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Coluna Mister Jam: Remix é business!

Mais dicas de mestre sobre remixagem profissional

  • Mixmag Brazil Staff
  • 9 June 2015
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Coluna Mister Jam: parte 2

Outro ponto importante é a escolha do andamento do remix. O BPM (batidas por minuto) pode consagrar ou destruir o seu remix.

Explico: Nenhum artista, repetindo.. NENHUM gosta de ouvir sua voz no módulo "tico e teco", ou seja com um pitch aceleradíssimo, pois isso estará destruindo a qualidade da gravação, afetando diretamente a sua interpretação.

O mesmo vale para um pitch mais lento. O resultado pode ser catastrófico! Mantenha a verdade da música mesmo que para isso você precise quebrar alguns padrões.

Por exemplo: tudo bem que o BPM predominante atualmente na EDM é entre 125-128. Mas se a música ficar pra trás nao empolgará, nem o artista que te contratou, nem o ouvinte!

Cuidado com os timbres! Para isso estude, isto é, ouça o que há de atual. Escolha poucos e bons timbres e se possível cuidado com reverbs e delays pré setados, isto é, os que já vem prontos no plug-in. Em 90% dos casos é preciso ajustar o som e efeito ao seu arranjo.

Lembre-se: "Menos é mais... Sempre!" Plucks marcam bem nos versos e leads podem virar uma "massaroca" se mal escolhidos.

Optando pelos corretos, você evitará fazer do seu arranjo uma "árvore de natal" medonha.

A escolha do baixo está diretamente ligada ao bumbo (ou pedal aka Kick, como muitos chamam o conhecido bass drum). Nem sempre o baixo mais grave do mundo vai dar o "peso" que você imagina!

Ah, o bumbo...Esse merece um paragrafo exclusivo! Considero-o a alma de uma base eletrônica. O bumbo dá a "personalidade" do seu remix.

Ao ouvirmos diferentes remixes, podemos dizer qual a idade, estilo e conceito da track, dependendo do timbre do bumbo! Incrível, mas o bumbo do kit 909 é a cara dos anos 90, por exemplo.

Muitos producers mixam suas próprias tracks: Palmas! É incrível ser polivalente.

Assumidamente não tenho prazer em mixar. Prefiro não fazer, eu mesmo essa etapa. Justifico: primeiramente acho que passo muito tempo envolvido diretamente com aquele determinado arranjo.

Parto do princípio que o técnico pode ter um outro "ponto de vista", ops, isto é, "de audição" para adicionar um peso e uma pegada própria para meu trabalho.

Caso queira aventurar-se nessa função, sugiro um curso básico de mixagem e masterização. Caso contrário, procure um técnico que entenda como deve soar a timbragem eletrônica atual.

Infelizmente poucos entendem e conseguem um resultado que não deixa nada a desejar se comparada às tracks gringas. Se encontrar o seu "never let him go!".

Bons remixes e até a próxima!

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Foto: Divulgação / Arquivo

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