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Juheun: nomes do Techno que você precisa conhecer

O techno feito nos desertos do sudoeste americano

  • Catherine Dias
  • 27 July 2021

Direto dos desertos inóspitos do sudoeste dos Estados Unidos, Juheun, rising star com base no Arizona, que vem se destacando no circuito techno internacional, explica que ao invés de deixar a peteca cair, fez o contrário e ligou o motores e soundsystems na máxima potência.

Após o sucesso do EP Acceleration pela icônica Octopus Recordings em 2016, o produtor virou presença frequente no selo de Sion (LA) e segue firme lançando remixes, releases e em lives.

Entrevistamos o artista direto de seu estúdio nos Estados Unidos e conversamos sobre suas origens, referências, planos para o futuro e ainda descolamos dicas para artistas que buscam criar um som próprio e autoral. Confira!

Olá, Juheun! Por favor, conte um pouco de sua história pra gente!

Sou um produtor de Techno dos Estados Unidos e atualmente tenho contrato com a Octopus Recordings de Sian. Produzo há pouco mais de 10 anos e sou DJ há quase 20.

Qual foi o passo mais importante que você deu em sua carreira?

Eu originalmente comecei com House Music, mas venho focando fortemente em Juheun desde que assinei com a gravadora há quase 5 anos.

Meu interesse original pela música eletrônica começou na cena Warehouse rave no final dos anos 90 com Progressive House, Deep House e Techno / Electro. Naquela época eu era um fã e ia
a todas as festas que podia. Eventualmente, isso me levou a querer estar atrás dos decks em vez de na pista e aí a jornada começou.

A cena ainda era muito underground naquela época, e não foi até meados dos anos 2000 que as coisas realmente começaram a decolar, mas no final da década tudo começou a ficar comercial aqui nos Estados Unidos e você começava a ver a cena musical evoluir para o EDM, bem na época dos blogs house.

Foi então que decidi que era hora de mudanças e aí nasceu Juheun. Eu já estava consciente e ciente do que ainda estava acontecendo na cena underground e acompanhava os novos produtores e música que andava saindo.

Muitas vezes eu me pegava colocando discos de techno realmente bons em meus sets de house, então era apenas uma questão de tempo antes de me comprometer totalmente. Estou feliz por ter feito isso.

Fale agora sobre labels e artistas que você curte e gosta de tocar em seus sets

Sendo honesto, eu gosto mais de seguir artistas individuais do que gravadoras pessoalmente. É difícil encontrar uma gravadora, especialmente hoje em dia que permanece constante com seu som e acho que supporting artists, à medida que crescem e evoluem de label para label, parecem funcionar para mim.

Não me interpretem mal, com certeza existem gravadoras que sigo, e também é uma ótima maneira de descobrir novos artistas. Como artista, gosto de seguir gravadoras que combinem com o meu som tanto como DJ quanto como produtor. Fora da Octopus, labels como Filth on Acid, Set About, Terminal M, Drumcode e 1605, são algumas que estão sempre no meu radar.

No que diz respeito a artistas, essa é uma pergunta difícil porque amo muitos. Mais recentemente, tenho me interessado por nomes como Melody’s Enemy, Indira Paganotto, Aardy, Egbert, Alex Stein, Michelle Sparks, Drunken Kong, Teenage Mutants, Victor Ruiz, Ezekiel (DE), Ghost Dance, Sleepy & Boo e Modeā, que estão sempre nas minhas playlists. Eu poderia continuar com vários artistas, pois há tantos outros que poderia listar.

Seu EP Acceleration na Octopus (2016) é incrível e você tem sido figura tarimbada no label desde então, incluindo os Lives no Twitch. Além disso, remixou “Constant Rising” de Dusty Kid no label. O que teremos mais de Juheun pelo label vindo por aí?

Sim, ainda estou entusiasmado com meu remix de Dusty Kid que acabou de sair, mas agora estou me preparando para o próximo lançamento em outubro na Set About. É um EP de 3 faixas, com dois originais e um remix sensacional de Simina Grigoriu.

Estou realmente ansioso por este lançamento, pois é parte do trabalho que fiz no início de 2020, literalmente antes do COVID e do lockdown. Eu estive ajustando e trabalhando nisso durante toda aquela loucura, então junto das coisas do streaming estava me mantendo ocupado no estúdio. Este será meu EP de estreia na Set About, já que fiz um remix na gravadora em 2019 para o álbum “Break Soul” de Pablo Say.

