Entrevista: Pic Schmitz
A trajetória dos primeiros sets em festas de amigos até o Road to Ultra
Trocamos uma idéia com Pic Schmitz, DJ & producer brasileiro que após o sucesso da participação no Road To Ultra 2015, foi convidado novamente para voltar em 28 de maio, quando acontece o Holi Festival Of Colours Peru.
Leia a entrevista abaixo.
1 Parte
Conte um pouco sobre seus primórdios na música
Tenho duas irmãs mais velhas, uma com 5 anos e outra com 10 anos a mais que eu.
Assim, sendo o caçula da família, sempre que rolava alguma festa ou encontro dos amigos delas na minha casa, eu acabava me “infiltrando” no meio e, assim, comecei desde cedo, quando eu tinha cerca de 7 anos, a escutar muita coisa que nenhuma criança da minha idade escutava.
Por isso, eu acabava sempre sendo o escolhido nas festas da minha turma para ser o responsável pela trilha sonora das festas.
Até que, quando estava com 13 anos, fui convidado pela mãe de um amigo meu para ser o DJ do aniversário da filha dela. E foi aí que tudo começou...
E quando começou a focar em música eletrônica?
Eu comecei a tocar muito cedo, com 13 anos de idade. Tocava de tudo e durante muitos anos fiz festas de amigos da escola, formaturas, casamentos, enfim, mas chegou uma hora que eu precisava de um ar novo, de novos desafios.
E coincidentemente, foi justamente nessa época, no começo dos anos 2000, que um saudoso e já falecido amigo meu, que na época era DJ residente da famosa casa noturna DaDo Bier, o Cako Bolsoni, literalmente me apresentou à house music!
Foi aquele legítimo caso de “amor à primeira ouvida”. Desde então, comecei a conhecer mais este gênero e com o passar dos anos fui navegando e conhecendo outros estilos, mas sempre com as raízes ligadas à boa e velha house music.
Defina seu estilo musical em suas próprias palavras
Muitos me conhecem como um DJ de house music, de soulful house, que toca coisas “chiques” que a mulherada gosta (já li esse tipo de descrição algumas vezes).
Mas na verdade eu toco um som que me agrada e que, felizmente agrada o meu público.
Sou “formado” na house music clássica, mas gosto de tudo um pouco, da EDM ao deep house, do drum n’ bass ao trance.
Portanto seria muito simplista dizer que meu estilo musical é “X”, afinal gosto de me adaptar às pistas e ao que eu gosto, musicalmente falando.
Pra resumir melhor: em 2003 estive em Paris e pude assistir ao Laurent Garnier fazer um set de 8hs no Rex Club. Foi um set em que ele tocou techno, drum and bass, house, reggae, enfim, tudo!
E o mother fucker não perdeu a pista um minuto sequer. Foi simplesmente o melhor set que eu vi na minha vida e que me serve de inspiração até hoje, para não precisar levantar uma bandeira de que eu toco tal estilo musical.
Afinal
de contas eu gosto é de música.