Entrevista: Torsten Kanzler

Cada DJ tem uma história diferente - o que levou você ao DJing e ao techno?

Tudo começou nos anos 90's quando eu ia em festas ilegais. Mas não pensava numa carreira como DJ na época. Sven Väth, Daft Punk, Arman Van Helden, Carl Cox, DJ Pierre, Dave Clarke etc. eram meus heróis.

Um dia um amigo me infectou com a atividade de DJing. Desde então comecei a gastar toda a minha grana em discos. Mas eu não era focado no techno.

Engraçado mas meus primeiros gigs foram em pistas de house. Claro, vi que não era o ideal para mim.

Seu set-up é incrível - pode nos contar o que você usa e como faz?

Venho buscando o set up perfeito para meu som há muito tempo. Traktor, Maschine e Xone 92 com seu 4band EQ me permitem usar qualquer fragmento de uma track.

Costumo extrair elementos interessantes de várias tracks e junto as partes para criar algo novo. A BD loop no deck A, um high-hat no deck B e um phat hug ou um cool theme no deck C.

Com o Maschine eu adiciono syntetizadores, percussões ou efeitos. É assim que eu crio meus próprios grooves. E com um midi mapping, que eu mesmo programo no K2 e iPad, controlo efeitos adicionais no Traktor.

Você tem um EP saindo via TKR. Quem você convidou para esse trabalho?

Sou fã do Black Asteroid há muito tempo. Adoro suas produções e seu jeito sombrio.

Acho que a colaboração dele com Cold Cave é fantástica. Nos conhecemos no ADE do ano passado e apesar de não termos conversado muito, ele pareceu uma pessoa bastante humana.

Quanto estava produzindo Wall. E achei que seria uma combinação perfeita com ele. Entrei em contato assim que terminei a track.

Ele respondeu bem rápido, o que é raro hoje em dia, e topou remixar a track. O remix é cool e encaixou super bem no EP.