Coluna Mister Jam: Remix é business!

"Hello", você que está tendo contato com minha coluna quinzenal, sobre o universo da produção da música eletrônica e remixes para o mainstream brasileiro: Sejam bem-vindos!

Em um rápido "flashback" pelas edições anteriores, apenas para relembrar, falei de como um simples remix pode salvar ou reciclar carreiras e também sobre a turma pioneira que praticamente "deu o start" no mercado que hoje brilha.

Hoje quero contar mais sobre o meu processo de remixar, minhas técnicas passo a passo, desde o recebimento dos stems até a mixagem.

Não entrarei em méritos mais profundos, mas aqui levanto pontos básicos e fundamentais, que julgo relevantes na arte de remixar.

A partir do momento em que somos contactados para "prestar um serviço de remixar para um artista", seja pelo escritório dele ou pela gravadora, é preciso mantermos um ponto principal em mente: SIM, este é um serviço, um trabalho profissional que deve ser encarado como tal e portanto deve envolver um contrato de prestação de serviços e as condições iniciais para o início do trabalho, seja o depósito de entrada do valor da produção e o recebimento dos stems (para quem não é do "metier", são os áudios da sessão da música original).

Remix é um business, portanto encare-o como tal!

Quando estiver com todas as suas condições e pré requisitos 100% satisfeitos... Oba, é hora de soltar a criatividade e iniciar seu remix!

Soltar a criatividade? Sim, mas com responsabilidade e sempre alinhado com a necessidade do seu cliente.

Não podemos nos esquecer de que, por mais que tenhamos uma "assinatura", uma sonoridade específica no arranjo, que nos identifique em uma produção, não podemos simplesmente "pirar" e alterar o mapa, a natureza da música. Principalmente se for um hit pop.

A canção conta uma história e em 80% das vezes tudo o que o seu cliente quer é dar "um tapa de elegância" e de modernidade naquela música.

(Lembre-se de bater um papo com seu cliente antes de iniciar seu projeto. Você estará salvando horas preciosas de trabalho e poupando você e o artista de uma futura frustração de espectativas!).

Ao receber os áudios originais, logo após posicioná-los na sessão e antes mesmo de alterar o BPM, dê uma bela ouvida nos stems. Um por um, se não por curiosidade, para talvez entendê-los bem e, quem sabe decidir o que vale usar no seu remix.

Muitas vezes, a versão original tem hook, um riff, isto é qualquer frase ou instrumento marcante que vale ser mantido.