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Gabriel Evoke é o brasileiro mais bem posicionado dentro do Minimal/Deep Tech

Destaque é fruto de sua ótima consistência de lançamentos em 2020

  • Marllon Gauche
  • 22 December 2020
Gabriel Evoke é o brasileiro mais bem posicionado dentro do Minimal/Deep Tech

Pode um artista, mesmo após 15 anos de carreira, começar a criar e apostar em outra identidade sonora? Não só pode como foi exatamente isso que fez o DJ, produtor e headlabel Gabriel Evoke.

Há alguns anos, seu som era conhecido por faixas essencialmente voltadas ao Tech House, mas uma atração por atmosferas e construções mais minimalistas começaram a lhe atrair a então, aos poucos, suas músicas foram ganhando uma nova estética e seu nome subindo nos charts do Beatport.

Graças a essa transição gradual e a excelente consistência de lançamentos focados no Minimal House, hoje Gabriel Evoke é o brasileiro mais bem posicionado dentro do estilo, segundo o site Beatstats, que soma pontos a partir dos charts do Beatport.

De fato, Gabriel Evoke teve um ano excelente e termina 2020 em ótima forma, com muitos trabalhos lançados em diferentes esferas e é sobre tudo isso que falamos aqui hoje:

Vamos começar falando dessa transição sonora… tem como datar quando isso começou a acontecer? O movimento que aconteceu lá na Europa te influenciou a realizar essa mudança ou foi algo mais natural?

Para responder essa pergunta com precisão eu fui dar uma olhada nos meus arquivos. A primeira faixa de Minimal House que finalizei foi em Junho de 2019 e desde então tem sido o gênero que estou mais focado.

A minha linha de som sempre esteve conectada com a música e artistas europeus, sou um produtor de música underground, e acredito que da mesma forma que eu estava saturado da linha de Tech House mainstream que estava fortemente rolando nos últimos anos, o pessoal lá de fora também.

Assim foi naturalmente surgindo uma nova cena, quando eu me entreguei de vez ao gênero já tinham alguns artistas que estavam ditando a direção com maestria como ANOTR, Toman, Djoko, Neverdogs, Santé, entre outros. Me identifiquei muito com a estética sonora e suas infinitas possibilidades.

Você lançou cerca de 15 releases neste ano, algum (ou alguns) deles pode ser considerado como fundamental para essa ascensão dentro do Minimal House?

Esse ano eu tive uma sequência importante de lançamentos e suportes de grandes artistas. O meu EP Na Mata pela Nopreset Limited foi tocado algumas vezes pelos Neverdogs, em rádios de Ibiza, como a Ibiza Global Radio, tive suportes do Jamie Jones, Paco Osuna e Mihai Popoviciu. Mas, acredito que o EP Justice, pela Sligthly Sizzled White, foi o que mais me expôs ao mercado.

A faixa tema bateu o TOP #9 do main chart de Minimal / Deep Tech e o TOP #3 do hype chart, onde permaneceu por vários dias. Além de entrar para o chart de grandes artistas e dezenas de playlists no Spotify.

E em agosto também teve o convite para participar do projeto The Outlaw Ocean, do Ian Urbina, jornalista do New York Times. Como foi a experiência de criar músicas em cima de uma história em um livro? Foi desafiador pra você?

O convite do Ian veio logo no começo do ano, em fevereiro, e assim que recebi seu primeiro e-mail fiquei muito surpreso.

Ser selecionado para um projeto desta magnitude, por um jornalista de tamanho gabarito, tendo tantas opções de ótimos artistas pelo mundo, foi algo que realmente me fez muito feliz e não tive como recusar.

Com certeza foi um baita desafio. Tive que sair da minha zona de conforto, que é produzir músicas para pista, para criar músicas que passassem uma mensagem. Músicas para serem ouvidas e sentidas.

E o mais interessante, usando áudios gravados durante as expedições. Foi um projeto com diversas etapas que foram concluídas durante o primeiro semestre do ano. Com certeza é um trabalho que guardo na minha história com muito carinho.

Logo na sequência chegou o primeiro lançamento da Namata, sua gravadora focada justamente no Minimal House. Como tem sido essa experiência na posição de headlabel? O que você mais aprendeu até aqui?

Ser um headlabel tem sido uma tarefa desafiadora, mas bastante gratificante. Eu acredito que tinha chegado em um momento da carreira que eu precisava me aprofundar mais nesse mercado e entender melhor como funciona o “backstage” de uma gravadora.

É um trabalho que exige muita dedicação, disciplina e, principalmente, profissionalismo. Acredito que em pouco tempo de existência, a Namata já está dando bons passos.

Tivemos uma sequência de lançamentos com destaques no Beatport e Spotify, e estamos com uma ótima programação de releases fechada até abril. A resposta do público está sendo super positiva, o que nos deixa muito satisfeitos.

Os planos para 2021 estão traçados e vamos continuar trabalhando duro, e dando o nosso melhor, para entregar materiais de qualidade para a cena eletrônica.

Essa vontade de colaboração e conexão também tem sido um atributo presente na sua carreira, tanto que isso acabou se tornando um serviço de consultoria oferecido por você… mas a pergunta é: como você divide o tempo para lidar com tudo isso?

Eu sou proprietário do EVK Studio, onde oferecemos cursos de discotecagem e produção de música eletrônica, além de serviços de mixagem e masterização para produtores. Ou seja, acredito que a consultoria veio como uma continuidade do leque de serviços.

Com certeza, para dar conta de tudo isso, você tem que ter muita vontade de fazer acontecer. Eu sou apaixonado pela minha profissão, amo empreender, tirar ideias do papel e executá-las. Sempre fui uma pessoa dedicada ao que me proponho a fazer. Então, sinceramente, levo tudo isso sem problema.

Com tudo isso, imaginamos que você seja um artista que planeja e traça objetivos, certo? O que você espera encontrar no horizonte de Gabriel Evoke para 2021?

Com certeza. Apesar do ano atípico que todos vivemos, eu acredito que pude dar importantes passos na minha carreira.

Vou continuar me dedicando, dando o meu melhor para subir as escadinhas dessa profissão e sempre entregar o melhor material possível para o meu público. Aliás, logo vou poder soltar pra vocês uma super conquista.

A Namata será um dos meus principais focos para o próximo ano, quero levar nossa música para o maior número possível de ouvintes e artistas.

Também lançaremos nossos primeiros produtos da linha de merchandising da label. Mas, vou parando por aqui, não vou contar tudo que está rolando para não perder a graça [risos].

Desejo a todos um final de ano carregado de paz , amor e muita saúde. Nos vemos em 2021!

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