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Anhanguera: mais de 15 anos de música e muita experiência para compartilhar

Saiba como o duo chegou até algumas das principais gravadoras de house do planeta

  • Marllon Gauche
  • 28 July 2021
Anhanguera: mais de 15 anos de música e muita experiência para compartilhar

É ou pretende ser produtor e quer saber o mapa da mina pra chegar nas grandes gravadoras? Obviamente, não existe fórmula mágica, mas se tem alguém que pode nos ajudar a entender melhor esse processo é o Anhanguera.

Com 15 anos de estrada completados ainda em 2020, a dupla formada por Decio Freitas e Dudu Palandre tem lançamentos por selos expressivos de house music, como Glitterbox (subselo da gigante Defected Records), Robsoul Recordings, Guesthouse Music e Tango Recordings, além da própria label Maracujá Recordings, pela qual trouxeram algumas de suas principais criações — a faixa "Cirandisco", originalmente lançada por ela, foi um dos destaques da compilação "Glitterbox Ibiza 2018", conquistando o primeiro lugar no chart de nu disco do Traxsource.

Assim, trocamos uma ideia com eles sobre o tema:

Quais os principais caminhos que os artistas precisam percorrer para conquistar a atenção das grandes labels?

Para a gente foi tudo meio natural, pensando agora é até difícil explicar. Fazíamos músicas parecidas com o que gostaríamos de ouvir e tocar, e isso automaticamente já te faz pensar em alguns selos, e começamos a enviar material pra eles.

Uma hora, outros produtores que curtimos começaram a tocar nossos sons, e a Robsoul se interessou por uma faixa — já começamos marcando um golaço. Daí pra frente, foi só dar continuidade nesse trabalho.

Logo, enviar músicas pra DJs/produtores que você aprecia é um bom caminho, tanto para feedback quanto para conseguir plays sem mesmo ter entrado em selos. Uma hora a música fala por si e acaba chegando no agrado de algum selo legal.

O que um artista não deve fazer nesse processo?

A única regra que penso é não desistir. Não existe um “caminho justo” nesse processo, pode ser que demore, mas continuar fazendo é o primeiro passo para conseguir.

Qual o momento certo de procurar as suas gravadoras favoritas?

Eu diria que é a hora em que você se sente maduro, tanto tecnicamente no estúdio quanto para dar continuidade no seu trabalho com confiança e humildade, assim que for começando a ser aceito pelo mercado e outros DJs de peso — e este último é um pilar importante em tudo isso.

Vale a pena fazer músicas já pensando em uma determinada gravadora, antes de saber se vai conseguir assinar com ela?

Acho que vale qualquer coisa, por que não? Ficar colocando muita regra no processo só serve para atravancá-lo — e digo isso por vivências próprias. Existe sim, produzir sob demanda, o que não significa que você tem que mudar seu som por isso.

No nosso caso, os selos já sabiam o que iam receber, e era justamente o nosso som o que eles queriam. Ter identidade na sua música é uma conquista importante e séria.

Como conseguiram lançar pela francesa Robsoul Recordings em 2009?

Eu mandei a faixa ["Mrs. Don't"] para o Phil Weeks [head da Robsoul], nem o conhecia. Era na época pelo MySpace ainda. Ele nem respondeu por uns dois ou três meses, achei que não daria em nada.

Já estava assinando ela por um selo pequeno digital da Alemanha, quando veio a resposta: “Olá, gostei muito dessa música, quero lançá-la em um V.A”. Foi demais na época, me lembro bem como deu um baita gás no Anhanguera!

E quanto à Glitterbox/Defected?

Mais uma história interessante, pra ver como não tem mecânica: eles nos procuraram por uma faixa ["Cirandisco"] que tinha saído no nosso próprio selo, Maracujá, que tinha alcançado o topo dos charts já em lojas como Traxsource, dizendo que eles adoravam a música e queriam relançá-la numa compilação voltada pra Ibiza e o Defected Festival. Reforça o que digo, não há caminho fácil e nem o mais certo, tem que abaixar a cabeça e ir fazendo (risos)!

Então vale pegar faixas antigas, já lançadas por outras gravadoras, e tentar relançá-las em outras? Como funciona esse processo?

Vale sim, já fiz isso. Além do exemplo da "Cirandisco", relancei no meu próprio selo coisas que não tiveram o bom alcance que eu acho que mereceria, e o resultado muitas vezes é bem melhor. Vale até fazer nova mix, remixes novos, master, tudo pra dar uma cara mais atualizada, e não parecer só oportunista ou que você está requentando algo.

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Photos: Divulgação

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