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Interviews

Exploramos o som do colombiano Hever Jara nesta entrevista exclusiva

Ele acaba de estrear na Adesso Music com ‘Bali’

  • Redação
  • 4 December 2024

Vencedor do prêmio de Melhor DJ/Produtor de House da Colômbia em 2021 pelo C.D.A, Hever Jara é um dos nomes que têm colaborado para levar a música eletrônica colombiana para o redor do mundo.

Com lançamentos por selos de peso como Nervous, SwitchLab, Wired e sua própria gravadora, a Latin Dutch Records, o artista de Medellín é conhecido por uma assinatura sonora que transita entre o Tech House e o Afro House, além, é claro, de valorizar a inserção de elementos latinos, honrando suas raízes.

Além de receber suporte de grandes nomes como David Guetta, Roger Sanchez e John Summit, Hever já dividiu o palco com artistas de renome como Chris Lake e Dennis Cruz, se apresentando em países como Espanha, México e até no Brasil.

(Steve Aguirre B2B Hever Jara / BH Records, Aniversario #11)

Agora, no início de dezembro, ele adiciona ao catálogo mais uma label de peso: a Adesso Music, de Junior Jack, com a faixa ‘Bali’.

A track é uma viagem hipnotizante de seis minutos com percussões orgânicas, synths envolventes e um groove daqueles que te deixa dançando do início ao fim da track.

Confira a entrevista que fizemos com Hever Jara e descubra mais sobre sua a cena na colômbia, o processo criativo por trás de "Bali" e novidades futuras:

Olá, Hever! Obrigado por nos atender. Não é sempre que temos a oportunidade de conversar com um artista colombiano… então, o que pode nos contar a respeito da cena musical do seu país? Na sua visão, a cena underground vive um bom momento?

Olá! Muito obrigado. Fico feliz com o convite e por compartilhar alguns dos meus pensamentos com vocês!

Acho que a cena club na Colômbia teve um grande crescimento nos últimos anos, uma quantidade enorme de novos e grandes talentos surgiram, tanto como DJs, produtores musicais, empresários, promotores, clubes, festivais… todos os tipos de iniciativas que contribuem para o crescimento de toda a cena em geral. Além disso, o nível musical e profissional é muito alto.

A Colômbia sempre te entregou tudo o que você busca enquanto artista ou você já pensou/pensa em se mudar em algum momento em busca de novos horizontes e conexões?

A Colômbia tem tudo o que você precisa, além de um público caloroso e musicalmente exigente que te prepara para poder subir em qualquer palco do mundo. Mas, claro, como artistas, todos nós sonhamos em viajar o mundo mostrando nosso som e levando a felicidade com a nossa música para o máximo de pessoas possíveis. Sinto que tudo deve acontecer na hora certa e a vida me mostra o caminho que devo seguir.

Quando estávamos pesquisando mais detalhes sobre sua carreira, nos chamou atenção a diversa lista de artistas com os quais você já tocou e recebeu suporte. Você considera que seu som é versátil o suficiente para atingir uma gama maior não só de artistas, como também do público?

Como um artista autodidata, nunca me limitei a um gênero, sempre gosto de aprender e explorar diferentes tipos de sentimentos que me permitem criar uma grande variedade de gêneros sem perder de vista o objetivo principal: criar uma faixa de club.

Ao longo dos anos, você cria uma identidade que, não importa o que você faça, sempre terá sua marca. Eu apenas entro no estúdio e deixo o que sinto fluir, isso me permite ser versátil para cobrir uma gama suficiente de estilos musicais que gosto de mostrar normalmente, dependendo do tempo e do lugar onde estou me apresentando.

Mas, essencialmente falando, sua identidade é baseada em torno do Tech House e do Afro House, certo? São estilos que têm ganhado cada vez mais fãs, mas também enfrentam críticas por possíveis padronizações sonoras. Como você busca trabalhar nesses estilos sem perder sua identidade ou se vender à tendências?

Isso mesmo, posso definir minha identidade como uma mistura de Tech House/House/Afro House. Sempre tento criar música com intenção e conteúdo que gere algo nas pessoas.

Quando você cria uma música baseada em tendências, geralmente desaparecem rapidamente e são uma em um milhão iguais, mas quando você faz uma música com uma intenção clara e conta uma história através dela, é algo que irá além da tendência, sempre terá sua marca única.

Aliás, seu novo lançamento pela Adesso ilustra um pouco dessa originalidade, com a presença de elementos percussivos como bongôs, criando uma conexão com o Latin House. Pode nos falar um pouco mais como foi o processo criativo por trás de Bali?

“Bali” nasceu porque eu queria ter uma nova faixa para uma apresentação que fiz em julho em uma festa de iate no Mar Egeu. Eu queria expressar sentimentos de um dia ensolarado, brisa, mar e um groove orgânico que me permitisse gerar dança e felicidade.

Este é seu primeiro lançamento pela Adesso, do Junior Jack, um nome icônico na música eletrônica. Isso representa algo especial para você? Mesmo após tanto tempo na estrada?

Claro! Sou infinitamente grato por cada passo que dou na minha carreira. Lembro-me de ter músicas do Junior Jack na minha coleção de CDs quando comecei em 2007-2008, uma delas sendo seu hino mundial icônico, "E Samba".

Hoje tenho meu nome junto à gravadora dele. Para mim é muito gratificante ver um garoto sonhador fazendo sua própria música e assinando com os grandes nomes que sempre admirei e respeitei.

Você também tem a sua própria gravadora, Latin Dutch Records, ou seja, está diretamente envolvido na curadoria de novos sons e artistas. Que desafios você vê para selos independentes se destacarem em uma era dominada por algoritmos e plataformas de streaming?

Um dos grandes desafios para os selos independentes emergentes é a exposição, ser visível entre milhares de músicas todos os dias, é um trabalho que toma forma a cada lançamento.

Hoje em dia existem muitas ferramentas de promo além das mídias sociais e muitos meios para expandir sua proposta, você tem que ser muito assertivo e fazer isso de forma eficaz para cativar gradualmente uma base sólida de fãs interessados na sua proposta e no seu selo.

Na sua biografia, diz que você já tocou no Brasil. Quando foi isso? Pode nos contar um pouco mais dessa experiência e o que mais você valoriza do nosso país?

Adorei o Brasil! Tenho lembranças muito especiais dessas apresentações porque foi minha primeira viagem internacional, a primeira vez foi em 2013 em São Vicente e a segunda em 2014 em São Paulo, naquela época eu estava indo em direção a um tipo de som muito diferente do que toco atualmente "Dutch House / Latin House / Electro House", o amor e o respeito que o público daí me mostrou alimentou meu sonho de ir ainda mais longe. Espero visitá-los novamente com minha versão atual, mais madura e profissional.

Por fim, gostaríamos de saber quais são suas próximas novidades e o que podemos esperar para 2025 e além. Obrigado!

2025 vai ser um ano muito interessante, estou ansioso para o que vai acontecer. Tenho algumas faixas já assinadas e um punhado para terminar, entre elas colaborações com grandes artistas e amigos que amo e respeito muito.

Como DJ, espero continuar expandindo meu som e levar alegria a todos os palcos que tenho a honra de pisar, também junto com minha equipe estamos trabalhando em uma reestruturação do meu selo Latin Dutch Records para trazer novas músicas, novos grandes talentos e uma gama completa de entretenimento, como um selo/eventos/produção audiovisual, estou animado para saber o que o futuro reserva!

Muito obrigado à Mixmag e Adesso por permitir que meu som chegue ao público brasileiro! Com muito amor, HJ.

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Imagens: Divulgação

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