Eu também estou em estúdio trabalhando no meu próximo EP na Octopus com muito daquela clássica vibe techno despojada pela qual o label é conhecido. Fiquem ligados no final do ano.

Como usou o tempo durante a paralisação dos eventos na pandemias?

Sim, foi um ano surpreendentemente agitado, mesmo com COVID e lockdown. Além de não ter os shows habituais e agenda de turnês, conseguimos ficar ocupados com as transmissões ao vivo, mas também tentamos manter as coisas consistentes com os lançamentos durante esse tempo.

Eu sei que muitos artistas e labels deram um hiato ou desaceleraram cronogramas de lançamento no lockdown. Na verdade, fizemos o oposto e sentimos que precisávamos manter as coisas em movimento, pois sentimos que todos tinham mais tempo disponível.

Depois de aprender o básico, é muito mais fácil tentar adicionar sua vibe pessoal e o tempero do seu som

O que você recomenda aos novos talentos por aí que querem se diferenciar na cena Techno?

Eu acho que é muito importante tentar esculpir um som único para você, mas também acho importante tentar ficar dentro da sua faixa e ter em mente que as coisas ainda precisam ser cortadas no mesmo tecido.

Acho que é sempre difícil quando você está apenas começando a tentar definir seu som imediatamente. Você acaba gastando muito tempo experimentando e tentando “quebrar limites”, mesmo antes de aprender o essencial e o básico do que define o techno e o torna o que é.

Invista tempo para realmente ouvir seus artistas favoritos e ver o que é comum entre cada um, quais elementos são consistentes de uma gravação para outra, escute o que faz com que todos se encaixem na mesma categoria ou gênero ‘Techno’ e siga a partir disso.

Depois de aprender o básico, é muito mais fácil tentar adicionar sua vibe pessoal e seu tempero, para evoluir e ajustar as coisas que vão ajudar a definir seu próprio “som”.

Vemos que vocês têm shows em San Francisco e LA chegando. Como está a agenda? Tem mais news para compartilhar com seus novos fãs brasileiros?

Sim, estou muito animado para voltar à estrada! Este será nosso primeiro showcase da gravadora desde a pandemia em Los Angeles com os grupos 6AM/Work e Synthetik Minds. É sempre uma festa incrível com esses caras, então você sabe que vai ficar maluco!

No dia seguinte, vou para São Francisco para ligar o Funktion One do famoso club Public Works. À medida que as coisas começarem a se reabrir em todo o país, estarei anunciando mais datas que estamos planejando, bem como uma viagem para o sul e fazendo meu caminho pela América do Sul e, com sorte, pelo Brasil, mais cedo ou mais tarde!

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Hyper Loop (Original Mix) Juheun

Arrival (Original Mix) Juheun

Dyson Sphere (Original Mix) Juheun

English Version

Straight from the inhospitable deserts of the southwestern United States, Juheun, an Arizona-based rising star who has been standing out on the international techno circuit, explains that instead of dropping the shuttlecock, he did quite the opposite and turned soundsystems at full power. .

After the global success of the Acceleration EP by the iconic Octopus Recordings in 2016, the producer became a regular on Sion's label in LA and remains strong on the scene, releasing remixes, releases and live streams.

We spoke to the artist straight from his USA studio about his origins, plans and tips for artists looking to create an unique sound.

Please start telling your story to Brazilian audiences / new fans that may not know you yet. How did you start in Dance Music?

I’m a Techno producer from the United States and am currently signed to Sian’s Octopus Recordings imprint. I've been producing for a little over 10 years now and have been DJing for nearly 20.

What could be described as the most important leap you took towards your professional career in Dance Music and Techno?

I originally started with House music back in the day, but have been focused on Juheun heavily since signing on to the label almost 5 years ago now. My original interest in electronic music started in the warehouse/rave scene back in the late 90s with Progressive house, Deep House, and Techno/Electro.

Back then I was more of a fan and attended as many parties as I could. Eventually this led to wanting to be behind the decks instead of on the dance floor and the journey began. The scene was still very underground back then, and it wasn’t until the mid 2000s that things really started to take off, but towards the end of the decade things started to get really commercial here in the U.S. and you started to see the dance music scene evolve into EDM, right around the blog house days.

