Produção a mil: Felipe Fella acerta a mão nos últimos lançamentos
E ainda tem confirmação quente na agenda
Figura ativa no cenário eletrônico carioca, o DJ e produtor Felipe Fella engatou a quinta marcha em seus lançamentos, principalmente nos últimos meses; a pandemia não o fez ficar na espera, na verdade, intensificou ainda mais seu trabalho de estúdio.
Estrelando diversos lançamentos nos últimos dois meses através dos catálogos da Sibil-la, Ole Groove, Arrai Music e do seu próprio selo Molotov21, Felipe provou que os beats de pista continuam aquecidos mesmo que ainda longe das festas presenciais.
Em meio ao dia a dia puxado no estúdio, Fella reservou um tempinho à Mixmag para contar um pouco mais sobre seus últimos releases, sua rotina nesses tempos difíceis de pandemia e próximos trabalhos:
Fella! Seus lançamentos andam a todo vapor nos últimos meses, né? Conta um pouco pra gente como está sua rotina de estúdio...
Valeu pelo espaço, galera! Sim, eu acho que nunca trabalhei tanto na vida (risos). Desde o começo da pandemia minha rotina no estúdio tem sido integral, 24h por dia criando algo novo ou mixando, masterizando… Quando não estou fazendo nenhuma dessas três coisas, estou ouvindo referências ou procurando novas inspirações.
Acho que todo mundo está sendo forçado a ficar mais dentro do estúdio devido à pandemia, tanto os produtores, quanto os donos das labels, o que faz com que as labels deem mais atenção às demos que chegam e, consequentemente faz também com que os produtores produzam e enviem ainda mais demos, pois os A&R estão respondendo mais rápido do que o normal, e uma coisa impulsiona a outra. Imagino que isso esteja acontecendo no mundo todo.
Rola alguma dificuldade em manter o pique de lançamentos? As vezes vem aquele “branco” criativo dentro do estúdio?
Com certeza tem dias e momentos em que o processo não flui, o que é normal para todo mundo. Eu procuro começar cada música em cima de uma ideia inicial e quando ela não surge em alguns minutos, é melhor ir fazer outra coisa para distrair a cabeça e retornar ao estúdio em outro momento com novos pontos de vista e perspectivas.
No início do ano você lançou ‘The Feeling’ em parceria com o curitibano Jho Roscioli, que é um nome em ascensão na capital paranaense. Como foi essa collab? Vocês já tinham trocado alguns trabalhos antes dessa faixa?
O Jho é um dos melhores produtores com quem já trabalhei. Ele já era músico antes de começar a produzir, então possui um feeling que poucos produtores têm para montar bateria, criar linhas de baixo, arranjos… curto muito a linha de som que ele vem fazendo.
‘The Feeling’ foi a segunda track que fizemos juntos, se não me engano, mas é nosso único collab lançado até o momento. Recentemente produzimos 3 faixas novas e estamos no processo de enviar as demos para a label que estamos mirando. A collab foi feita à distância. Ele começou a ideia, me enviou e eu finalizei.
Outra parceria interessante foi com Bernardo Campos para o EP Undress Your Mind. Como foi o processo criativo desse trabalho?
O Bernardo é um parceiro de longa data, um irmão que a vida me deu. Já tínhamos feito outras parcerias com meu projeto Keskem (duo formado por eu e o Benan). Como Felipe Fella estes são os nossos primeiros collabs.
Apesar de morarmos na mesma cidade, essas também foram feitas à distância devido à pandemia. Eu comecei as ideias das duas e enviei para o Bernardo e ele fez o mais importante que é criar um tema, uma ideia central para cada track. Os vocais e as letras das duas tracks são originais e gravados por ele também.
Teve também o remix para a faixa “Tango”, que tem uma pegada mais minimalista, mas ainda assim com um pé no Tech House. Como foi na hora de produzi esse som?
Esse remix curti muito fazer, gosto muito da faixa original dos meus irmãos do Drunk & Play e do Brunelli. Eu havia feito a master dela muitos meses antes de surgir o convite para remixá-la. Ela tem um tema muito bem definido, o que ajudou muito na hora de criar o remix.
O remix tem uma pegada mais minimalista mesmo, na verdade muita coisa que tenho feito tem um pouco de minimal, acho que sempre teve. Toquei muito minimal techno em 2006 e 2007 e acho que as experiências daquele tempo fizeram alguma coisa com o meu DNA, rs.
E o que mais está por vir nesses próximos meses?
Muita coisa boa pela frente. Dois singles, um na Farris Wheel, do Gene Farris, e outro na CUFF do Amine Edge and DANCE. Tem também um remix para o casal Flow & Zeo que vai sair pela label deles, a Tropical Beats, e uma track em um V.A. pela The Bedroom, da Grécia. Acompanhem!
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