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Interviews

Entrevista: Dyzen é possivelmente uma nova estrela do Melodic Techno

Com lançamentos por Afterlife, fabric, HABITAT e mais, o artista italiano tem pavimentando seu caminho rumo ao estrelato

  • Redação
  • 15 December 2023

O projeto italiano Dyzen, de Francesco Perrone, chegou discretamente em 2017 na cena underground e, de repente, graças a qualidade impecável de suas produções, conquistou medalhões do Techno melódico como Tale of Us, Mind Against, Adriatique e Fideles.

Não demorou muito para que ele fosse convidado a lançar por grandes labels como Oddity e Running Clouds ainda em 2019… mas o que viria a seguir seria a comprovação de que uma nova grande promessa estava surgindo.

Nos últimos dois anos, Dyzen lançou em três oportunidades na Afterlife, além de Impressum, fabric Records e mais recentemente na HABITAT de Mind Against com o incrível EP Radiant, onde recebeu um remix de Recondite.

Inclusive, a sintonia musical entre Dyzen e Mind Against tem se consolidado cada vez mais, tanto que ele foi convidado para tocar no showcase da gravadora que acontece em Londres em abril de 2024, além de uma tour pela China e de confirmação também no Afterlife Tulum.

Com uma trajetória brilhante até aqui, fomos até Francesco para trocar algumas palavras e saber como tem sido essa caminhada rumo ao estrelato.

Q+A: Dyzen

Olá, Dyzen! Obrigado por nos receber. Primeiramente, você pode nos contar o que te atraiu para o universo da música eletrônica e quando isso aconteceu?

Olá pessoal, o prazer também é meu! Estou no mundo da música desde criança. Comecei a estudar música e a tocar violão aos 6 anos de idade.

O interesse pela música eletrônica surgiu em 2010, eu ainda era muito jovem, mas comecei a me sentir limitado a apenas um instrumento, queria ter um controle melhor sobre cada parte de uma música, bateria, sintetizadores, vozes etc.

Essa é a beleza da música eletrônica, eu escolho e faço tudo :)

Soubemos também que você estudou música por muitos anos, desde criança. Sua família sempre te incentivou neste sentido? O suporte deles foi importante para você chegar onde está hoje?

O apoio de minha família tem sido crucial em minha jornada, eles sempre me incentivaram e me encorajaram a encontrar meu caminho. Não tenho palavras para agradecê-los por terem sido os primeiros a acreditar em mim!

O projeto foi idealizado em 2017 e, inicialmente, era um duo com o seu parceiro Nicola. Mas desde metade de 2022 você está de forma solo. Essa mudança interferiu de alguma forma em como você lida com o projeto?

Vou ser sincero, foi difícil. Começar algo juntos e se ver sozinho não é fácil. Não estou falando do ponto de vista musical, sempre fizemos música individualmente, mas ter um ombro, para o bem ou para o mal, é sempre bom, e sinto muita falta disso.

Nunca critiquei sua decisão de parar, cada um deve fazer o que sente, mas sim, o primeiro período sozinho foi muito difícil. Tudo era novo, tudo era diferente, toda a responsabilidade era só minha.

Agora está melhor, tenho muitas pessoas que trabalham comigo e me ajudam a fazer tudo. Minha única responsabilidade hoje é fazer música, que é a única coisa que eu realmente amo fazer.

PS: Nicola e eu ainda somos muito amigos, saímos juntos com frequência e ele é sempre o primeiro a quem envio música para receber qualquer tipo de feedback.

Pelo que pudemos pesquisar, você é um artista muito crítico e perfeccionista com suas criações, certo? Na sua visão, isso é algo que mais te ajuda ou te atrapalha?

É uma faca de dois gumes. Eu exagero e o exagero nunca traz nada de bom, mas, em geral, acredito que um pouco de autocrítica só pode fazer bem. Você aprende cometendo erros, mas se não reconhecer os erros, nunca aprenderá nada.

Isso é muito importante na música, todo disco que produzo tem imperfeições, não sou um robô, mas no próximo disco tento não cometer os mesmos erros novamente. Essa é a única maneira de melhorar, eu acho.

Podemos te considerar mais como produtor musical do que como DJ? Você prefere passar horas no estúdio produzindo ou estar mixando com um público à sua frente?

Para ser sincero, adoro fazer as duas coisas, mas sim, se tivesse que escolher uma, 100% produção!

Apesar disso, você tocou recentemente no Tomorrowland e no showcase da Afterlife em Ibiza e Tulum… você é um cara que consegue controlar a ansiedade antes de momentos importantes como estes? Há uma preparação diferente para subir em palcos assim?

Aaaaahhh, você tocou em um ponto muito delicado. Sou muito ansioso. Muito ansioso! Mas, na verdade, a verdadeira ansiedade no meu caso não é a ansiedade antes da apresentação.

Sofro muito mais com a ansiedade antes de começar e, depois que entro no palco, fico calmo e me divirto. E não, não tenho dicas, na verdade, se você tiver algum conselho, sou todo ouvidos (hahaha).

Qual foi o momento da sua carreira em que você percebeu uma virada de chave? Foram os suportes? Os lançamentos em gravadoras imponentes? Ou talvez quando você colaborou com Mind Against em Freedom?

Como sempre digo, nem tudo aconteceu em um dia, foi uma jornada passo a passo.

O único momento que me lembro claramente como um ponto de virada foi quando os primeiros vídeos de grandes artistas tocando minhas músicas começaram a chegar no Instagram.

Passar do nada para algo foi incrível, e depois de algo para algo mais se tornou quase normal.

Falando no Mind Against, você tem construído um relacionamento sólido com o duo e em outubro lançou o excelente EP Radiant pela HABITAT, que se espalhou pelo mundo nos grandes festivais. Como foi a produção deste EP e como tem sido essa parceria com eles?

Não vou me estender sobre isso, eles são simplesmente especiais, somos uma família agora. É um relacionamento que, para mim, vai além da música. Eles foram os primeiros a realmente apostar em mim, e nunca poderei agradecê-los o suficiente.

Inclusive, ficamos sabendo que você irá participar do HABITAT showcase em Londres, além de fazer uma tour pela China e voltar à Tulum para uma nova participação junto à Afterlife. Seus sonhos estão sendo realizados? O que você ainda almeja para o seu futuro?

Mal posso esperar pelo dia 6 de abril, vai ser incrível! O problema com os sonhos é que toda vez que você volta a dormir eles mudam.

Todos os dias eu tenho um novo sonho, uma nova meta, então, sim, por enquanto estou mais do que feliz e realizado, até o próximo sonho ;)

Por fim, que mensagem você deixaria aos fãs (do Brasil e do mundo) que acompanham o seu trabalho? Obrigado!

BRASIL, eu amo vocês! Nenhum artista é alguém sem seus ouvintes e, bem, pelas minhas estatísticas do Spotify, o Brasil está no meu top 5. Então obrigado, do fundo do meu coração.

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Photos: Divulgação

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