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Estudo revela queda de 84% no número de clubes noturnos na Irlanda desde o ano 2000

Relatório aponta leis ultrapassadas e preços altos como principais motivos para redução drástica de espaços ativos

  • Words: Finn Cliff Hodges
  • 2 July 2025
Estudo revela queda de 84% no número de clubes noturnos na Irlanda desde o ano 2000

O número de clubes noturnos ativos na Irlanda caiu de 522 para apenas 83 nos últimos 25 anos, segundo um novo estudo da organização Give Us The Night.

O relatório, o primeiro levantamento aprofundado sobre a cena dos clubes irlandeses em 15 anos, revelou uma queda de 84% no número de casas desde o ano 2000. Entre os fatores citados estão o crescimento dos bares com entrada gratuita que funcionam até tarde, as leis ultrapassadas e o aumento nos preços.

O estudo também aponta que essa decadência pode estar ligada ao fato de que os clubes ainda são regulamentados sob o Public Dance Halls Act de 1995, legislação que, segundo a organização, “foi originalmente criada para reprimir a vida social, moldada por um sentimento conservador e anti-juventude”.

O relatório foi publicado poucos dias após o clube Cellar, em Dublin, anunciar seu fechamento. No dia 23 de junho, o local divulgou a notícia pelo Instagram, explicando que irá “encerrar suas atividades em seu formato atual”.

Em Dublin, o horário limite permitido para funcionamento de um clube é 2h30 da manhã, enquanto a média de encerramento nas demais capitais europeias é 6h30. O estudo mostra que a Irlanda impõe o toque de recolher mais cedo da Europa para casas noturnas.

Como resultado, os clubes na Irlanda funcionam, em média, apenas de seis a nove horas por semana e representam apenas 0,6% das 14.085 licenças de álcool ativas em uso no país.

Esse problema não é exclusivo da Irlanda. Um relatório publicado em maio pela Capital on Tap apontou que, até 2030, o Reino Unido poderá enfrentar uma redução de 49,31% nos negócios ligados à vida noturna.

Apesar dos números preocupantes, 90% dos entrevistados na pesquisa da Give Us The Night acreditam que os clubs são espaços sociais seguros e inclusivos, especialmente para minorias e comunidades LGBTQ+. O mesmo percentual também acredita que toda comunidade deveria ter acesso a um club local ou espaço de eventos.

Os participantes demonstraram, de forma quase unânime, uma visão positiva sobre a importância da cultura clubber - com 81% concordando que os clubes possuem um “apelo atemporal”.

Leia o estudo completo Give Us The Night aqui.

Photo: Maor Attias

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