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Conversamos com Stéfano TT, gerente de vendas e projetos da D.AGENCY, do grupo D.EDGE

Saiba mais dos bastidores pela visão e experiência de Stéfano Cachiello

  • Marllon Gauche
  • 26 November 2019

Por trás de toda grande história, há um time de profissionais capacitados envolvidos, com o D-EDGE também é assim.

Nos seus quase 20 anos de história, a marca sempre contou com o perfil visionário de Renato Ratier, idealizador do club.

Mas o time ao seu lado também colaborou para a evolução deste que é um dos locais mais icônicos de música eletrônica underground no mundo.

Fazendo parte da equipe há mais de cinco anos está Stéfano TT, DJ, produtor e figura fundamental no trabalho desenvolvido pelo club paulistano.

Ele gerencia o time da D AGENCY, a agência de bookings do D-EDGE, e também é uma das mentes criativas por trás dos projetos especiais.

Abaixo você confere o bate-papo que tivemos com Stéfano, falando um pouco do seu trabalho, desafios enfrentados na sua rotina, histórias junto à marca e muito mais:

1 Q+A Stéfano TT

Olá, Stéfano! Tudo bem? Você já está desde 2014 integrando a equipe do D-EDGE, certo? Primeiramente, quais são suas principais funções ao lado do grupo?

Olá, tudo ótimo! Obrigado pelo convite. :)

Sim, mais especificamente desde 16 de Junho de 2014 [risos]. Hoje gerencio a agência (D.AGENCY, que faz parte do Grupo D-EDGE), sobretudo o que compete aos bookings nacionais e internacionais, cuidando também dos projetos especiais como o label D.EDGE BLACK, D.EDGE Tour, D.EDGE Festival, Carnaval D.Rrete, além de trabalhar em conjunto com marketing nas estratégias do club no dia a dia.

Imaginamos que trabalhar ao lado de uma marca tão forte como essa tenha lhe acrescentado muito pessoalmente e profissionalmente.

Fazendo um balanço, quais os ensinamentos mais fundamentais adquiridos nestes mais de cinco anos?

De fato, tive um crescimento muito grande desde 2014 até agora como profissional e também me ajudou a crescer bastante no âmbito pessoal, já que as dificuldades do dia a dia nos fazem evoluir bastante, expandindo a mente e amadurecendo para diversos tipos de situações.

Já possuía uma bagagem grande por ter trabalhado em uma das maiores potências artísticas da América Latina, que foi a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (sediada na Sala São Paulo) pelo período de 6 anos.

Lá tive a oportunidade de atuar em diversas funções e terminei os últimos três anos como Produtor Executivo, onde tínhamos uma programação até um pouco parecida com a do D.EDGE.

A orquestra ensaiava de segunda a quinta e se apresentava oficialmente para o público de quinta a sábado, linkado com diversas turnês nacionais e projetos itinerantes onde o planejamento era no mínimo com 12 meses de antecedência.

2 Q+A Stéfano TT

Hoje no D.EDGE, basicamente é a mesma dinâmica, planejamos semanalmente e mensalmente (dependendo da magnitude do evento) todos os preparativos para que os artistas e projetos aconteçam no fim de semana.

Me sinto orgulhoso do trabalho que tenho feito e não posso deixar de agradecer sempre ao Renato Ratier pela liberdade e confiança que tem em meu trabalho.

Aprendo muito com ele e com sua experiência de mais de 20 anos como artista/empresário, além de também termos uma equipe de colaboradores e artistas que são muito comprometidos e engajados com a marca, que acredito que seja um ponto (se não o mais) importante nos dias de hoje para qualquer negócio ter seu reconhecimento e crescimento.

O mercado tem passado por um momento de profissionalização cada vez maior, consequentemente, existem novas agências surgindo também.

Com a sua experiência, quais são os pilares principais para um bom trabalho ser realizado?

Nosso mercado ainda é novo, com muitos novos players e profissionais com boas habilidades que vieram de outras áreas e estão subindo cada vez mais o nível do nosso país com relação a entrega dos eventos.

Vejo essa nova leva como algo ainda difícil de mensurar o que vai de fato vai somar para nossa cultura futuramente.

Confesso que tenho as vezes um pouco de medo de certas conjunturas criadas, que, em um futuro próximo, podem ser prejudiciais para um contexto micro.

Há muitas situações hoje em que a música foi colocada em segundo plano e a pirotecnia em primeiro, e (infelizmente) acredito que isso é algo cultural do nosso país.

Acredito que possamos mudar isso, o papel de fomentar a informação de modo correto é fundamental para o crescimento do mercado, e fazer com que o público possa ir mais a fundo na questão do que estão realmente consumindo e o porquê estão consumindo aquilo.

Não existe muito segredo com relação a fórmula de sucesso de uma empresa, seja ela uma agência de artistas ou uma multinacional.

Acredito que, com muito comprometimento através dos valores da marca e dos artistas que você representa seja parte fundamental para poder expor isso da melhor forma possível onde você está atuando, consequentemente, os frutos do trabalho virão.

Se pudesse dar um conselho? Trabalhe apenas com o que você acredita, não demande seu tempo (que é a coisa mais valiosa desse mundo) com algo que momentaneamente pode parecer atrativo, mas que futuramente pode te frustrar.

Não crie muitas expectativas, trabalhe o dia a dia com muita dedicação e com a máxima sinceridade que puder, mentalize positividade e saiba exatamente onde quer chegar.

Dos artistas que vocês já trouxeram para tocar no D-EDGE, na sua opinião, quais foram responsáveis por promoverem as noites mais memoráveis no club?

O que representa para você estar constantemente ao lado dos maiores artistas da cena underground?

Poxa, são tantos que trouxemos que é até difícil escolher uma única noite e seria injusto, precisaria criar uma bela lista aqui.

Vou citar uma noite que sempre lembro: o primeiro D.Rrete que fizemos, onde trouxemos Octave One (live) pro after-hours.

Havíamos locado uma Midas (mesa que eles se apresentam e existem pouquíssimas no Brasil) e na hora do soundcheck, a maldita queimou.

Isso faltava 5/6h para abrir o club. Foi uma correria absurda para conseguir outra.

No fim, conseguimos uma Allen Heath, a qual eles tiveram que se adaptar, e no fim, fizeram um Live incrível, foi uma energia absurda onde toda aquela correria valeu a pena, principalmente para nós e para os artistas que ficamos naquela função toda para fazer acontecer.

O que representa em estar ao lado dos maiores nomes da cena? Isso é exatamente o que me motiva no dia a dia, poder ter a liberdade de sugerir nomes que estão em ascensão (que também faz parte da minha função), com uma pesquisa diária e profunda sobre novas estratégias, projetos e artistas.

Eu tenho uma relação muito natural com todos eles, acho que por conta de ter trabalhado anteriormente na Orquestra, onde também cuidava e se relacionava com nomes gigantes da música clássica criei uma casca para poder lidar da melhor forma possível com isso.

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