Tech | O futuro da performance: tarter comenta possíveis evoluções para a profissão DJ nos próximos anos
Com olhos atentos para as novidades e tendências do pós-pandemia, tarter deixa suas impressões pessoais
Desde que a cultura DJ se popularizou nos anos 80 até os dias de hoje, as faces da discotecagem caminham ao lado do avanço da tecnologia. Se antes só era possível misturar músicas em vinil e fita k7, hoje além da possibilidade do pendrive e CDJ, temos controladores, softwares e os conhecidos Live acts — apresentações ao vivo misturando hardware, software e instrumentação.
Cada perfil de artista adota um tipo de formato que se encaixa melhor com sua assinatura e estética sonora, neste caso, não há limites para a criatividade e quanto mais a tecnologia dá seus passos, novas formas de performances acabam surgindo e se popularizando na cultura DJ.
Tarter é um dos artistas que além da paixão pela música, compartilha também a paixão pela tecnologia. Conhecido por suas apresentações em modelos híbridos que acompanham o fantástico setup PLAYdifferently model1, o artista catarinense mantém olhos atentos para as novidades do mercado e para as tendências do futuro da cultura discotecagem.
Tarter no Alataj Lab
Hoje ele compartilha conosco um pouco de suas impressões com relação ao futuro das performances e possíveis evoluções para a profissão de DJ nos próximos anos:
Tarter
“Primeiramente, eu acredito que teremos uma grande safra de novos artistas que optarão somente pelo live act. Serão produtores que foram a fundo nos seus equipamentos e softwares, creio que irão se apresentar em formato live, com menos equipamentos em seus setups, mas sem perder a qualidade de entrega.
Em contra partida, surgem muitos artistas vestindo a camisa da discotecagem old school, principalmente do sexo feminino, venho acompanhado muitas DJs discotecando em vinil com uma maestria sem igual, posso citar aqui nomes como Janina, Blanka e LAdy Machine.i.
Outro ponto que veio para ficar são os DJs voltados ao formato Live Stream. Acredito que uma grande fatia dos artistas que surgiram na pandemia criando algo diferenciado em formato Live Stream, independente do gênero que toca, continuarão criando conteúdos de suas casas para um público que não sai mais de casa.
Prevejo também que teremos apresentações em clubes e festivais, onde o DJ não vai mais estar presente no evento, e sim do seu estúdio, com transmissão de áudio e vídeo em tempo real para o evento.
Outro ponto importante que continuará muito forte são os gamers com festas virtuais, clubes e Djs em parceria com jogos irão proporcionar experiências de eventos, só que em casa, para as pessoas que talvez não voltem a sair após a pandemia, e para quem ainda não conheceu a vida noturna de eventos, de os primeiros passos jogando ou curtindo esses eventos digitais.
Acredito muito na conscientização (finalmente) do público e promoters de eventos a seguirem para todo o sempre os protocolos de higiene que foram obrigatórios na pandemia, ou seja, tornar comum o hábito de limpeza das mãos, locais com melhor circulação de ar, álcool em gel, enfim, tudo para que o público tenha uma segurança maior no quesito saúde.
Em resumo, o que eu quero é que todo mundo volte a ter uma experiência boa com a música, seja em grandes festivais, clubes, festas privadas, live stream, enfim, o que for melhor para a pessoa. Estou com saudade de tudo isso.
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Photo: Divulgação