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Antimatter Particle fala sobre seu novo EP pela gravadora brasileira Prototype Music

Diretamente da grécia, produtor entregou recentemente um disco de 3 faixas

  • Maria Angélica Parmigiani
  • 17 September 2021

A Prototype Music lançou recentemente seu 26º release em pouco mais de um ano de atuação, dando boas-vindas ao grego Antimatter Particle.

O artista está envolvido com música eletrônica de forma profunda, tendo estudado Tecnologia Musical e Engenharia de Áudio, o que lhe concede uma assinatura sonora multifacetada e desprendida.

Nous EP tem três faixas e traz um trabalho paradoxal entre nuances escuras e sóbrias e estímulos mais magistrais, confirmando sua qualidade de desapego.

A identidade emocional do EP ganha força através das camadas melódicas que chovem sobre todas as faixas. De um encontro despretensioso nas charts, surgiu conexões e agora materializações em um intercâmbio de alcance global, algo muito relevante para o jovem selo.

Conversamos com o artista para saber mais sobre sua história, o cenário na Grécia e o novo projeto com a Prototype:

Mixmag: Sergius, tudo bem? Obrigado por nos conceder essa entrevista. Bom, vamos do começo. Conte-nos um pouco sobre sua trajetória com a música. Quais são suas bases? Como você conheceu a música eletrônica em sua cidade?

Olá, Mixmag! Obrigado pela entrevista. Alguns anos atrás eu tinha um DAW (Digital Audio Workstation) no meu computador e comecei a experimentar produção musical enquanto hobbie. Levou alguns meses para eu perceber que queria ir além com isso e ver meu progresso.

No começo, meu irmão mais velho e um amigo que entendia de música me ajudaram muito. Depois, estudei Tecnologia Musical e Engenharia de Áudio. Meu primeiro contato com a música eletrônica foi em um evento que fui com grandes amigos na cidade de Cavala.

Sabemos que são diversos os motivos que fazem um amante do estilo ingressar na carreira artística e muitas vezes, a fala pode ser um bom gatilho para quem está pensando em tentar, mas tem medo. Qual foi a virada de chave que fez você enxergar que queria isso como profissão? Algum desafio marcante?

Eu tive algumas ideias boas na cabeça e decidi gravá-las também. Nada era certo quando comecei, fiz para ver o que aconteceria e felizmente até agora tudo saiu como planejado. Tiveram dificuldades entre cada etapa, mas tento não deixar que isso afete meus objetivos.

E afinal, por que Techno Melódico? O que mais te atrai nessa ramificação?

Ultimamente, tenho me atraído por atmosferas profundas e sons misteriosos, além de melodias melancólicas. Porém, não significa que estou preso neste gênero, talvez no próximo mês eu produza um som mais suave, algo mais profundo ou pesado.

Nos últimos anos vimos muitos nomes emergirem através do Techno pelo mundo. Na sua opinião, por que você acha que isso tem acontecido? Existem motivos subjetivos, como liberdade de expressão, além do amor ao que faz?

Muitos artistas jovens ficaram conhecidos recentemente, pois fazem músicas extraordinárias e aproveitam a tecnologia para promovê-las. Quando você é bom no que faz, mais cedo ou mais tarde, alguém descobrirá ou apreciará seu esforço. Com as redes sociais ficou mais fácil divulgar a sua arte. Existem alguns casos como os de pessoas que fazem música para viver e isso é absolutamente respeitável.

E na Grécia? Como está essa cena hoje?

Há um público enorme na Grécia. Infelizmente, devido às circunstâncias atuais, está difícil melhorar as coisas no momento. Espero que depois desta fase que estamos passando, possamos voltar com mais paixão e novas ideias.

Recentemente você teve um EP assinado pelo Prototype Music e sabemos que uma gravura internacional é uma ótima maneira de expandir a carreira. Como foi que estes caminhos se cruzaram?

Encontrei a Prototype enquanto buscava novas músicas para tocar e ouvir nos charts. Gostei do estilo da gravadora e eu tinha algumas faixas que poderiam encaixar no catálogo, então tive que tentar e estou super animado pela colaboração com eles. Sempre tive vontade de lançar meu trabalho em uma gravadora internacional.

Para você, o que é fundamental para se chegar em um selo hoje em dia? Temos tantas músicas, qual é o diferencial (além da dedicação) que você acha importante?

A música precisa combinar com o estilo da gravadora, claro que você também precisa ter suas características, elementos e visão.

Agora falando sobre o EP mais a fundo. Nous tem um bassline incrível, além de toda a parte de synths e algumas abordagem diferenciadas como o Breakbeat. Além disso, percebemos uma interação de mundos ali: momentos sombrios e elementos mais celestiais. Conte um pouco mais sobre como você concebeu essa sequência.

Gosto bastante de criar faixas obscuras com sons tranquilos e bateria sólida. Esses elementos celestes simulam uma esperança que sempre tento ter em meio às dificuldades do dia a dia. A bateria desempenha o papel dos movimentos constantes que sempre tento fazer.

E os planos futuros? Com os eventos voltando, temos visto algumas movimentações na Europa, o que traz muita esperança. Você já está tocando? E quais são os próximos passos com essa retomada? Obrigada!

Espero ter mais aparições num futuro próximo, isso será feito com muito trabalho e paciência, é claro. Em algum momento quero fazer gigs internacionais, conhecer novas pessoas e culturas, conhecer lugares que não conheço. Seria um grande prazer lançar mais faixas em gravadoras e ficar cada vez melhor.

Foi bom falar com vocês, obrigado! Stergios.

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Photos: Divulgação

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