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Nomes da Música Eletrônica que você precisa conhecer: NHOAH

Produtor alemão de Tech House & Techno acaba de lançar 'Our House'

  • Luciana Dias
  • 14 October 2020

NHOAH é um DJ, produtor e compositor alemão de Tech House & Techno.

O artista construiu seu nome, ao longo do tempo, como prolífico produtor, compositor, DJ, engenheiro de mixagem, dono de gravadora e artista.

Dedicado à cultura criativa e a seus semelhantes, ele já conquistou reconhecimento das principais publicações de música como Resident Advisor, Quietus, TRAX Mag , Clash Magazine, PopMatters, Magnetic Magazine, Data Transmission, The Arts Desk, MTV London e Electronic Groove, alem de já ter sido destaque no Electric Ladyland da BBC 6, da DJ inglesa Nemone.

Conversamos com ele durante o buzz de lançamento de seu mais novo EP 'Our House' feat. Ina Viola, que acaba de sair pela gravadora R.O.T Records (Respect or Tolerate). Confira abaixo!

Conte sua história na Dance Music para o novo público brasileiro que ainda não o conhece

Eu venho produzindo música intensamente desde que me lembro. Tive um tempo extra de folga da escola, talvez essa tenha sido a primeira motivação, haha!

Depois da escola, entrei rapidamente no cenário profissional em Berlim. Muitas bandas americanas e inglesas famosas produziam no Hansa-Studio e, loucas demais, muitas queriam me ter lá.

Romy Haag que estava com David Bowie na época, Bronskie Beat, os produtores de Eurythmics e Gareth Jones produtor de Depeche Mode.

Eu era muito jovem nessa época, ainda não tinha nem vinte anos. Sempre tive uma forte preferência por música eletrônica e dance e tambem por conteúdo político atual. Embora nem sempre vá bem junto.

Mas é assim quando você pode comprar seu primeiro computador musical e crescer entre o funk e o punk.

Como foi crescer em Berlim Ocidental? O que acha que isso agregou à sua vida como artista e profissional da música eletrônica?

Eu nasci e fui criado em Berlim Ocidental. Berlim Ocidental sempre foi um lugar de retiro para aqueles que pensam e se sentem de forma diferente. Objetivos de consciência, LGBT, pensadores políticos livres e afins.

Os clubes ficavam abertos a noite toda, havia os dark rooms ... tudo isso era normal para mim. Só muito mais tarde é que percebi que esse não era o caso em outros lugares do mundo.

Provavelmente é por isso que me tornei uma pessoa muito tolerante e que não tolera nada ao mesmo tempo. Você pode pensar que isso é uma contradição, mas não é.

Quando o Muro de Berlim caiu, o techno surgiu e ocupou todo o centro da cidade. E foi até a Loveparade.

Era uma subcultura própria e subcultura é o que me interessa. A centelha original que leva a uma nova safra de flores.

Nenhuma gaveta existente pode, portanto, capturar bem minha música. De alguma forma, tudo é volumoso e, no entanto, apenas um espelho musical dos tempos.

E como foi o processo de criação de ‘Our House’?

Já houve outro momento em que existia tanta música disco e house com canto e alegria? Sim, houve, de meados dos anos 70 ao início dos anos 80. Mas esse também não foi um momento otimista.

Mas o avivamento atual tem um tom triste, porque naquela época não havia proibição de dançar. Vou explicar já me desculpando: ninguém poderia ter previsto o Corona à frente.

Mas os desenvolvimentos musicais vêm em uma onda mais longa do que a de meio ano. Para falar de uma maneira muito pessoal, há algum tempo a situação em Berlim já me parecia desagradável, como se uma era estivesse chegando ao fim.

No entanto, a música eletrônica era mais popular do que nunca. Mas um clube após o outro teve que fechar. Além disso, percebi que a ideia inicial da música House & Techno, a abolição das fronteiras de classe, foi facilmente implementada em Berlim, mas que não é possível em muitos outros lugares do mundo.

É por isso que eu comecei a trabalhar na faixa 'Our House" antes do lockdown, combinando house, techno e vibrações positivas. E agora eu lanço o trabalho e não há pessoas nas pistas de dança para ouvir e curtir ... e ainda assim meu clamor pessoal tem que sair assim mesmo.

Espero que todos nos reunamos novamente em breve, com saúde, para poder dançar até de manhã, porque essa é NOSSA CASA e ESTA CASA É AMOR.

Como você tem lidado com a falta de shows ao vivo por causa da pandemia? Você acha que as coisas voltam ao normal ainda esse ano?

Não me sinto muito confiante em relação a essa possibilidade de as coisas voltarem logo.

Ao mesmo tempo, reclamar que não posso tocar e nem curtir um dancefloor enquanto em vários lugares pelo mundo as pessoas estejam passando fome, me faria sentir superficial.

Mas sem experimentar música com muitas pessoas, sem dançar, sem esquecer de si mesmo e mergulhar de volta na vida quase renascido é algo substancialmente importante para mim e acredito que muitas pessoas sentem o mesmo.

Espero que em breve consigamos superar tudo isso. De fato, o club 'Das Werk', próximo ao meu estúdio em Viena, está desenvolvendo a primeira fase de testes para uma máquina que mantém os ambientes livres de vírus.

Em combinação com esse tipo de testes, poderíamos voltar a lugares seguros. Esta é a estreia mundial de uma inovação e, novamente, uma daquelas coincidências na minha vida que estou no meio, haha ...

Sinceramente, queridos donos de clubs, vale a pena dar uma examinada nessa novidade!

Claro que ninguém sabe exatamente quando as pandemias terminarão. Mas, como todos temos que fazer planos, quais são seus para 2021?

Música, música, música, música, música, música ... parece simples, haha

Curta dois live sets incríveis de NHOAH em video, realizados em locações espetaculares:

Curta uma playlist criada no Soundcloud especialmente por NHOAH para esta entrevista:

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Photos: Divulgação / NHOAH

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