Entrevista: Mário Fischetti
Conheça um dos maiores nomes do house brasileiro
Mário Fischetti nasceu em São Paulo, cresceu no bairro do Brooklin.
Ganhou o primeiro teclado Casio no final da década de 1980 e tempos depois passou a frequentar os clubs Allure e o Victoria, onde antigas influências como Marquinhos MS e Luis Campos se apresentavam.
"Ao lado do Felipe Venâncio, esses caras foram as referências brasileiras de house para mim. Na minha opinião, o Luis foi o cara que melhor mixou no Brasil em todos os tempos!", diz Mário.
As primeiras apresentações em festas e clubs trouxeram prática, auto-confiança e reconhecimento que o ajudaram na conquista de uma residência num programa chamado 'Ritmo da Noite', na Rede Joven Pan FM de São Paulo - que dois anos depois seria transmitido para 16 milhões de pessoas em rede nacional.
Paralelo à carreira de DJ, Mário tambem mergulhou na produção e hoje sua música é tocada por estrelas internacionais como David Guetta, MYNC, Erick Morillo, Tiësto e Hardwell. Lançou faixas nas compilações Ibiza da Cr2 Records que entraram para a lista das mais vendidas na música eletrônica.
Entrevistamos esse artista dono de conteúdo fantástico, que vive impulsionando a música eletrônica nacional a níveis cada vez mais elevados.
1 Parte
Como foi seu começo?
Gostava de ver os DJs mixarem, aos 13 comecei a aprender a mixar em casa com um toca-discos e um tape-deck. Depois disso, mixaria em qualquer coisa que girasse em 33 ou 45 rotações!
Defina seu estilo musical em suas próprias palavras
Progressivo na sonoridade e house na atitude (que é o significado do termo HOUSE).
Você vem desenvolvendo um trabalho de sucesso junto ao pessoal da Cr2. Como foi o começo da parceria?
Após os primeiros releases com a Cr2 Records, Mark Brown, aka MYNC, então proprietário do selo, me convidou para mixar a compilação Ibiza 2015.
Após algum tempo, além do trabalho, criamos uma relação de amizade que acabou evoluindo em parceria no estúdio e em eventos no Brasil, Ibiza, Miami, Helsinki e outros locais.
Sua agenda é uma das mais agitadas entre os DJs e inclui de tours como Ministry of Sound até festivais do porte do Tomorrowland e top clubs. Como produz música nessa correria?
Acho que essa é a rotina que todo DJ gosta. Estar todos os finais de semana tocando e em estúdio durante a semana (onde estou no momento dessa entrevista, por exemplo).
O difícil as vezes é conciliar as coisas do dia a dia como amigos, família e namoradas. Eu acho que o comprometimento com a música é parte do trabalho, hoje faço um aperfeiçoamento na parte de masterização com um produtor americano, o Danny Wyatt, que ocupa mais de 6 horas semanais da minha agenda.
Mas se você se organiza consegue fazer tudo, além das coisas que qualquer pessoa faz normalmente.