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Yoke Art: gravadora estreia com o VA Ressurgência, um manifesto de liberdade criativa

10 faixas integram o compilado inaugural, que transita por camadas do Indie, House, Techno e além

  • Marllon Gauche
  • 17 September 2025
Yoke Art: gravadora estreia com o VA Ressurgência, um manifesto de liberdade criativa

A Yoke Art, nova gravadora brasileira e braço da Elevation Music Records, acaba de fazer sua estreia oficial com o lançamento do VA ‘Ressurgência’.

O trabalho reúne dez faixas de artistas nacionais e internacionais em uma coletânea que propõe uma experiência sonora marcada pela experimentação, autenticidade e liberdade criativa.

O lançamento, que chegou no último dia 15 de setembro, marca o início das atividades do selo, que se apresenta como um espaço aberto para a inventividade e a diversidade de estilos dentro do universo eletrônico.

O nome Yoke - termo que pode significar “unir” ou simplesmente algo aberto a interpretações - reflete a proposta da gravadora: criar pontes entre diferentes sonoridades e sentimentos, sem se limitar a definições rígidas.

“Há tantas traduções para a palavra Yoke quanto há sonoridades para traduzir o sentimento humano na terra”, destaca um trecho do manifesto da gravadora, que aposta em uma abordagem sensorial da música, onde ruídos, reverbs e batidas constroem atmosferas para além das palavras.

‘Ressurgência’ surge como um convite à experimentação, transitando entre o Indie Dance, o House e o Techno, explorando nuances que elevam tanto as pistas de dança quanto outros ambientes através de uma narrativa que reflete intensidade, risco e autenticidade.

Faixa a Faixa

O disco abre com ‘Esencia’, de Enrico Van Der Merwe & Kashian, faixa que carrega uma aura mística e prepara o ouvinte para a jornada que se segue.

Na sequência, ‘Square’, de MeMachine, imprime densidade com grooves distorcidos e um toque ácido que remete aos clubes escuros, criando o contraponto perfeito para a atmosfera mais etérea da abertura.

(MeMachine)

Esse diálogo entre luz e sombra segue em ‘Batiment Generateur’, de Bambi Rambo, que introduz vocais mascarados e tensiona os limites entre Indie Dance e Electro, acentuando a sensação de atravessar a madrugada.

A partir daí, Ressurgência mergulha em territórios mais livres. Ejuku apresenta ‘Intricate Summonns’ com batidas quebradas e texturas inusitadas, evocando o Afro House em sua forma menos previsível, enquanto Mia Lunis - A&R e uma das cabeças da Yoke - entrega ‘Concrete’, equilibrando pista e elegância em uma leitura inventiva trazendo referências dos anos 80.

(Ella Whatt)

A progressão ganha frescor com ‘Mekty’, estreia de 92's Kid, faixa marcada por balanço orgânico e identidade já clara, que abre espaço para a intensidade visceral de ‘Waves Of Love’, de Ella Whatt, talvez o ponto mais dilacerante do VA, onde vocais profundos dialogam com camadas densas de synths e referências ao Techno e ao Acid.

No trecho final, a coletânea acelera e se expande. Airaf aposta em percussões e BPM elevados em ‘Drumtopia’, concebida para a entrega total na pista, enquanto Dicapua oferece contraste lírico em ‘Dado Jam’, onde guitarras e sax trazem uma atmosfera jazzística e sonhadora.

O fechamento vem com Mirko Firzlaff em ‘Serenade For Synths’, uma construção minimalista e introspectiva que suaviza a energia acumulada, dissolvendo-a em contemplação.

Ressurgência cumpre o objetivo de estabelecer um posicionamento claro para a Yoke, revelando um selo que valoriza a subjetividade, a experimentação e a inteligência emocional da pista, propondo narrativas que transitam entre corpo e introspecção, dança e viagem mental.

É um cartão de visita que consolida a gravadora como espaço de criação intuitiva, onde artistas podem se expressar sem amarras.

Siga a Yoke Art no Instagram para acompanhar os próximos lançamentos.

Imagens: Divulgação

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