Search Menu
Home Latest News Menu
Interviews

Sven Väth no Brasil: falamos com o ícone do Techno antes de sua apresentação na Time Warp

Artista alemão revisita passado, fala de sua conexão com a América do Sul e com os vinis, além de revelar o que espera para o futuro

  • Redação
  • 3 May 2024
« Read this article from the beginning

Q+A: Sven Väth

Olá, Sven! É uma honra ter você aqui conosco. Como você está se sentindo sobre sua próxima vinda ao Brasil? Você se lembra quando foi a primeira vez que tocou por aqui? Li em algum lugar que foi por volta de 2004…

Se me lembro bem, minha primeira vez no Brasil foi em 1999, no Rio de Janeiro, onde toquei em uma boate gay que era totalmente insana. Nos anos seguintes, eu estava tocando com frequência no Brasil e gostei muito disso. Estou muito animado para voltar ao Brasil e especialmente para tocar no Time Warp em São Paulo. Também estou ansioso para tocar no after-hour oficial ☺

O Brasil — e a América Latina em geral — possui uma cena eletrônica vibrante e apaixonada, muito por conta da energia e da conexão das pessoas com a música, o público realmente ama e dá a vida quando está vendo um artista. Você sente algo diferente quando toca nos países deste lado do mundo?

Sem dúvida, tocar na América do Sul tem uma vibe única. A energia, o espírito descontraído e a alegria pura que as pessoas trazem para a pista de dança são palpáveis. Na América do Sul, as pessoas adoram dançar - há uma variedade fantástica de ritmos, desde a salsa e o samba até a bossa nova e o tango. O público tem um senso de ritmo apurado e traz uma paixão incrível para os eventos. É sempre uma grande satisfação organizar festas com públicos tão entusiasmados.

Existe alguma história em particular que você guarda com carinho e gostaria de compartilhar conosco a respeito disso?

Para ser sincero, tive muitos eventos incríveis e momentos alucinantes nas minhas viagens pela América do Sul, seja na Colômbia, Argentina, Brasil, Peru ou Chile. Guardo esses momentos no coração e eles sempre me trazem lembranças maravilhosas.

Tem uma história em particular que se destaca: um after maluco na selva perto de Medellín. Tudo foi organizado espontaneamente depois que o Richie Hawtin e eu tocamos na inauguração de um novo clube em Medellín. O público era uma mistura incrivelmente diversificada de pessoas, e isso realmente nos surpreendeu. A energia e a espontaneidade daquela noite e daquele dia foram algo realmente especial.

Mudando um pouco de assunto, gostaria de falar sobre sua jornada. Você é uma figura emblemática do techno e um artista muito influente até os dias de hoje. A gente sabe que não existe segredo, mas na sua opinião, o que te faz continuar tão relevante após 40 anos de estrada?

Antes de tudo, sempre gostei de dançar e entreter as pessoas com minha música, fazendo com que dançassem a noite toda. Minha paixão e desejo por isso nunca desapareceram. Além disso, sempre gostei de compor músicas e colaborar com outros músicos para criar algo novo.

Esse interesse por novos sons me levou a explorar continuamente novas músicas, criar espaços e construir plataformas para apoiar artistas e mostrar seu trabalho, tudo sem compromisso. Ainda hoje, adoro improvisar durante minhas apresentações.

Como toco apenas com vinil, é sempre fascinante e empolgante para a geração mais jovem ver um DJ trabalhar dessa maneira tradicional. Essa mistura de paixão, inovação e compromisso com as raízes do DJing ajuda a me manter relevante no cenário musical em constante evolução.

Next Page »
Loading...
Loading...