Estudo recomenda playlists personalizadas para pacientes com demência
Tudo indica que podem reduzir uso de medicação
Segundo um novo estudo, pacientes com demência que curtem playlists personalizadas podem precisar de menos medicação psicotrópica e ter um comportamento melhorado.
Pesquisadores chegaram a essa conclusão após testarem um programa envolvendo o uso de playlists em lares de idosos, chamado Música e Memória. A informação foi publicada no American Journal of Geriatric Psychiatry, em abril deste ano.
O trabalho não melhorou problemas de humor, mas os pacientes que ouviram música adaptada aos seus gostos e memórias precisaram de menos medicação anti-psicótica.
"A doença de Alzheimer e as demências relacionadas podem resultar em comportamento agressivo e situações difíceis que afetam a vida das pessoas, inclusive a dos cuidadores", disse o autor Kali Thomas, professor na Brown University em Providence, Rhode Island.
"Acreditamos que a música familiar ao paciente pode ter um efeito calmante e reduzir a necessidade de medicamentos para controle de comportamentos de demência", disse Thomas à Reuters Health.
Os benefícios da música para as pessoas com demência vão além do gerenciamento do comportamento, disse Orii McDermott, um pesquisador sênior da Universidade de Nottingham, no Reino Unido, que não estava envolvido no estudo.
"Compartilhar músicas favoritas ou participar de atividades musicais oferece oportunidades sociais para esses pacientes", disse, acrescentando que a interação social é extremamente importante porque a progressão da demência gera isolamento.
"A população de idosos com demência, em particular aqueles que residem em lares de idosos, é grande e está crescendo", disse Thomas. "Este estudo sugere que Música e Memória pode ser uma intervenção que promete."
Foto: Reprodução
H/t Reuters HealthReuters Health
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