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LUM: entre o ritual e a pista de dança; conheça a essência deste irreverente artista argentino
A transcendência sonora entre a música eletrônica e os rituais ancestrais
É impossível falar de LUM sem mergulhar em sua essência espiritual. Sebastian Gandine é um artista argentino que encontrou em Tulum seu refúgio criativo e agora transforma sua música em um verdadeiro encontro de almas.
Para ele, cada set é uma experiência transcendental, um convite para acessar a própria essência. Misturando instrumentos orgânicos com toques da música eletrônica, LUM consegue transcender tempo, espaço e emoções, criando um som que é dançante, meditativo e curativo ao mesmo tempo.
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A profundidade de sua conexão com a música é reflexo do caminho que sua vida seguiu. LUM é um estudioso das culturas nativas, tendo participado de ritos, funerais e sacramentos enquanto aprendia instrumentos e absorvia as funções sociais da música.
Essa experiência é reinterpretada atualmente através da tecnologia, criando paisagens sonoras que transportam o ouvinte para um espaço de introspecção e reflexão.
Sua inspiração também vem de uma experiência de quase morte na juventude, um episódio que ele descreve como "a jornada mais incrível e libertadora" de sua vida. Essas vivências moldaram um artista que se entrega completamente à arte e às emoções que ela pode evocar.
Mas engana-se quem pensa que LUM cria apenas sons introspectivos, até porque sua música também pode ser super estimulante, carregada de grooves que fazem qualquer pista entrar em um estado frenético de dança.
Seja em pequenos clubes ou grandes festivais, LUM sabe como conectar sua visão espiritual com o coletivo. Prova disso é que ele já soma lançamentos por selos como Kompakt, Rebellion, Sol Selectas, Kindisch, Akbal Music e Bar 25 Music, além de liderar a sua própria label, Amores Solitarios.
Suas músicas também receberam remixes de peso de artistas como Luciano, BLOND:ISH e Bedouin, o que ajudou a ampliar o seu alcance globalmente. Essa versatilidade é uma de suas marcas registradas: ele consegue caminhar entre o espiritual e o dançante, entre o experimental e o acessível, sempre com naturalidade e autenticidade.
(Where The Stars Are Aligned - LUM Remix)
Inclusive, muito em breve, ele irá lançar um release que promete agradar gregos e troianos. Ao mesmo tempo em que sua track original carrega uma vibe que lembra os sons de Ricardo Villalobos, receberá remixes diversos de Anthony Middleton, Guti e Cali Lanauze. Curioso, não?
Hoje, aos 47 anos, LUM descreve esta fase da vida como um momento de alinhamento entre corpo, mente, saúde e arte. Em suas palavras, “47 é o meu lembrete de que a vida é uma jornada que se desenrola, onde cada capítulo traz uma versão mais verdadeira de si mesmo”.
Esse alinhamento é palpável não apenas em sua música, mas também em sua vida cotidiana, desde suas pinturas — nas quais ele entra em um estado de concentração profunda — até sua conexão com a natureza e as plantas, que frequentemente decoram seus palcos como elementos sagrados.
LUM é um artista que desafia categorias. Sua habilidade de combinar introspecção e celebração o torna um nome único na música eletrônica. Ele nos lembra que, mesmo em um mundo tão acelerado, é possível criar momentos de profunda conexão — com nós mesmos, com o outro e com a pista de dança.
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Imagens: Divulgação
