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Entrevista: DJ Sharam

Trocando idéias com o icônico DJ

  • Mixmag Brazil Staff
  • 14 August 2015
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2 Entrevista: DJ Sharam

Depois de anos de sucessos brilhantes, Deep Dish se separou em 2008 e os dois seguiram carreiras solo. Mas voltaram recentemente, com 'Quincy', uma faixa forte e deslumbrante, e um mix para o show de Pete Tong na Rádio 1 da BBC inglesa, com a mesma qualidade, mostrando que a magia continua nessa combinação única de DJs talentosos, de personalidades definidas e diferentes.

Sharam foi honesto ao falar dessa separação. "Quando paramos não tinha nada mais para falar, tínhamos conseguimos muito e queríamos fazer nossas coisas solo. Agora a música mudou, a indústria mudou e podemos escrever o roteiro de novo", explicou.

Aficionado por cinema – de Woody Allen até Tom Cruise – escolheu uma referência de Guerra nas Estrelas para ilustrar. "Estamos voltando para trazer ordem para a galáxia."

Apaixonado pela música eletrônica, pai de família, Sharam é fã de futebol, joga tênis e assiste basquete. "Sou fanático por esportes em geral", disse. "Consigo muita inspiração no esporte." Entrou no clima da Copa do Mundo, assistindo todos os jogos, torcendo para a seleção americana, ou seu pais de origem, Irã. "Perdi dez anos da minha vida naquele jogo (do Irã) contra Argentina", brinca.

Explicou que a temporada de futebol anda parecida com a carreira de DJ: tem tudo a ver com o treinamento e a preparação. "Você vê os campeões de qualquer esporte, vê que aquelas pessoas colocaram tanto tempo e esforço para chegar no topo da montanha. Dedicação e trabalho duro são recompensados. Tem que ter um pouco de sorte, mas tambem dá para criar sua própria sorte."

Sharam ama o Brasil, pelos mesmos motivos que definem a música e carreira dele: o entusiasmo pela música e seu gosto pela liberdade de brincar além das regras e gêneros.

"O Brasil é um dos países que, ao longo dos anos, sempre manteve um cena saudável", disse, com seu sorriso característico. "Acho que é aquela febre do samba. Se divertem bastante", disse sobre as pistas brasileiras. "Têm uma atitude muito boa na vida e na música. Isso se traduz na platéia."

Ama tocar em Santa Catarina, em Manaus, em São Paulo, em Curitiba e até em Campo Grande. "Acho que a platéia no Reino Unido está estafada, tem tanta coisa lá. Enquanto no Brasil, é como se fosse a primeira vez, cada vez que você vai", disse. "Essa é a grande diferença."

Vê muita diferença entre as platéias na Europa, EUA e Brasil, onde, disse ele, "Tanto faz o que você toca, sempre tem entusiastas que te seguem. Na Europa o techno e o deep house mais underground estão mais populares que nos EUA. Mas no Brasil as pessoas gostam dos dois lados."

Na década de 90, o Deep Dish, como dupla de DJs, artistas e produtores, foi consagrado e festejado por sua criatividade e musicalidade, pela habilidade de combinar melodia, mistério e mágica num groove só, e pelo sucesso que conquistaram.

O primeiro disco, daquela época, em 1994, de Tribal, foi a compilação 'Penetrate Deeper' – até hoje um clássico sonhador de deep house. O segundo álbum, 'Junk Science', de 1998, expandiu e aprofundou o som melancólico para algo mais forte, mais amplo.

Gerou o hit 'The Future of the Future (Stay Gold)', com Everything But The Girl. Consolidou a reputação internacional da dupla.

"Para mim, o maior desafio é para fazer discos que têm uma ressonância com pessoas. Quero fazer discos individuais, inesquecíveis", disse.

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