Entrevista: Pic Schmitz
A trajetória dos primeiros sets em festas de amigos até o Road to Ultra
2 Parte
Apostou na produção no início?
Não. Sempre fui DJ, aquele que escuta e seleciona as músicas. Essa é a minha grande paixão, tocar para as pessoas.
Mas naturalmente, com o passar do tempo, é normal que a gente comece a querer produzir coisas próprias e a produção começou a acontecer.
É algo que começou por volta de 2010 para mim.
Quais os nomes que você mais admira na música eletrônica?
Eu tenho como grande referência o norte americano Kaskade.
Conheço ele pessoalmente já faz uns 10 anos e acompanhei boa parte do sucesso que ele vêm alcançando, mesmo com a mudança de estilos musicais ao longo dos anos, ele sempre conseguiu se manter no topo e com a sua identidade presente.
Isso sem contar que ele é um cara extremamente simples e gente boa. Tenho ele como referência, mas admiro diversos DJs de gêneros variados como Grant Nelson, Axwell, Eric Prydz, Laurent Garnier, Carl Cox e Above & Beyond, entre outros.
Quais os seus principais diferenciais no mercado?
É difícil falar de si mesmo. Mas acho que acabo me diferenciando um pouco, pois gosto
de fazer experimentos nos meus sets com acapellas e efeitos.
Não faz o meu tipo deixar a música rolar e ficar que nem “macaco de circo” pulando
e falando no microfone quando estou na cabine.
Realmente aprecio a arte de discotecar, de fazer a virada, de colocar um determinado efeito, coisas que cada vez menos vemos nos sets dos DJs, infelizmente.
Outra coisa que eu acho que conta a favor, mas que é um pouco pessoal, é a questão da seleção musical.
Sou daqueles DJs que não tocam um hit porque está nas rádios ou porque outros DJs tocam. Eu toco se ele me agrada e se não me agrada eu tento sempre buscar uma versão que me soe bem e que se encaixe no meu set.
Assim, acredito que consigo deixar o set de certa forma dinâmico e atualizado, mas com a minha identidade nele.
Como você se prepara nos dias de suas gigs?
Eu sempre tento me preparar para o que vou encarar, seja preparando uma abertura, selecionando tracks novas ou não para tocar.
Acredito que isso dá segurança para fazer o set e se ele começar bem, é difícil de estragar do meio para o final.
Quando vou me apresentar numa pista que eu toco seguidamente, geralmente não faço um preparo tão grande, mas se é um club que faz tempo que não toco ou que estou indo pela primeira vez, busco me informar sobre o perfil do público, o que os outros DJs vem tocando.
Tento adequar o máximo possível o meu estilo ao lugar.