Magdalena: conheça a estrela por trás das festas SHADOWS e da criação da Diynamic Music

Com performances memoráveis na Mixmag TV, primeiro no Loveland Event ‘Diynamic ADE Showcase’ com Adriatique (2014), e anos depois no The Lab LA, nossa icônica série de Live Streams (2018), Magdalena parece uma amiga de longa data da Mixmag.

A estrela alemã, que vem crescendo fortemente como artista, producer e DJ, foi apresentada à música eletrônica por seu irmão mais velho, entrando escondido em um club aos 15 anos de idade.

Hoje, ela vive cercada pelas influências musicais de Hamburgo, imersa na florescente cena Deep Melodic e Indie Tech House da Alemanha.

Dos seus badalados eventos SHADOWS realizados em Ibiza, Europa e América do Norte e sua discografia impressionante em selos como Diynamic, Mobilee, Kitball, Selador até Bedrock Records de John Digweed, Crosstown Rebels, Deep in Sound, Anjunadeep, e Mood, Magdalena está pra lá de preparada para ter um futuro muito empolgante.

Com Hamburgo se mantendo influente na criação da Diynamic Music, Magdalena foi parte integrante da fundação do label com seu club, EGO como proprietária, assumindo o controle da gestão, bookings e relações com artistas.

Firmemente estabelecida dentro da comunidade eletrônica como DJ que foca “primeiro no público”, rapidamente tornou-se requisitada por marcas como Pacha e Amnesia de Ibiza, Watergate Berlin, bem como em Diynamic Showcases e festivais como Melt, Tomorrowland ou Sonus Festival.

Conversamos com Magdalena para nossa última capa de 2021, dias após sua apresentação no Warung Beach Club, em Itajaí (SC). Confira a seguir!

Como você está, como tem sido (ou foi) seu 2021?

Olá, estou indo muito bem, na verdade. Muito obrigado por perguntar! 2021 foi uma espécie de montanha-russa para mim.

Começamos com lockdown no início do ano, mas a partir disso foi ficando cada vez melhor com mais e mais bookings e um mega show no EXIT Festival no verão.

No outono eu parei de tocar por duas semanas para terminar algumas faixas no estúdio em que estava trabalhando durante o lockdown e agora estamos no final do ano com uma turnê pela Índia e depois uma turnê pela América Central no início de 2022.

O que mais te inspirou, mais te entusiasmou musicalmente este ano? Algum novo elemento para o seu som?

Estou tocando e também produzindo com mais alguns elementos do estilo break beat groove agora.

E ainda por cima estou apaixonada por um novo sintetizador em meu estúdio, que você definitivamente ouvirá em minhas produções. Adivinhe qual ...

Você tocou no Warung recentemente. Como foi voltar lá? Que músicas que você tocou?

Foi minha terceira vez tocando no Warung e, na verdade, minha quarta vez visitando.

Quando eu era mais nova, fui uma vez como convidada e naquela época eu já amava muito esse club por causa da vibe muito especial que tinha lá.

Desta vez a energia foi ainda mais intensa, porque todos estavam com muita fome de música depois de ficado longes das baladas por tanto tempo.

Toquei algumas faixas e edits bem especiais do Depeche Mode, Kiko & Popof ou Yame, para citar alguns.

Como é tocar para o público brasileiro em comparação com o público na Europa?

Existem algumas diferenças, mas eu realmente não posso dizer se um é melhor do que o outro.

No final das contas, não importa muito para mim de onde as pessoas vêm, contanto que sejam amáveis umas com as outras e gostem de música eletrônica.

De resto, consigo me adaptar a um público mais europeu ou mais ao que as pessoas no Brasil gostam. Resumindo a história: adoro tocar para todos! :)

Na sequência você toca na Costa Rica, na selva. Um ambiente como aquele altera os sons que você toca, talvez melodias mais orgânicas, naturalistas, ou não?

Sim muito. Eu sempre adapto meus sets ao público e ao local.

Como já toquei no Festival Ocaso na selva da Costa Rica uma vez, sei bem do que o público gosta e o que não funciona tão bem.

Sons mais orgânicos funcionam melhor lá do que, por exemplo, na Europa, para se referir à sua pergunta anterior.

Que coisas que você leva quando está em turnê para se sentir em casa quando precisa ficar na estrada por longos períodos?

Estou muito acostumada a viajar, então realmente não preciso de itens especiais para me ajudar a me sentir em casa.

Tão chato quanto parece, mas o que me dá a maior sensação de ‘casa’ é conversar com minha mãe, o que eu gosto de fazer por meio de mensagens ou, às vezes, antes de grandes shows, fazemos videochamadas.

Portanto, apesar da loucura de tudo, eu levo comigo na turnê, além das coisas do dia a dia que eu preciso.

Você volta a Tulum para um evento da SHADOWS em janeiro - o que a galera pode esperar e quais são os planos para os party labels em 2022?

Agora estamos trabalhando em um novo conceito de design para a Shadows, que começaremos a apresentar no primeiro evento, em 3 de janeiro.

Essa será uma grande mudança e queremos fazer mais com visuais projetados e dançarinos, como fizemos em nosso único evento em Ibiza neste verão.

Além do show em Tulum já estamos planejando toda uma temporada de verão em Ibiza com cerca de 5 eventos e ainda por cima faremos eventos em capitais selecionadas ao redor do globo.

O que mais você planeja para 2022? Você define objetivos e metas, coisas a alcançar?

Meu maior plano é voltar às turnês sem ser interrompida por uma pandemia. E a partir daí veremos.

Minha equipe e eu temos um plano muito claro de como será 2022 e também estamos trabalhando em outro projeto muito interessante, sobre o qual poderei contar mais em alguns meses. Portanto, fiquem ligados!

Qual seria o presente de natal perfeito para você, o que gostaria de receber e por quê?

O presente de Natal perfeito para mim seria uma semana sem interrupções em uma cidade pequena e tranquila junto com minha família. Sem telefones, sem internet.

Na verdade, posso fazer isso este ano, então se você não tiver notícias minhas por alguns dias perto do Natal, você já sabe o que está acontecendo.

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Photos: Divulgação Magdalena