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Special interview: Shermanology
Falamos com o duo, que acaba de lançar um EP pela Sola
Os irmãos Andy e Dorothy Sherman, que formam o duo Shermanology, atacam novamente com seu Tech House poderoso, desta vez com um EP assinado pela Sola, a label de Solardo.
O disco começa com “Pop That”, uma faixa de House inconfundivelmente sensual que é definida pela clássica bassline groovada, característica forte que vem marcando presença na assinatura do Shermanology.
A próxima faixa “Ride It” é levemente mais sóbria, com um baixo poderoso e reverb de sintetizadores que criam uma vibe pronta para a pista.
Já para a versão remix da faixa-título os chefes de gravadora fornecem uma releitura bombástica com características marcantes de sua assinatura.
Nó batemos um papo com esta dupla holandesa que vem fazendo sucesso pelo mundo e que promete crescer ainda mais em 2021:
Olá Andy e Dorothy, tudo bem? É um grande prazer entrevistar vocês. As faixas de vocês sempre vêm contagiadas de muita energia. Qual o segredo para a transmissão de um sentimento verdadeiro, sobretudo através dos seus trabalhos em estúdio?
O segredo é se divertir com o trabalho. Você pode sentir a energia através da música.
Somos clubbers há muito tempo e para nós é importante estarmos nos clubes para manter contato com a pista de dança.
Então quando estamos no estúdio nos imaginamos na pista e tentamos criar um som que se destacaria se estivessemos dançando.
Com tantos hits de sucesso voltados para o Eletronic Dance Music, como está sendo para vocês embarcar nessa linha sonora de pista um pouco mais Underground?
É o melhor sentimento do mundo. Para nós, o círculo está completo.
É como voltar às raízes, onde tudo começou, mas no nosso próprio som, as primeiras músicas que produzimos foram bem underground.
Dorothy participou de “Self Religion” na Defected e “3 minutes to explain” também foi mais profunda, mas éramos cantores convidados, não os produtores das faixas.
Isso foi algo que nós queríamos mudar. Então nos trancamos por três anos apenas para criar e produzir. Sabíamos que queríamos implementar todas as influências que tivemos desde a nossa infância.
Tudo o que podemos dizer é que nos sentimos sortudos que as reações foram tão boas. Isso nos anima para fazer ainda mais música.
Houve algum fator ou momento especial na carreira de vocês que despertou o interesse em explorar essas novas atmosferas sonoras ?
O engraçado é que muitos dos nossos setups foram construídos com esse som mais profundo. Talvez deveríamos postar a primeira versão de “Blessed”. Parecia uma faixa pesada do Dennis Ferrer, mas infelizmente ela nunca viu a luz do dia.
Na época, Andy era o vocalista da Artful Dodger, onde costumávamos criar e performar esse som. Há 4 anos, decidimos recomeçar do zero. Estamos muito feliz por termos feito isso!
Como vocês chegaram até a Sola? Havia alguma conexão especial antes desse primeiro EP?
Andy: Sou um pouco stalker às vezes. Decidi enviar uma mensagem via DM para Solardo.
Poderíamos tornar a história mais glamourosa, mas não iremos. Às vezes parece um grande passo, mas você só precisa tentar!
Pop That é um gatilho certo para ferver as pistas de dança. Quais são as principais referências sonoras que inspiraram esse novo trabalho?
Essa faixa nos transporta para o nosso club preferido em Rotterdam, na época chamado Now & Wow, era um ambiente em que você encontrava todo tipo de gente misturada. Pretos, brancos, gays, drag queens, alternativos, o que quiser. Era a coisa mais linda de ver.
O som era fora desse mundo, Benny Rodrigues e Joey Daniels como DJ residentes, era o lugar para se estar… Lembro que o Benny sempre tocava faixas que você poderia cantar na primeira vez que ouvisse. Não importa o quão louco você estivesse. Sempre com a linha de baixo funky, essa era a atmosfera que queríamos criar com nossa faixa “Pop That".
Como os anos de experiências somados a tantos sucessos dentro do mercado do Dance Music, reflete nesse novo caminho da Shermanology?
Acho que nossa experiência é uma grande vantagem para nós. No caminho descobrimos quem somos, o que defendemos e como queremos nos expressar musicalmente. Podermos mostrar ao mundo o que defendemos é uma verdadeira bênção! Uma mistura de house, caribenho, techno e soul… apenas nos divertindo com as músicas que produzimos.
Para finalizar, o que está por vir agora em 2021?
No momento estamos finalizando o nosso EP para a label do Martinez Brothers, Cuttin Headz. Em dezembro também lançaremos um remix que fizemos para a label de Danny Howard.
Em janeiro temos outro lançamento de EP na Rawthentic. Além disso, estamos animados para lançar nosso EP com Dennis Quin na Area 10, label de MK. Algumas collabs no caminho também.
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Photos: Divulgação
