Indie Dance e Mau Maioli dão “match” em novo EP pela Fluxo
Artista falou sobre três características presentes no lançamento que ajudaram nessa conexão
Da evolução do pós punk, misturada aos sintetizadores vintages do synthwave retrofuturista, timbres do rock n ‘roll com as batidas eletrônicas contemporâneas, nasce um estilo que vem ganhando cada vez mais devotos, seja de novos entusiastas ou de veteranos que vêem as sonoridades oitentistas modernizadas para as pistas de danças atuais.
O Indie Dance, também conhecido como Dance Alternativo é um combo de múltiplas raízes musicais e vem se fortalecendo nos últimos anos, sobretudo através dos trabalhos de nomes como Gerd Janson, Red Axes e Krystal Klear.
Às vezes desenhada sob sequenciadores hipnóticos com referências fortes no Italo Disco, outras vezes mais reta e sóbria, com claps sujos e pesos absorvidos do Pós Punk, Rock e New Beat, as faixas de Indie Dance não seguem um padrão fixo de arranjo, mas possuem características fortes que tornam sua estética distinta das demais.
Mau Maioli, DJ, produtor musical e curador da Levels Rec, vem desenvolvendo seus últimos lançamentos com base nas atmosferas do estilo, sobretudo em seu último EP Petal, lançado dia 23 de abril pela Fluxo — que já alcançou a posição #23 no top 100 releases de Indie Dance no Beatport.
Hoje Mau Maioli vai relevar três características essenciais que não podem faltar, na hora de produzir uma faixa voltada para o Indie Dance. Então, você que é produtor musical, segue com a gente:
Estética sonora
Bom, para qualquer tipo de música que você queira criar, você vai se deparar com baterias, timbres e efeitos que caracterizam aquele gênero.
Minha dica inicial é que tenha em mente que necessita uma bela pesquisa de artistas da atualidade e de suas referências além de olhar para os anos 70, 80 e 90 com bastante atenção.
É de lá que buscamos não só timbres mas técnicas de mixagem que podem ser utilizadas atualmente.
Simplicidade complexa
Bom, eu tenho um leque de artistas da atualidade que esclarecem que o Indie Dance (e talvez qualquer tipo de música) pode ser genial com poucos instrumentos.
Bom, conectado a pesquisa, a análise de uma referência foi uma das etapas que esclareceram, e muito, a forma como eu gostaria de fazer minhas músicas.
Poucos instrumentos mais bem posicionados e presentes no momento certo da música. Tudo sendo tocado de forma clara e limpa.
Instrumentos mais utilizados
E como última dica deixo alguns instrumentos bem recorrentes em minhas criações: Samples das baterias eletrônicas Linn Drum e Roland 707, sintetizadores SH-101, OB-Xa e Mini Moog e guitarras (uso diversas emulações).
Perceba como todas essas características aparecem no novo EP de Mau Maioli:
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Photo: Divulgação