This was when I decided that it was time for some change and Juheun was born. I was already conscious and aware of what was still happening in the underground scene and kept up with all the new producers and music that was still coming out. I often found myself dropping some really good techno records into my house sets from time to time, so it was only a matter of time before I committed to it fully. I’m glad I did.

Tell us about the labels and artists you admire most and genres/style you like to play

TBH Im more into following individual artists than labels personally. It’s tough to find a label, especially these days that stay constant with their overall sound and I find that supporting artists as they grow and evolve from label to label seems to work for me.

Don’t get me wrong, there’s definitely a few labels I follow, and it’s also a great way to discover new artists. As an artist myself, I like to follow labels that fit my sound both as a DJ and producer. Outside of Octopus, labels like Filth on Acid, Set About, Terminal M, Drumcode and 1605, are just a few that are always on my radar.

As far as artists, that’s a tough question cause I have so many that I love. Most recently I’ve been getting into stuff from artists like Melody’s Enemy, Indira Paganotto, Aardy, Egbert, Alex Stein, Michelle Sparks, Drunken Kong, Teenage Mutants, Victor Ruiz, Ezekiel (DE), Ghost Dance, Sleepy & Boo, and Modeā are always occupying my playlists. I could go on and on with artists as there so many more I could list.

Remote Control (Original Mix) Juheun

Your Acceleration EP on Octopus in 2016 was impressive and you’ve been a regular on the label ever since, including their amazing Live Stream series on Twitch. Also, in May you released a Dusty Kid’s ‘Constant Rising’ remix. What’s next for Juheun?

Yes I’m still buzzing off my latest remix for Dusty Kid that just came out, but am now gearing up for my next release in October on Set About. Its a 3 track EP, with two originals and a smashing remix from Simina Grigoriu.

I’m really looking forward to this release as this is some of the work that I made at the start of 2020, literally right before the COVID and lockdown hit. I’ve been fine-tuning and working on it during all that craziness so on top of the streaming stuff it was keeping me busy in the studio. This will be my debut EP on Set About as I did a remix on the label in 2019 for Pablo Say’s record ‘Break Soul’.

I’m also in the studio currently working on my next EP for Octopus. It’s got more of that classic stripped back pumping techno vibe the label is known for. So stay on the look out for that later in the year.

How did you use your time during the halt of events caused by the Pandemics? Tell us about things you created during this time.

Yes it’s been a surprisingly busy year even with COVID and lockdown. Outside of not having the usual gigs and touring schedule, we’ve managed to stay pretty busy with the live streaming as you mentioned, but also trying to keep things consistent with releases during this time.

I know many artists and labels took a bit of a hiatus or slowed down their release schedules during the lockdown. We actually went the opposite and felt like we needed to keep things moving cause we felt people had more time on their hands and also in hopes that we will come out of the gates swinging while others were laying back in the cut.

What can you recommend to all fresh talents out there in order to craft a unique sound and differentiate themselves?

I think it’s very important to try and carve out a unique sound for yourself, but I also think it’s important to try and stay within your lane and keep in mind that things still need to be cut from the same cloth.

I think its always tough when you’re just starting off to try to define your sound right away. You end up spending a lot of time experimenting and trying to ‘break boundaries’ even before learning the essentials and basics of what even defines techno and makes it what it is.

Spend time to really listen to your favorite artists and see what is common between each one, what elements are consistent from record to record, try and hear what makes them all fit in the same ‘Techno’ category or genre and then go from there.

Once you get the basics down, it’s much easier to try and add your personal vibe and spice to evolve and dial things in to help define your own ‘sound’.

You have gigs in San Francisco and LA coming up. How is the agenda for the coming months?

Yes, super excited to get back on the road! This will be our first label showcase since the pandemic in Los Angeles with the 6am/Work and Synthetik Minds groups. Its always a crazy party with those guys so you know its gonna get crazy!

The day after I’m off to San Francisco to rock the Funktion One system at the infamous Public Works nightclub. As things start to open back up across the country, I’ll be announcing more dates we have in the works, as well as planning a trip down south and making my way around South America and hopefully Brazil sooner than later!

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Go (Original’s Mix) Juheun

Nothing Is Real (Original Mix) Juheun

Trajectory (Original Mix) Juheun

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