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Deeplomatik fala sobre retorno à Adesso Music e seu novo single ‘The Beginning’

Release foi escolhido para ser o primeiro de 2025 da gravadora

  • Redação
  • 28 February 2025

Deeplomatik é um nome reconhecido na cena eletrônica global, com uma carreira sólida que já dura mais de 25 anos.

Nascido na Polônia, o DJ e produtor se consolidou ao longo da última década como um nome relevante do Tech House, lançando em selos renomados como Salted Music, Safe Music, Mood Funk Records e seu próprio SpekuLLa Records.

Além das produções autorais, ele já foi agraciado com remixes de Miguel Migs e The Deepshakerz, e viu até Carl Cox tocar 5 de seus lançamentos durante seu set no Burning Man em 2017 — história que nos aprofundamos em mais detalhes na entrevista.

Após uma série de lançamentos bem-sucedidos em 2024, Deeplomatik retornou ao catálogo da Adesso Music no início deste ano com seu mais novo single, "The Beginning", trabalho que marcou o primeiro lançamento do selo em 2025.

Neste bate-papo com ele, o artista compartilhou mais detalhes por trás do novo trabalho, a importância de manter a consistência em um cenário tão disputado como o atual e falou ainda sobre sua relação com o Brasil.

Leia enquanto você escuta o novo single:

Q+A: Deeplomatik

Olá, Deeplomatik. Obrigado por nos receber. Você está de volta à Adesso Music com ‘The Beginning’, que também foi o primeiro lançamento do selo em 2025. Como surgiu essa parceria com a Adesso inicialmente? E para esse novo trabalho?

Olá, pessoal! Obrigado por me receberem nesta entrevista. Minha parceria com a Adesso Music começou em 2022, quando tive a oportunidade de lançar o single “Hustle Tribes” junto com Dave Mayer.

Depois, The Deepshakerz fizeram um remix da track, e o lançamento foi um grande sucesso, atingindo o 1º lugar no chart de Tech House da Traxsource duas vezes.

Foi uma estreia incrível com a Adesso, e sou muito grato a toda a equipe do selo e ao Junior Jack por me acolherem. Este ano, volto ao selo com meu single solo, “The Beginning”.

O single traz uma sonoridade mais tribal e densa, uma atmosfera que você gosta de explorar bastante, não é? Quais foram as influências e inspirações por trás de “The Beginning”?

Muita gente me conhece como um amante apaixonado por disco e funk. Sempre fui um digger quando se trata de samples desses gêneros. Cresci ouvindo funk, e ele é uma das minhas principais inspirações há muitos anos.

O sample principal que usei em “The Beginning” pode lembrar produções do The Chemical Brothers ou de Norman Cook, mas originalmente vem de um álbum antigo e esquecido de funk: Drumbeat de Jim Ingram, um álbum de funk psicodélico e spoken-word de 1974.

O trabalho tem raízes em ritmos e percussão africanos, o que me inspirou a misturar esses elementos com minha produção de tech house e influências afro.

Em 2024, você teve vários lançamentos. Pelo que contamos, foram 10 ou mais EPs, além de diversos singles. Para você, manter uma produção constante e lançar com recorrência é algo importante?

Hoje em dia, há uma quantidade esmagadora de música sendo lançada. Muitos novos produtores estão surgindo, e, infelizmente, a qualidade nem sempre está onde deveria.

Porém, acredito que um artista deve criar o máximo possível, mantendo alta qualidade e criatividade em suas tracks. Lançar com frequência é importante porque ajuda os artistas a permanecerem visíveis na indústria musical altamente competitiva de hoje.

Com tantos anos de carreira, você já consolidou sua própria identidade sonora. Quais foram os principais desafios que você enfrentou ao longo desses anos até encontrar o seu verdadeiro som?

Ainda estou desenvolvendo meu estilo e sonoridade, e acredito que, como artista, crescimento e evolução são essenciais. Como também sou músico, consigo transitar entre diferentes estilos com naturalidade.

Produzo música sob vários pseudônimos, cada um dedicado a gêneros como house, disco, techno, reggae e drum & bass. Mesmo após mais de 25 anos na indústria, ainda tenho uma paixão imensa por produzir e compor.

O que você mais valoriza em suas apresentações ao vivo? Como a experiência no palco influencia sua produção em estúdio e vice-versa?

Deeplomatik: Para mim, os dois ambientes se misturam perfeitamente. Estou sempre entre o estúdio e os shows constantemente. Adoro improvisar no palco e nunca preparo 100% do meu set com antecedência.

Sempre tento incluir elementos novos e únicos nas minhas performances de DJ, mantendo uma estrutura groove e precisa. Claro, uma das maiores alegrias como produtor é testar tracks inéditas nas pistas e ver a reação do público.

Falando em apresentações, achamos curiosa a história de que Carl Cox tocou 5 faixas suas em uma apresentação no Burning Man, em 2017. Pode nos contar mais sobre isso? E de quais outras estrelas você também já conquistou suportes?

Participei de uma competição internacional de DJs em Ibiza, onde fui um dos 5 finalistas, escolhidos entre DJs de mais de 40 países. Pete Tong me selecionou para as semifinais, onde Carl Cox e Luciano (da Cadenza) foram meus mentores.

Carl Cox recebeu um USB com minhas tracks e, semanas depois, tocou-as no Burning Man. Este ano, minhas músicas foram tocadas lá novamente, desta vez por Madmotormiquel.

Também sou incrivelmente grato pelo apoio de Jamie Jones (no Cercle), Mark Knight (na Kiss FM e Toolroom Radio), MK, Todd Terry e muitos outros nomes lendários. O apoio deles significa muito!

Gostaríamos de saber também seu envolvimento com a cena brasileira. Você acompanha algum DJ/produtor/gravadora daqui? Já tocou no país ou ainda está nos planos fazer uma turnê pela América do Sul?

Ahhhh, eu adoraria visitar a América do Sul! Acompanho a cena internacional de perto e devo dizer que o Brasil tem uma cultura clubber em rápido desenvolvimento.

Há tantos artistas e selos talentosos, e vejo que o cenário de festivais também está crescendo. Conheço o DJ brasileiro Alexiz BcX, do Rio, que encontrei em Ibiza, e sempre estou de olho em mais talentos do seu país.

Por fim, quais são os projetos ou parcerias que estão no seu radar e o que podemos esperar de você nos próximos meses? Obrigado!

Há uma lista enorme de projetos chegando como Deeplomatik e sob meu segundo alias principal, Seb Skalski. Tenho colaborações empolgantes com cantores incríveis!

Também administro meus três selos: SpekuLLa Records, SpekuLLa Traxx e Culture Tone Recordings, onde lanço minha música e apoio talentos emergentes de vários países. Mando boas vibes a todos — fiquem ligados e obrigado pela conversa!

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Imagens: Divulgação

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