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Escritórios vazios em Londres podem virar baladas, sugere uma nova proposta

Do colapso imobiliário ao renascimento das pistas... matando dois coelhos com uma paulada só

  • Patrick Hinton
  • 14 July 2025
Escritórios vazios em Londres podem virar baladas, sugere uma nova proposta

Um novo relatório do estúdio criativo Bompas & Parr propõe uma solução ousada para dois dos maiores problemas urbanos da atualidade: a crise no setor de escritórios e o colapso da vida noturna.

A proposta mira dois dilemas urbanos de uma vez: a abundância de escritórios vazios em zonas como Canary Wharf e City of London, e o colapso da vida noturna - com mais de 3 mil clubes fechando desde 2020, segundo a NTIA. Unir os dois problemas pode ser justamente a solução.

O relatório “The Future of P-Leisure 2026” enxerga nisso uma oportunidade perfeita: áreas praticamente desabitadas durante a noite, sem vizinhos para reclamar do barulho, prontas para renascer como grandes centros de cultura noturna.

“O coração financeiro de Londres pulsa com gravatas e transações durante o dia — mas à noite, pode se transformar num ecossistema vibrante de festas”, imagina o relatório. “Com poucos moradores, os organizadores podem tomar conta dos cânions de vidro e aço vazios. Lobbies se tornam pistas de dança, terraços abrigam light shows de outro mundo e cada canto vira pista, criando uma rede caótica e apaixonante onde capitalismo e contracultura colidem.”

Michael Kill, CEO da NTIA, endossa a ideia e diz que as conversas com autoridades já acontecem. “Esses centros comerciais morrem na sexta-feira à noite. Mas agora, com o trabalho presencial reduzido a três dias por semana, a sexta virou o novo sábado. Isso abre espaço real para a vida noturna.”

Outro ponto de destaque no relatório é o futuro do público das festas. Com a previsão da OMS de que a população acima dos 60 anos deve dobrar até 2050, os autores sugerem que os clubs passem a mirar num público mais maduro.

Segundo a pesquisa, pessoas com mais de 50 estão “voltando com tudo aos festivais” - e até drogas recreativas poderão ser adaptadas para atender esse novo perfil, levando em conta saúde cardiovascular e pressão arterial.

O monopólio dos under-30s sobre a diversão pode estar com os dias contados. E os prédios de concreto frio, ao que tudo indica, também.

Saiba mais sobre essa proposta aqui.

[Via: The Guardian]

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