The Mixmag Archives: Entrevista Carl Cox

Olá, Carl. Essa é a terceira Revolution da temporada essa noite na Space. Como está indo?

Lançamos a noite mais cedo que nos anos anteriores. Quando iniciamos 12 anos atras nós só fizemos seis festas. A idéia era começar quando a temporada já estivesse no auge, para garantir que todas as festas lotassem.

Depois, graças a sua popularidade, fomos de seis para oito, depois para dez e agora são 14 por ano. A primeira festa foi sensacional. Eu toquei por 10 horas!

Como são seus dias durante a Revolution?

Bem, normalmente não levanto muito cedo. Durante o dia, como muita gente procura enviando música nova, gasto um tempo garantindo boas escolhas para a noite. Chego lá depois da meia noite e gosto de dar uma olhada na vibe em todos os ambientes.

Hoje está mais difícil se manter à frente da curva, com tanta música digital disponível?

Yeah, com certeza. Estava falando disso com Adam Beyer. Todo final de semana por anos eu ganhava de 200 a 300 libras para tocar mas gastava tudo com discos toda semana.

Não dava para gastar tanto e só usar algumas semanas, tinha que durar meses! E quando se investia tanto, você apreciava mais tambem. Hoje você faz o download, toca por duas semanas e já era.

A Revolution at Space já existe há 13 anos. O que torna esse club tão especial para você?

Space sempre foi um dos meus points favoritos pra sair, mesmo quando eu era só um frequentador. Adorava o conceito. Você vai ao club as 7am num domingo para curtir um after, sabendo que as pessoas iam trabalhar na segunda de manhã.

Dentro era techno, no terrace tocava house classics e som Baleárico. Ficava dançando ao sol, chilling nas almofadas, curtindo o ar fresco. Não tinha outro lugar no mundo com aquela vibe. Muitos lugares tentam imitar a Space, mas nenhum tem aquele algo especial.