Entrevista: DJ Sharam
Trocando idéias com o icônico DJ
4 Entrevista: DJ Sharam
Os últimos discos foram menos comerciais. 'Fun', de 2011, e com vocal de Anousheh, é um groove mais sério. O mais recente, 'Tripi', combina um groove 'motor' poderoso, e melodias flutuantes e bonitas, chegando através de um sample de grupo de rock de 1960s, Manfred Mann's Earth Band. Assim também a sua faixa 'My Way', com a vocal cadenciada de Honey Honey, do ano passado.
A volta de Deep Dish começou com a idéia de lançar uma coleção dos últimos 20 anos, que virou uma faixa nova, uns shows – e por aí vai. "A magia do Deep Dish sempre foi aquela tensão que existia e que forçava criatividade", explicou Dubfire. "Nos forçou a nos comprometer e, no final, criou aquele som."
Agora vamos ver para onde ir. Os dois têm opiniões diferentes de EDM – ou electronic dance music – que hoje virou uma febre pop nos Estados Unidos, onde festivais lotam com milhares de fãs. Será que um DJ desse perfil vai tocar nesses festivais de EDM?
Enquanto o EDM fica cada vez mais popular, muitos criticam shows e performances exageradas de DJs como Steve Aoki e Swedish House Máfia. Aoki, por exemplo, gosta de jogar champagne e bolo na cara dos seus fãs e chama tanta atenção com esses truques de performer quanto com a sua música.
Até o show satírico Saturday Night Life – ou SNL - mostrou uma comédia sobre o quanto a EDM enche o saco, mostrando babacas jogando dinheiro para um DJ babaca. Aoki disse que isso foi uma homenagem, que ele amou. O Dubfire discorda.
"Quando o SNL começa a encher saco com o que está acontecendo, tem que prestar atenção", disse Dubfire, que além do retorno do Deep Dish está criando um show ao vivo com suas músicas. "A música é uma merda agora, aquela coisa de EDM." A cena
do SNL foi verdadeira, disse. "Literalmente é assim."
Sharam, por sua vez, não vê muita diferença entre EDM, no estilo americano, e o underground. "Na sua política, e na natureza de como os eco sistemas funcionam, são idênticos", disse. "Eu brinquei nos dois lados. Sempre curtí a música mais que a política."
Para ele, é tudo música – é isso que importa. Está animado, como sempre, brincalhão. "Os fãs se divertem. O que tem para não gostar?" disse de EDM. Prefere falar de música.
"Estou tocando house. Muito tech-house, muita coisa com vocais. Só música boa, que movimenta as pessoas na pista e que faz os seus corações bombearem com emoção".
Será que as barreiras caem de novo?
Words: Dom Phillips Fotos: Divulgação
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