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‘Luztopia’ e além: conheça a essência musical de Goyanu nesta entrevista exclusiva

Artista acaba de lançar ‘Luztopia’, faixa escrita em homenagem à sua mãe que saiu pela Laschian Records, seu novo selo musical

  • Redação
  • 17 March 2024

Em um mundo onde a música eletrônica se reinventa constantemente, artistas que cultivam um approach orgânico com ideias criativas conseguem criar músicas realmente impactantes, como é o caso de Goyanu, que entrelaça sua originalidade com um profundo propósito emocional.

Depois de sair do Brasil e morar por cinco anos em Londres, ele escolheu Berlim como sua nova casa. "Berlim é uma cidade que respira música eletrônica", declara, revelando seu apreço pela atmosfera criativa da capital alemã.

Goyanu refere-se ao nome Goyaz, palavra que vem de uma comunidade indígena no coração do Brasil e significa "mesmas pessoas", ou "como uma só".

Multi instrumentista, produtor musical e dono de um belo live act, o artista caminha pelas sonoridades do Downtempo e Organic House, mas sua bagagem musical é bastante rica para trazer faíscas criativas que o façam ir mais longe.

É isso o que vemos em seu novo lançamento, “Luztopia”, que funde música e emoção em uma expressão poética: “É uma faixa escrita em homenagem à minha mãe. Ela tinha esse modo utópico de ver o mundo somente com amor e compaixão”, conta.

Além disso, nesta entrevista exclusiva, ele falou sobre seu processo criativo, revelou alguns detalhes de suas próximas colaborações, que virão com Haptik e Bákayan, e destacou a filosofia por trás de sua nova gravadora, Laschian Records.

Leia abaixo:

Q+A: Goyanu

Olá, Goyanu! Tudo bem? De onde exatamente você está respondendo essa entrevista agora?

Olá, Mixmag. É um prazer estar com vocês. Neste exato momento estou na Holanda promovendo mais este novo lançamento.

Aliás, há quanto tempo você mora em Berlim e o que te influenciou a escolher essa cidade como seu novo lar após sair do Brasil?

Eu me mudei para Alemanha em 2014 depois de viver em Londres por 5 anos. Berlim é uma cidade que respira música eletrônica e toda essa diversidade de estilos é um quesito bem relevante. Outro detalhe que me agrada bastante é a rede de amigos e contatos na área musical, tanto como eventos, DJs e produtores.

Seu Instagram é repleto de vídeos seus no estúdio, seja tocando seu live, criando sozinho ou colaborando com alguém… nos conte mais sobre seu espaço. Vimos até que você adquiriu um pedal novo há algumas semanas. O que você mais usa para produzir?

Meu estúdio é como se fosse um laboratório de ideias. É o lugar onde eu posso concentrar em desenvolver minhas técnicas de produção.

Estou sempre curioso sobre equipamentos analógicos como pedais de efeitos, sintetizadores, guitarras e percussões. Estes instrumentos fazem parte constante do meu processo.

E como funciona o seu processo de produção? As ideias iniciais surgem de onde? Qual é a etapa mais desafiadora pra você ao longo do processo?

Geralmente minhas composições são baseadas em um conceito ou um tema definido. Eu prefiro começar com kick e bass, depois drums e elementos percussivos.

Com essa base já mais definida vou trabalhando melodias, progressão de acordes e outros detalhes mais técnicos.

A parte mais desafiadora é o controle das frequências de cada layer do projeto. Na minha opinião, uma faixa bem mixada é o fator mais importante na produção.

Nessa onda de criação, temos alguns spoilers de collabs que estão por vir, uma com o músico Haptik e outra com Bákayan. O que você pode nos falar sobre cada uma delas?

Exatamente, essas collabs com outros artistas são essenciais pra mim. Adoro dividir ideias e aprendo muito com cada uma das faixas finalizadas.

Recentemente fechei o remix do Bákayan, uma faixa bem energética que será lançada em breve juntamente com a versão original em uma label dos Estados Unidos.

A outra track que está a caminho com meu amigo Haptik é uma mistura de nossas ideias psy-techno orgânico. Haptik é um músico com um talento enorme para percussão e arranjos.

E tem música nova também que saiu há alguns dias. ‘Luztopia’ é realmente uma composição muito bonita em termos de sonoridade e harmonia, mas também tem um forte significado por trás, não é? Nos conte mais o que ela representa.

‘Luztopia’ é uma música que venho trabalhando desde o ano passado. É uma faixa escrita em homenagem à vida da minha mãe. Ela tinha esse modo utópico de ver o mundo somente com amor e compaixão.

Por isso coloquei junto seu nome Luzia + Utopia. É muito gratificante poder expressar sentimos através da música e receber a energia positiva da pista e dos ouvintes mundo afora.

A faixa saiu pela Laschian Records, uma label que você idealizou no ano passado, certo? Quem mais está do seu lado nessa empreitada e qual é a missão desse projeto?

Isso mesmo. A Laschian Records é um projeto descendente do coletivo Laschian Berlin, voltado para realização de eventos durante o ano todo na cidade.

Juntamente com meu grande amigo Siaah, DJ, produtor e engenheiro de som que também vive em Berlim, decidimos fundar a label para expandir nosso networking musical e conectar ainda mais os artistas que virão a lançar conosco. É um projeto desafiador mas ao mesmo tempo entusiasmante.

Sabemos que 2023 foi um ano incrível para muitos artistas, inclusive para você. Quais memórias foram as mais especiais? E o que você pretende fazer de diferente para que 2024 seja ainda melhor?

O ano de 2023 foi bem especial. Tive a oportunidade de expandir minha tour por países inéditos e ao mesmo tempo manter a consistência de lançamentos musicais.

Um dos momentos mais marcantes foi quando toquei pela primeira vez a track Luztopia no festival Moyn, na Alemanha, onde algumas pessoas chegaram a derramar lágrimas de emoção no final do show. Foi inesquecível e ficará marcado pra sempre na minha carreira.

Por fim, gostaríamos de saber qual é a mensagem principal que você busca transmitir com a sua música, seja através das apresentações ou das suas criações… obrigado!

A principal mensagem que procuro transmitir através da minha música é aquele sentimento de gratidão, de alegria e satisfação. Obviamente existe aquela música certa para o momento certo e tanto produzindo no estúdio como apresentando tenho sempre essa imagem na minha mente das pessoas se divertindo e tendo um momento único através da música.

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Photos: Divulgação

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