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Entrevista: Crossover

O sucesso da fusão musical de Julio Torres e Amon Lima

  • Bruna Manzano / Eliézer de Souza
  • 6 January 2016
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4 Parte

Quais os equipamentos essenciais para o Crossover na produção e live shows?

Já usei diversos set-ups nos shows, tocamos com Ableton Live, depois CDJs, usei o iPad uma época disparando samples, fui para o Traktor com Vinyl, depois controladores e agora venho usando CDJs novamente. Gosto de ir mudando, se tiver que tocar com vinil de novo, volto feliz (risos).

No estúdio uso diversas ferramentas para criar e fazer os beats - a Machine Studio é minha preferida. Para criar, fiquei um tempo no Logic, depois voltei para o Ableton por sua praticidade, mas meus mixes são feitos no Logic, que ainda prefiro.

Uso basicamente a livraria do Komplete e a coleção da Arturia. Para envenenar o som, como costumo dizer, UAD e Waves neles! (rs)

Qual o futuro do Crossover e os principais projetos para 2016?

Animador, depois de 10 anos tocando a agenda está cheia. Temos diversos projetos em andamento, teremos gravadora, datas nos EUA e sempre estamos pensando em colocar algo novo no show.

Que tipo de música anda curtindo ultimamente?

Sei lá, de tudo! Respondendo a entrevista, estou escutando Hatfull of Hollow dos Smiths, voltei a ouvir o álbum do Gus Gus 'Arabian Horse', acho ótimo o clima que criam. O álbum do ano passado foi o 'It's Album Time' do Todd Terje, inspira bastante e eu recomendo. O último que ouvi foi o 'Instruments' do Henrik Schrwarz.

Coleciono discos de vinil, basicamente Funk dos anos 70 e para mim tudo de legal na música está lá, 90% do que é sampleado sai de lá, é minha paixão. E os caras do Brass Constructions são meus favoritos. Ah, adoro ouvir Jorge Ben Jor com minha filha.

Na música eletrônica mais comercial, o que você adora e o que detesta?

Adoro a diversidade e quando são criativos. Odeio aqueles DJs que acham que o mundo é só isso e não experimentam nada, para mim DJ que não experimenta não é DJ que se preze, vim de uma escola onde o DJ dita as regras e não o público.

E no underground, o que destaca e o que engaveta?

Olha, as coisas mais legais do comercial vem do underground, na verdade nem gosto desse termo, gosto do música boa e música ruim, tudo de mais legal, inteligente e interessante vem dos artistas que fazem música na qual acreditam.

Engaveto a idéia de que ser legal é ser underground e do preconceito dessas pessoas com outros estilos. Digo pessoas porque são meia dúzia. Depois que o cara que andava com B.I.G e os malocas do rap underground começa fazer música com David Guetta, percebi que se o que está sendo feito for um trabalho interessante dentro da música e vai atingir mais pessoas interessadas na sua música, por que não?

Algum sonho ainda não realizado?

Posso dizer que estou bem realizado, mas sonho em produzir mais música como no final dos anos 90 e vê-la disseminada no mundo inteiro. E esse é um sonho que com certeza vou realizar.

Qual o conselho mais marcante que já recebeu?

Nunca falaram para mim 'corra atrás do seu sonho' mas o grande Daniel Casagrande, proprietário da Êxtase, onde fui residente nos anos 90, me disse: "Julinho, toca música para as menininhas, são elas que fazem a festa" (rs). Isso nunca mais saiu da minha cabeça, marcou muito. E deu certo! hahahaha

Qual a sua resposta para tudo?

Normalmente é "pode crer".

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