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Montando um live act do 0 com o DEC90

Entenda o que você precisa para começar o configurar o seu live

  • Marllon Gauche
  • 12 June 2020

Desde que a arte da discotecagem começou a ganhar espaço e novos adeptos no mundo, principalmente a partir dos anos 70, a técnica foi evoluindo e novas formas de mixar foram surgindo.

Nisso, também apareceu o formato de live act, onde, em tese, parte dos equipamentos de estúdio ganham espaço nas apresentações ao vivo, permitindo que o DJ recrie suas músicas ali mesmo, na hora.

Nos últimos anos mais e mais projetos vêm surgindo a partir desse formato, muitas vezes por ele permitir uma maior liberdade ao artista no momento do show.

No Brasil, vale destacar alguns nomes que já angariaram uma posição de destaque quando falamos em liev acts, como L_cio, tarter, Binaryh e Marcelo Oriano.

Internacionalmente, vale destacar nomes como o duo Octave One, que sempre sobe ao palco com um setup impressionante, e também a criativa Giorgia Angiuli, que utiliza diversos brinquedos para reproduzir os sons de suas músicas, inclusive sendo a grande influenciadora do DEC90.

Formado por Ana Ballardin e Leonardo Griebler, o DEC90 tem pouco mais de um ano de vida e um live act bem definido, onde eles usam vários instrumentos como guitarras, teclados, flautas, vozes além de integrarem ao set seus pedais de guitarra analógicos:

A nosso convite, o duo preparou um passo a passo do que é necessário para que você, DJ ou produtor que tem vontade de montar um live act, possa dar o primeiro passo e configurar o seu setup..

Se liga nas dicas:

DEC90

As formas de montar e tocar seu live act são ilimitadas e só dependem de seu conhecimento para mesclar os elementos e fazê-los soar bem.

Já é possível sair fazendo lives se você tiver criatividade para criar os arranjos e o mínimo de equipamentos necessários para fazer um setup:

Computador Eficiente com DAW (ex: Ableton Live 10)

Interface de Áudio de baixa latência

Controladora (ex: APC40, PUSH)

Com esses recursos é possível montar desde uma live que só utilize elementos pré produzidos em .wav e instrumentos abertos em MIDI, ou dependendo da quantidade de inputs da placa, adicionar instrumentos externos como guitarra, baixo, teclados ou microfones.

No live set do DEC90 temos instrumentos musicais e vozes sempre presentes, o que resulta em um set que, mesmo resumido, tem muitos canais.

Notebook Gamer Acer Nitro 5 (i7 8g – HDSSD – 16GB)

Interface de Áudio Tascam US-16x08 (que possibilita input de até 16 canais e output de até 8 canais)

Controladora APC40 MKII

2 Mini Keys controladores (Akai MPK mini e AMW mini32)

Microfone Shure 57 conectado a pedaleira de efeitos BOSS VE-20 no input 1 da interface de áudio usado para voz, flauta transversal, flauta doce e escaleta

Guitarra Stratocaster Fender conectada no input 2 da interface de áudio

Baixo Squier Jazz Bass conectado no input 3 da interface de áudio

Set de pedais analógicos em loop recebendo sinal do output 3 e enviando para o input 4 da interface de áudio

Um ponto muito importante para a fluência do seu live act é exportar os loops das tracks de maneira que a localização seja fácil e rápida.

Os padrões de cor do Ableton ajudam muito nesse momento.

Para ter tudo em vista na mão, mesmo que a track originalmente tenha vários canais, precisamos reduzir ao máximo e extrair os loops em até 8 canais (que torna possível a visualização de tudo na APC40 ou Push).

Exemplo:

Exportar todos os hats para um grupo Hi-Hats

Exportar Kick e Bass juntos em um canal Low End.

Como usamos no DEC90?

Trabalhamos em bancos. Todos os elementos da track estão dentro do espaço de 8x5 pads, o que representa uma página da APC40.

Com a controladora em modo BANK, navegamos track por track ao subir e descer.

Ao clicar para a direita, é exibida a segunda página onde estão os elementos que usamos AO VIVO como sintetizadores e instrumentos MIDI (que agrupamos em um canal “Live Instruments”) até vozes e os inputs de baixo, guitarra e pedais.

Lembre-se que ao adicionar plugins externos pode-se gerar uma latência que atrapalha muito na hora da execução.

Passando o mouse em cima do título do plugin, é possível identificar quanto de latência está somando ao projeto.

Veja no exemplo a diferença entre um plugin externo e um nativo:

O live act flui melhor se você não estiver preso a forma original da sua track.

Não queira tocar sempre da mesma maneira, alguns desapegos são necessários no momento que estamos extraindo uma track para tocar no formato live — lembre-se que menos é mais e que, na hora do act, você precisa estar bem localizado nos elementos para haver flow.

Então, se necessário, remova os elementos menos importantes para a versão live. Praticar bastante e ter domínio do seu live set é essencial para o melhor resultado.

Na hora de exportar cada track para o live set é importante lembrar de manter o volume dos kicks na média -6 a -8 para haver equilíbrio entre as tracks e boas viradas. Para concluir vamos para a masterização:

Em live acts é muito usada a FAKE MASTER para colar mais os elementos e chegar a um maior volume final onde entram equalizadores, compressores e limiters (sempre optando por nativos pela questão da latência).

O melhor lado do live act é que você está com tudo aberto e a música livre, podendo tomar decisões na hora da ação indo de acordo com a pista e mudando o rumo quando necessário, é como ter uma banda que tem liberdade de dinâmicas diferentes a cada show. Invente, crie, teste, experimente.

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