Entrevista: Mário Fischetti

Por trás de artistas de sucesso geralmente existe uma equipe que ajuda na sustentação desse sucesso. Como funciona seu trabalho de 'backstage'?

Minha equipe hoje está em reformulação. Basicamente trabalho com um manager, que agora cuida pessoalmente dos meus bookings, além de estarmos preparando todo material novo e escolhendo profissionais que farão parte dessa produção.

O importante é ter sempre com você pessoas talentosas, tentar ser criativo e original, enquanto mantendo um diferencial em relação ao que já existe.

Quais os principais diferenciais do Mário Fischetti no mercado?

Sempre tento inovar como DJ, fui um dos primeiros a usar vocais em CDJs separados e criar meus mash ups ao vivo - hoje é comum levar o mash up pronto.

Mas acho que o que faz diferença e tenho visto muito pouco é a criatividade na mixagem, seja com dois ou três CDJs simultaneamente.

São poucos os DJs que realmente me inspiram quando vejo tocar. Quando vejo a barra de espaço em ação então, aí realmente percebemos que a arte de mixar está se perdendo.

Outro ponto é a construção, a sonoridade, a coerência. Meu manager Sirley Silva (aka Neg) e eu sempre comentamos quando vemos DJs fazendo sets consistentes porque é raro.

Você não precisa tocar 24 músicas conhecidas num set, a não ser que você seja o próprio Calvin Harris.

Você é DJ, DJs sempre trouxeram a novidade para o público. Hoje vejo um pouco da inversão desse papel e os DJs tocam as mesmas coisas que as rádios. Eu não preciso, apesar de gostar da banda, tocar Maroon 5 só porque o Alesso remixou.

Com quem anda colaborando?

Minha mais recente collab foi com MYNC e Deborah Cox (voz de 'Leave The World Behind', Swedish House Mafia) na faixa 'Everywhere', que chegou ao #8 da Billboard.

Atualmente estou fazendo um trabalho grande com o Dabox, com releases programados em selos legais, como Sosumi Records. Esta colaboração já está indo para a oitava track, além das já iniciadas.