites aos remixers partiram de vocês? Além do Feemarx, um dos head do selo, temos Andre Sobota e Rocko Garoni, dois ótimos produtores…

Tanto o André quanto o Rocko são grandes amigos e parceiros de anos. O Rocko já havia trabalhado conosco lá no início do label e sempre conversamos sobre um retorno.

Quando estávamos pensando nos remixers para o EP do Melon Blush, o nome dele foi o primeiro que me veio à cabeça para dar uma interpretação mais Techno Peak-time.

O André sempre esteve na nossa mente, pois além de ser um dos maiores produtores do Brasil, o trabalho dele se encaixa como uma luva no label.

Ficamos bastante felizes com o resultado do EP e acreditamos que mostra um pouco da singularidade de cada artista e a diversidade de influências que caracterizam o label.

E o que a crew enxerga no horizonte para a Not Another, mesmo com um futuro ainda tão incerto?

Acabamos de nos reunir para rever nosso planejamento estratégico e repensar nossa missão, visão e valores. Afinal, já são quase 5 anos desde que iniciamos e muita coisa mudou e aconteceu nesse tempo.

Nós amamos músicas e experiências que tocam a alma e criam momentos inesquecíveis. Acreditamos na música como meio de conectar as pessoas, independente de cor, gênero e cultura.

Nós fomos unidos pela música e por meio dela tivemos oportunidade de compartilhar diversos momentos, histórias, conhecimento e projetos que marcaram a nossa vida.

Acreditamos que dividindo podemos multiplicar e queremos compartilhar um pouco dessas experiências que vivemos com outras pessoas.

Nesse início focamos muito o trabalho nos produtores e DJs e chegou o momento de nos aproximarmos do público amante de música eletrônica em geral e gerar mais valor para a cena como um todo.

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