FN Meka, 'rapper criado por Inteligência Artificial' é demitido da Capitol Records após controvérsia sobre estereótipos raciais
Apenas uma semana depois que a grande gravadora assinou o artista virtual
Apenas uma semana depois que a gravadora Capitol Records fez barulho ao assinar o primeiro ‘rapper de IA’ do mundo, o artista virtual foi descartado por estereótipo racial.
Em 14 de agosto, a Capitol anunciou que havia contratado o rapper artificialmente inteligente – que usa algoritmos e bancos de dados populares de rap para criar suas faixas – com a notícia se espalhando rapidamente pelas mídias sociais nos últimos dias.
Os espectadores logo perceberam o uso da palavra 'N' pelo controverso rapper, bem como postagens sensíveis no Instagram que já mostravam o artista virtual sendo espancado pela polícia.
Enquanto o artista de IA é controlado por algoritmos liricamente, ele é dublado “por um homem negro”, de acordo com os criadores do artista, Anthony Martini e Brandon Le.
Desde então, a Capitol Records pediu desculpas pela assinatura improvisada, argumentando que eles não “fizeram perguntas suficientes” antes de fazer o acordo.
“Oferecemos nossas mais profundas desculpas à comunidade negra por nossa insensibilidade em assinar este projeto sem fazer perguntas suficientes sobre equidade e o processo criativo por trás dele”, diz um comunicado da gravadora.
“Agradecemos aqueles que nos procuraram com feedback construtivo nos últimos dois dias – sua contribuição foi inestimável quando tomamos a decisão de encerrar nossa associação com o projeto.”
O grupo ativista negro Industry Blackout enviou uma declaração à Capitol Records pouco antes de a gravadora romper os laços com a FN Meka, chamando o artista de IA de “ofensivo” e um “insulto direto à comunidade negra e nossa cultura”.
O rapper virtual lançou sua primeira faixa, ‘Florida Water’, na semana passada pela Capitol. A faixa contou com o gamer Clix e o rapper Gunna, que atualmente está preso em Atlanta.
“Esta efígie digital é uma abominação descuidada e desrespeitosa com pessoas reais que enfrentam consequências reais na vida real”, acrescentaram.
“Por exemplo, Gunna, uma artista negra que aparece em uma música com FN Meka, está atualmente encarcerada por rimar o mesmo tipo de letra que esse robô imita. A diferença é que seu rapper artificial não estará sujeito a cobranças federais por isso.”
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